A raiz de todos os males está dois anos atrás, quando a organização da Jornada Mundial da Juventude propôs que a vigília de sábado e a missa de domingo fossem feitas no Aterro do Flamengo, o que foi vetado pela gestão do prefeito Eduardo Paes, depois das reclamações de moradores da zona sul a respeito de megaeventos evangélicos acontecidos no mesmo local. A Prefeitura ofereceu cinco outros lugares. Até uma base aérea da Aeronáutica foi oferecida. Mas o local oferecido pela gestão municipal e aceito pela equipe organizadora da Jornada foi um terreno em Guaratiba, onde cabem 2 milhões de pessoas, maior que o Aterro do Flamengo e 3 vezes maior que o Vaticano. O terreno fica praticamente no extremo oeste da cidade, bem longe do centro do Rio de Janeiro e das zonas sul e norte. O terreno, segundo dizem, pertence a proprietários de empresas integrantes de consórcios que operam as linhas de ônibus municipais da cidade.
O resultado dessa operação desastrada está em vários lugares da imprensa e da Internet. Inclusive no Ucho. A chuva que atinge a cidade desde segunda-feira transformou o terreno de Guaratiba num pantanoso lamaçal. Segundo relatos, até jacarés foram encontrados ontem por lá. O prefeito Eduardo Paes se viu obrigado a permitir que os organizadores transferissem o evento para qualquer outro lugar. Para os organizadores, liderados por Dom Orani Tempesta, não restou outra solução que não fosse transferir a vigília e a missa para o mesmo local da missa de abertura de terça, a acolhida ao Papa de ontem e a Via Sacra de hoje: a Praia de Copacabana.
A Prefeitura bancou obras no entorno do terreno em Guaratiba e, segundo dizem, a terraplanagem e a contratação de equipes de saúde de plantão. O Exército ficaria com a segurança do Papa e dos demais peregrinos. Todo o restante (palco, som, iluminação, banheiros, tendas, etc) saiu do caixa do instituto que banca a Jornada. A maior parte do orçamento do instituto (R$ 350 milhões, bancados basicamente com doações e patrocínios privados variados, como do Bradesco) está lá agora, no lamaçal. A esta lambança em Guaratiba, some-se o incidente com a escolta do Papa na avenida Presidente Vargas e a paralisação do Metrô na terça-feira, já descritas neste blogue. É uma lambança atrás da outra.
Eu sempre desconfiei dessa corja da política nacional bajulando o Papa e o episcopado, ao mesmo tempo em que despreza os fiéis católicos ("joguem aqueles carolas lá em Guaratiba") mas se interessando, obviamente, nos seus votos. Agora essa corja está provocando um prejuízo monumental para o instituto Jornada Mundial da Juventude, que se soma aos gastos da Prefeitura e ao prejuízo da imagem da cidade nos cenários nacional e internacional. Mas o dinheiro e a cidade não são deles... Estão pouco se lixando.
E ainda querem sediar Copa e Olim Piada nesta cidade. Se a JMJ está sendo um teste para a cidade, o estado e o país, as otoridades fracassaram.
"Sempre ouvi dizer que o carioca não gosta de frio e de chuva. A fé de vocês é mais forte que o frio e a chuva. Parabéns!" (Papa Francisco)
Pelo menos os cariocas (e, por tabela, os peregrinos) são guerreiros, como bem disse ontem Papa Francisco. Pelo menos o povo católico tem Dom Orani para os livrar do lamaçal literal de Guaratiba. Só falta a população (católica ou não) se livrar do lamaçal político.
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sexta-feira, 26 de julho de 2013
Mar de lama da política brasileira obriga organizadores da JMJ a transferir eventos para Copacabana
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Marcelo Delfino
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sexta-feira, julho 26, 2013
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terça-feira, 26 de março de 2013
Deveria cair o céu na cabeça da cartolagem e da politicagem carioca
Menos mal que o prefeito Eduardo Paes interditou hoje o Engenhão, antes que aquela cobertura desabasse na cabeça do distinto público.
