sábado, 30 de junho de 2012

Previsões sombrias sobre a Copa 2014 não são coisas de 'urubólogos'


A blogosfera lulo-dilmista, jocosa que só, cunhou um termo para aqueles que fazem a mínima previsão pessimista a respeito do desenvolvimento econômico e social do país: urubólogos. Termo normalmente aplicado apenas aos comentaristas econômicos neoliberais que geralmente trabalham na imprensa dita golpista. O engraçado é que essa blogosfera dita progressita faz algo que seu suposto adversário político Fernando Henrique Cardoso fazia, ao classificar como fracassomaníacos todos que discordavam dos rumos do Governo e da nação sob sua gestão. Não há diferença em classificar os outros como fracassomaníacos ou urubólogos.

Eu francamente discordo de uns e de outros. Discordo dos urubólogos que não reconhecem os poucos méritos do Governo e não reconhecem que, mesmo com as sérias deficiências educacionais e estruturais, este país tem um enorme potencial de crescimento. Apesar do Governo, não por causa dele, e muitas vezes apesar das ações governamentais contrárias ao país. Também discordo da blogosfera lulo-dilmista, essa em que alguns integrantes dizem detestar futebol, mas reduzem torpemente o debate político a um Fla-Flu entre os progressistas lulo-dilmistas e todos os outros, muito convenientemente não fazendo distinção entre as diferentes tendências dos outros.

Essa blogosfera progressista ainda não não classificou como urubólogos aqueles que preveem um saldo de dívidas monumentais e de estádios ociosos, após a Copa 2014. Mas não demorarão. Ficam atacando a ala fisiológica direitista que apoia o Governo Lula-Dilma (foi Lula quem trouxe a Copa) e poupam a dupla que acreditam ter encerrado a História com sua chegada ao poder, não havendo nada a surgir depois deles.

Aqui trago endereços para uma matéria radiofônica que aborda essa problemática da Copa 2014, sem mencionar uma única tendência política. É uma matéria mais técnica (sem ser tecnocrata) que qualquer outra coisa. E ainda tem o mérito de abordar o problema dos estádios ociosos da Copa 2010, que a imprensa governista tida como golpista esconde. A matéria está dividida em duas partes.

Exclusivo: quatro sedes da Copa do Mundo de 2014 têm estaduais deficitários - Com média de público irrisória, Mato Grosso, Amazonas, Distrito Federal e Rio Grande do Norte correm o risco de ficar com quatro elefantes brancos após o Mundial

Exclusivo: organizadores da Copa ignoram custos de manutenção dos estádios - Apesar dos campeonatos estaduais deficitários, Mato Grosso, Amazonas, Rio Grande do Norte e Distrito Federal mantém otimismo e rejeitam rótulo de elefante branco

Um comentário:

Leonardo Ivo disse...

Seja Benvindo Marcelo Delfino ao Fatos Gerais!