O que deveria cair é o céu na cabeça da cartolagem e da politicagem carioca. O Engenhão foi projetado pela Delta (fonte: matéria de O Globo) e construído pela Prefeitura ainda na gestão de Cesar Maia para aquele evento mambembe dos Jogos Pan-Americanos de 2007, que juntou um bando de universitários americanos e atletas cucarachos de diversos países. E alguns atletas brasileiros ditos "de ponta" se achando muito, porque em algumas disputas derrotaram esses atletas do escalões inferiores dos esportes olímpicos e/ou pan-americanos.
O Engenhão custou R$ 380 milhões. Quem concluiu a construção foi o consórcio formado pelas empreiteiras baianas Odebrecht e OAS. Cheguei a ver a obra por dentro, na época em que trabalhei no serviço de combate à dengue. Isso foi entre 2006 e 2007, alguns meses antes de concluírem o estádio. Passei vários meses trabalhando exclusivamente no estádio e no espaço em volta ocupado pelas empreiteiras. Eu logo vi que tinha alguma coisa errada com aquele projeto de cobertura do estádio. Aquela estrutura apoiada em quatro gigantescos tubos de aço sustentados por quatro torres de alvenaria não poderia jamais ter sido feita às pressas, como foi feita, para cumprir os prazos do Pan 2007. Esse tipo de obra tem que ser feito com cuidado, e sem correria.
O prefeito atual disse que a obra de construção dos anéis superiores das alas Norte e Sul (previstas apenas para a Olimpíada 2016) não seria mais feita, devido ao alto custo. O prefeito disse que deverão ser feitas "estruturas provisórias", seja lá o que ele quis dizer com isso. O estádio foi arrendado pelo Botafogo, mas continua sendo propriedade da Prefeitura, apesar da negativa de alguns alvinegros paspalhões. Mas agora a municipalidade terá que desembolsar o que gastaria na obra das novas arquibancadas na recuperação ou na reconstrução da cobertura. Devia aproveitar para tirar recursos de obras questionáveis tipo derrubada da Perimetral, BRTrem e o escambau, para consertar essa cobertura (já que o estádio está aí, pior seria fecha-lo definitivamente) e realizar obras ainda mais urgentes, como a reconstrução do Elevado do Joá, que ao meu ver já está prontinho para desabar. Como a cobertura do Engenhão.
Quanto à cartolagem carioca, agora ficaram sem estádio para os jogos do Botafogo, do Flamengo e do Fluminense. A guerra se instalou dentro da torcida vascaína, que se divide entre ceder o Estádio de São Januário para todos os quatro supostos "times grandes" do Rio, ceder só para jogos envolvendo um deles e um "time pequeno" ou de fora do Rio, ou simplesmente continuar usando o estádio só em jogos do Vasco com "times pequenos" ou de fora do Rio. Alguns vascaínos sonham em ver o Vasco recebendo os times rivais em São Januário nos jogos em que o Vasco for mandante. Com o futebolzinho podre que esses quatro "times grandes" estão jogando, o Aterro do Flamengo é o melhor local para transferir as partidas deles todos.
O que deveria cair é o céu na cabeça da cartolagem e da politicagem carioca. O Engenhão foi projetado pela Delta (fonte: matéria de O Globo) e construído pela Prefeitura ainda na gestão de Cesar Maia para aquele evento mambembe dos Jogos Pan-Americanos de 2007, que juntou um bando de universitários americanos e atletas cucarachos de diversos países. E alguns atletas brasileiros ditos "de ponta" se achando muito, porque em algumas disputas derrotaram esses atletas do escalões inferiores dos esportes olímpicos e/ou pan-americanos.
O Engenhão custou R$ 380 milhões. Quem concluiu a construção foi o consórcio formado pelas empreiteiras baianas Odebrecht e OAS. Cheguei a ver a obra por dentro, na época em que trabalhei no serviço de combate à dengue. Isso foi entre 2006 e 2007, alguns meses antes de concluírem o estádio. Passei vários meses trabalhando exclusivamente no estádio e no espaço em volta ocupado pelas empreiteiras. Eu logo vi que tinha alguma coisa errada com aquele projeto de cobertura do estádio. Aquela estrutura apoiada em quatro gigantescos tubos de aço sustentados por quatro torres de alvenaria não poderia jamais ter sido feita às pressas, como foi feita, para cumprir os prazos do Pan 2007. Esse tipo de obra tem que ser feito com cuidado, e sem correria.
O prefeito atual disse que a obra de construção dos anéis superiores das alas Norte e Sul (previstas apenas para a Olimpíada 2016) não seria mais feita, devido ao alto custo. O prefeito disse que deverão ser feitas "estruturas provisórias", seja lá o que ele quis dizer com isso. O estádio foi arrendado pelo Botafogo, mas continua sendo propriedade da Prefeitura, apesar da negativa de alguns alvinegros paspalhões. Mas agora a municipalidade terá que desembolsar o que gastaria na obra das novas arquibancadas na recuperação ou na reconstrução da cobertura. Devia aproveitar para tirar recursos de obras questionáveis tipo derrubada da Perimetral, BRTrem e o escambau, para consertar essa cobertura (já que o estádio está aí, pior seria fecha-lo definitivamente) e realizar obras ainda mais urgentes, como a reconstrução do Elevado do Joá, que ao meu ver já está prontinho para desabar. Como a cobertura do Engenhão.
Quanto à cartolagem carioca, agora ficaram sem estádio para os jogos do Botafogo, do Flamengo e do Fluminense. A guerra se instalou dentro da torcida vascaína, que se divide entre ceder o Estádio de São Januário para todos os quatro supostos "times grandes" do Rio, ceder só para jogos envolvendo um deles e um "time pequeno" ou de fora do Rio, ou simplesmente continuar usando o estádio só em jogos do Vasco com "times pequenos" ou de fora do Rio. Alguns vascaínos sonham em ver o Vasco recebendo os times rivais em São Januário nos jogos em que o Vasco for mandante. Com o futebolzinho podre que esses quatro "times grandes" estão jogando, o Aterro do Flamengo é o melhor local para transferir as partidas deles todos.
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Marcelo Delfino
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terça-feira, março 26, 2013
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sábado, 1 de setembro de 2012
Eduardo Paes só trata bem flamenguista em época de campanha pra arrumar voto
"Se alguém que tá se manifestando é flamenguista, saiba que eu só trato bem flamenguista na época de campanha pra arrumar voto. Cabou eleição eu quero... se danem. E ainda tem um tricolor ali no meio, coitado. Tá todo feliz... Nunca tinha ganho um título na vida".
Eduardo Paes - prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição pelo PMDB.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
domingo, 17 de julho de 2011
Ministério Publico de Mauá poderá barrar e mesmo evitar a farra das pinturas padronizadas naquela cidade assim como poderá ser um exemplo no pais
Pela primeira vez um Ministério Publico poderá se meter nesta farra promovida por várias prefeituras e governo estaduais pelo pais no seguimento de transportes urbanos rodoviários, que são as pinturas padronizadas dos ônibus destas cidades estados onde ela sã implantada. Em qualquer cidade do pais que se preze, excluindo Aracajú e Curiitba, elas não são usadas para organizar os transportes e sim ocultar empresas corrúptas e inieficiente promover governos em situação igual. Tanto é que em muitas cidades onde elas são implantadas, como Brasilia, por exemplo, muda-se o governo e também muda a pintura dos ôninbus, comprovando-se sua inutilidade e o seu verdadeiro fim.
Agora o Ministério Publico da cidade de Mauá poderá investigar isso, uma vez que se descobriu que a padronização naquele municipio tem função exclusivamente politica e eleitoreira, não trazendo beneficio algum para a população.
Se o Ministério Publico daquela cidade abraçar esta causa e mover ações contra esta aberração, será um tremendo avanço, uma vez que isso também poderá ser feito em outras cidades onde ela está sendo inplantada ou ja foi inplantada.
Tal situação corrompe a ideia de poder concedente e operador privado, uma vez que passa a falsa impressão de que o serviço é operado pelo poder publico, quando na verdade é operado pela iniciativa privada. E como se existisse uma CTC ou uma CMTC (empresas de ônibus estatiasa com frota, funcionários e linhas próprias) virtual quando na verdade ela não existe na prática. E como se ainda existisse a CTC-RJ e esta tivesse terceirizado sua frota e parte de funcionários, só administrando as linhas e tendo funcionários no serviço fim, o que na prática não é verdade. Em resumo, se o estado atua como poder concedente, quem tem que aparecer não é ele e sim o concessionário, como acontece com serviços como telefonia, ferrovias, rodovias, metrô e outros serviços privatizados e não o governo. Se fosse assim a MRS deveria se chamar RFFSA ou Valec, a Oi: Telerj ou Telebras, Telefônica: Telesp, Ampla:Cerj, Supervia: Flumitrens, CCR: Dnit, Barcas Sa: Conerj, por exemplo.
Devemos barrar o mau uso dos serviços, pois tal situação é um tremendo abuso na vida dos brasileiros. Caso Ministério Publico de Mauá assuma esta causa, vamos procurar os Ministérios Publicos de outras cidades do pais para lutar contra esta sacanagem. E só

Ônibus municipais de Mauá terão cores em alusão ao PT
Se for comprovada motivação política na mudança do padrão de pintura de ônibus, Ministério Público pode ser acionado
ADAMO BAZANI – CBN
A Prefeitura de Mauá deve colocar as cores do PT, partido do chefe do executivo, Oswaldo Dias, na nova padronização de pinturas de ônibus da cidade.
Há menos de um ano, no dia 06 de novembro, entrou uma nova operadora de ônibus na cidade, a Leblon, dentro da reestruturação dos transportes de Mauá.
A empresa entrou com cores próprias, autorizada pelo poder público, e a população começou a assimilar melhor as diferenças de qualidade entre as duas viações que operam na cidade. Além disso, os passageiros com dificuldades visuais conseguiram identificar melhor os ônibus que servem os seus bairros, diferenciando dos outros.
Um especialista em direito público ouvido pelo jornal Diário do Grande ABC, André Castro Carvalho, afirmou que se for comprovada motivação política na mudança de cores dos ônibus, o Ministério Público pode multar a Prefeitura de Mauá, e mandar refazer as pinturas da padronização. Qualquer cidadão pode acionar o Ministério Público.
VELA LINK DO DIÁRIO DO GRANDE ABC:
http://www.dgabc.com.br/News/5899987/maua-ira-mudar-a-cor-dos-onibus-municipais.aspx
A Prefeitura de Mauá, no ABC Paulista, trabalho com afinco.
Trabalha para mudar as cores dos ônibus municipais.
O sistema municipal desde novembro do ano passado tem registrado mudanças importantes:
• A entrada de uma nova empresa operadora em 18 linhas do Lote 02 da cidade, a Leblon, que trouxe 100% de ônibus novos e com acessibilidade
• Nova Bilhetagem Eletrônica, com o Cartão Da Hora
• Integração não apenas dentro do Terminal Central da cidade, como era antes, mas também pelo bilhete eletrônico em qualquer ponto, dentro do prazo de uma hora
• Monitoramento de GPS em todos os ônibus municipais
• Possibilidade de acompanhar o posicionamento, os horários e as vias atendidas por todo cidadão nos sites das duas empresas. Viação Cidade de Mauá ( http://www.viacaocidadedemaua.com.br/linhas.php ) e Leblon Transporte de Passageiros (http://www.leblontransporte.com.br/linhas_maua_urbano.html )
• Sistema tronco-alimentador: O Terminal do Zaíra possibilitou que as linhas do Zaíra 3, 5 e 6 se tornassem alimentadoras e em vez de os ônibus irem com lotação incompleta até o Centro da cidade, gerando poluição e trânsito na já tumultuada Avenida Presidente Castelo Branco, eles circulam nos bairros, diminuindo o intervalo e o tempo de espera. Os passageiros no Terminal Zaíra fazem a transferência de graça para ônibus de maior porte, mas que substituem vários veículos, que prestam serviços nas linhas 080 Troncal (Terminal Zaíra – Terminal Centro), 084 (Zaíra 4 – Terminal Central) e de forma inédita no ABC Paulista contam com uma linha Expressa, a linha 356, que liga o Terminal Zaíra ao Terminal Central, sem paradas em pontos, o que reduz em mais da metade o tempo de viagem. Todo este sistema é operado pela Leblon Transporte de Passageiros, mas a intenção é que haja semelhante nas linhas da Viação Cidade de Mauá, antiga Viação Barão de Mauá.
Um dos pontos destes avanços é a existência de duas empresas que pertencem a grupos diferentes, o que gera concorrência em alguns pontos da cidade. Há mais de 30 anos, Mauá só teve um grupo operador, o de Baltazar José de Sousa, que controlava duas empresas: A Viação Barão de Mauá e a Viação Januária. Depois de muita batalha judicial, e até ações criminosas contra a Prefeitura e a Leblon Transporte de Passageiros, a empresa paranaense conseguiu assumir o lote 02, começando as operações no dia 06 de novembro.
A população logo percebeu a mudança pela diferenciação de pintura dos ônibus. A Viação Cidade de Mauá continuava com o antigo padrão de cores, estabelecido pelo governo de Oswaldo Dias, do PT, com cor predominantemente vermelha e branca (as mesmas cores do partido) e a Leblon entrou com as cores prata e azul e um símbolo de uma águia formada por rostos humanos, o que indica que os transportadores devem ter a agilidade e a visão de uma águia, mas devem fazer todos os seus serviços para o ser humano, segundo a própria Leblon.
O fato de haver duas cores diferentes agradou a população que pode perceber melhor a diferença de qualidade das duas empresas e principalmente identificar melhor nos pontos qual o ônibus que atende os bairros onde moram e trabalham.
A Prefeitura diz que a cidade é uma só, já que nos transportes há ainda a impressão de haver “duas Mauás”, embora a Viação Cidade de Mauá tenha melhorado os serviços, mas não sua cultura.
Mas o nivelamento pode ser um tiro no pé da própria prefeitura que quer impor sua marca e de seu partido nas latarias dos ônibus, pois a percepção normalmente é para o lado pior dos serviços.
Isso sem contar no dinheiro do passageiro investido pela nova empresa de ônibus, a Leblon, se tiver de mudar de pintura, que poderia ser usado em outras ações, como manutenção, ampliação de frota, aperfeiçoamento dos serviços ou mesmo reforço da saúde financeira da companhia.
É um passo atrás nas mudanças importantes dos transportes que Mauá tem vivenciado. Pode ser um tiro no pé de Oswaldo Dias.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
Agora o Ministério Publico da cidade de Mauá poderá investigar isso, uma vez que se descobriu que a padronização naquele municipio tem função exclusivamente politica e eleitoreira, não trazendo beneficio algum para a população.
Se o Ministério Publico daquela cidade abraçar esta causa e mover ações contra esta aberração, será um tremendo avanço, uma vez que isso também poderá ser feito em outras cidades onde ela está sendo inplantada ou ja foi inplantada.
Tal situação corrompe a ideia de poder concedente e operador privado, uma vez que passa a falsa impressão de que o serviço é operado pelo poder publico, quando na verdade é operado pela iniciativa privada. E como se existisse uma CTC ou uma CMTC (empresas de ônibus estatiasa com frota, funcionários e linhas próprias) virtual quando na verdade ela não existe na prática. E como se ainda existisse a CTC-RJ e esta tivesse terceirizado sua frota e parte de funcionários, só administrando as linhas e tendo funcionários no serviço fim, o que na prática não é verdade. Em resumo, se o estado atua como poder concedente, quem tem que aparecer não é ele e sim o concessionário, como acontece com serviços como telefonia, ferrovias, rodovias, metrô e outros serviços privatizados e não o governo. Se fosse assim a MRS deveria se chamar RFFSA ou Valec, a Oi: Telerj ou Telebras, Telefônica: Telesp, Ampla:Cerj, Supervia: Flumitrens, CCR: Dnit, Barcas Sa: Conerj, por exemplo.
Devemos barrar o mau uso dos serviços, pois tal situação é um tremendo abuso na vida dos brasileiros. Caso Ministério Publico de Mauá assuma esta causa, vamos procurar os Ministérios Publicos de outras cidades do pais para lutar contra esta sacanagem. E só
NOVA PADRONIZAÇÃO DE MAUÁ TERÁ CORES DO PT. MINISTÉRIO PÚBLICO PODE SER ACIONADO

Pintura da Viação Cidade de Mauá já segue padronização adotada pelo PT antes da reformulação dos transportes.
Cores da nova padronização, que devem anular o azul da e prata e a mensagem
de força e visão voltada às pessoas que transmite a águia formada por rostos humanos da Leblon,
devem privilegiar as cores do PT de Oswaldo Dias. Foto: Adamo Bazani
Cores da nova padronização, que devem anular o azul da e prata e a mensagem
de força e visão voltada às pessoas que transmite a águia formada por rostos humanos da Leblon,
devem privilegiar as cores do PT de Oswaldo Dias. Foto: Adamo Bazani
Se for comprovada motivação política na mudança do padrão de pintura de ônibus, Ministério Público pode ser acionado
ADAMO BAZANI – CBN
A Prefeitura de Mauá deve colocar as cores do PT, partido do chefe do executivo, Oswaldo Dias, na nova padronização de pinturas de ônibus da cidade.
Há menos de um ano, no dia 06 de novembro, entrou uma nova operadora de ônibus na cidade, a Leblon, dentro da reestruturação dos transportes de Mauá.
A empresa entrou com cores próprias, autorizada pelo poder público, e a população começou a assimilar melhor as diferenças de qualidade entre as duas viações que operam na cidade. Além disso, os passageiros com dificuldades visuais conseguiram identificar melhor os ônibus que servem os seus bairros, diferenciando dos outros.
Um especialista em direito público ouvido pelo jornal Diário do Grande ABC, André Castro Carvalho, afirmou que se for comprovada motivação política na mudança de cores dos ônibus, o Ministério Público pode multar a Prefeitura de Mauá, e mandar refazer as pinturas da padronização. Qualquer cidadão pode acionar o Ministério Público.
VELA LINK DO DIÁRIO DO GRANDE ABC:
http://www.dgabc.com.br/News/5899987/maua-ira-mudar-a-cor-dos-onibus-municipais.aspx
A Prefeitura de Mauá, no ABC Paulista, trabalho com afinco.
Trabalha para mudar as cores dos ônibus municipais.
O sistema municipal desde novembro do ano passado tem registrado mudanças importantes:
• A entrada de uma nova empresa operadora em 18 linhas do Lote 02 da cidade, a Leblon, que trouxe 100% de ônibus novos e com acessibilidade
• Nova Bilhetagem Eletrônica, com o Cartão Da Hora
• Integração não apenas dentro do Terminal Central da cidade, como era antes, mas também pelo bilhete eletrônico em qualquer ponto, dentro do prazo de uma hora
• Monitoramento de GPS em todos os ônibus municipais
• Possibilidade de acompanhar o posicionamento, os horários e as vias atendidas por todo cidadão nos sites das duas empresas. Viação Cidade de Mauá ( http://www.viacaocidadedemaua.com.br/linhas.php ) e Leblon Transporte de Passageiros (http://www.leblontransporte.com.br/linhas_maua_urbano.html )
• Sistema tronco-alimentador: O Terminal do Zaíra possibilitou que as linhas do Zaíra 3, 5 e 6 se tornassem alimentadoras e em vez de os ônibus irem com lotação incompleta até o Centro da cidade, gerando poluição e trânsito na já tumultuada Avenida Presidente Castelo Branco, eles circulam nos bairros, diminuindo o intervalo e o tempo de espera. Os passageiros no Terminal Zaíra fazem a transferência de graça para ônibus de maior porte, mas que substituem vários veículos, que prestam serviços nas linhas 080 Troncal (Terminal Zaíra – Terminal Centro), 084 (Zaíra 4 – Terminal Central) e de forma inédita no ABC Paulista contam com uma linha Expressa, a linha 356, que liga o Terminal Zaíra ao Terminal Central, sem paradas em pontos, o que reduz em mais da metade o tempo de viagem. Todo este sistema é operado pela Leblon Transporte de Passageiros, mas a intenção é que haja semelhante nas linhas da Viação Cidade de Mauá, antiga Viação Barão de Mauá.
Um dos pontos destes avanços é a existência de duas empresas que pertencem a grupos diferentes, o que gera concorrência em alguns pontos da cidade. Há mais de 30 anos, Mauá só teve um grupo operador, o de Baltazar José de Sousa, que controlava duas empresas: A Viação Barão de Mauá e a Viação Januária. Depois de muita batalha judicial, e até ações criminosas contra a Prefeitura e a Leblon Transporte de Passageiros, a empresa paranaense conseguiu assumir o lote 02, começando as operações no dia 06 de novembro.
A população logo percebeu a mudança pela diferenciação de pintura dos ônibus. A Viação Cidade de Mauá continuava com o antigo padrão de cores, estabelecido pelo governo de Oswaldo Dias, do PT, com cor predominantemente vermelha e branca (as mesmas cores do partido) e a Leblon entrou com as cores prata e azul e um símbolo de uma águia formada por rostos humanos, o que indica que os transportadores devem ter a agilidade e a visão de uma águia, mas devem fazer todos os seus serviços para o ser humano, segundo a própria Leblon.
O fato de haver duas cores diferentes agradou a população que pode perceber melhor a diferença de qualidade das duas empresas e principalmente identificar melhor nos pontos qual o ônibus que atende os bairros onde moram e trabalham.
A Prefeitura diz que a cidade é uma só, já que nos transportes há ainda a impressão de haver “duas Mauás”, embora a Viação Cidade de Mauá tenha melhorado os serviços, mas não sua cultura.
Mas o nivelamento pode ser um tiro no pé da própria prefeitura que quer impor sua marca e de seu partido nas latarias dos ônibus, pois a percepção normalmente é para o lado pior dos serviços.
Isso sem contar no dinheiro do passageiro investido pela nova empresa de ônibus, a Leblon, se tiver de mudar de pintura, que poderia ser usado em outras ações, como manutenção, ampliação de frota, aperfeiçoamento dos serviços ou mesmo reforço da saúde financeira da companhia.
É um passo atrás nas mudanças importantes dos transportes que Mauá tem vivenciado. Pode ser um tiro no pé de Oswaldo Dias.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Adamo Bazani denuncia o uso politico da pintura padronizada em Mauá-SP
Como já era de se esperar, já estão usando a pintura padronizada para fins eleitoreiros. O seu objetivo desde o começo não era organizar transportes e sim fazer promoção politica de politicos corrúptos. Neste texto do jornalista Adamo Bazani, ele denuncia o uso eleitoreiro da mesma onde o prefeito resolveu adota-la um anos antes das eleições municipais. O mesmo exemplo cabe ao Rio, onde esta não é nem usada no sistema SRO(BRS). Temos não apenas que denunciar este uso eleitoreiro, como impedir que esta medida que só prejudica a população em todos os sentidos, seja implantada nas demais cidades do pais. Como ja foi dito aqui exaustivamente, ela só serve para uso eleitoreiro e ocultar empresas corrúptas e nada mais.Enquanto isso, assinem o abaixo assaindao ao lado deste texto. Pensem nisso!
"

Mauá quer padronizar pintura de ônibus
Passageiros aprovaram que cada empresa tivesse sua cor, mesmo assim Prefeitura quer impor sua marca nas latarias
ADAMO BAZANI – CBN
Mauá, na Grande São Paulo, que tem vários problemas de transportes, mas que tem recebido elogios pelas mudanças que vem realizando, como a entrada de uma nova empresa operadora, a instalação de um sistema tronco-alimentador de uso de linhas mais racionais e a renovação de frota, pode tomar uma medida que deve desagradar os usuários do sistema.
A administração municipal estuda em criar uma autarquia de transportes e como primeira medida quer padronizar as pinturas dos ônibus que operam os dois lotes da cidade.
Atualmente, a vida do passageiro de ônibus de Mauá, principalmente dos que possuem mais dificuldades de visão, foi facilitada, pelo fato de as duas empresas terem cores e desenhos diferentes. A VCM – Viação Cidade de Mauá – adora a padronização antiga com as cores branca, vermelha e azul, formando uma espécie de sorriso no desenho, igual ao símbolo da prefeitura.
A operadora mais nova, Leblon Transporte de Passageiros Ltda, que presta serviços desde 06 de novembro de 2010, já possui uma pintura mais sofisticada: prata e azul com uma águia formada por rostos humanos.
De acordo com a empresa, a pintura foi permitida desde a época do edital de licitação e foi feita especialmente para Mauá, já que onde opera há mais tempo, nas cidades de Fazenda Rio Grande e Curitiba, no Paraná, há padronização das cores dos ônibus conforme os serviços e linhas atendidos.
A pintura concorre a prêmios nacionais de desenhos de frota.
A empresa diz que o desenho reflete o que deve ser os transportes coletivos. Um transportador deve ter a força, a agilidade e a visão de uma águia, que é determinada em seus objetivos e impõe respeito. Mas ela abriga a quem é responsável. Como os transportes são feitos por seres humanos e para seres humanos, os rostos formam a águia demonstrando a preocupação e a prioridade que os serviços devem dar ao ser humano. Ou seja, são seres humanos servindo seres humanos, na visão da empresa.
A população acha bonita a pintura, que é metálica e escolhe as cores azul e prata para fazer uma referência às cores da cidade e também ser uma combinação suave, não agressiva e que não destoa na paisagem urbana.
A população aprova, tanto pela beleza da pintura, na opinião dos usuários, como pela facilidade de diferenciar os dois serviços.
Mas Mauá, em ano de eleição, quer nivelar as duas empresas de ônibus, impossibilitando de o passageiro por ele mesmo saber as diferenças entre elas de maneira mais fácil, e impor sua marca.
É verdade que o poder público tem méritos nas mudanças que ocorrem nos transportes de Mauá.

Mas vale ressaltar, antes de colocar sua marca nos ônibus com predominância, que foram as empresas que compraram os veículos e que investiram milhões em renovação da frota. A Leblon entrou na cidade com todos 86 ônibus 0 km e a Viação Cidade de Mauá também trouxe vários veículos novos.
Já existe até um profissional na área de design elaborando a pintura da Prefeitura.
Só de saber que duas empresas diferentes podem ser niveladas e que a identificação dos ônibus nas ruas será mais difícil, a população não aprova a idéia.
Mauá se destacava justamente por quebrar os paradigmas das padronizações.
A questão da padronização das pinturas de ônibus é polêmica e mostra o quanto as diversas esferas do poder público querem aproveitar cada espaço na cidade para imporem suas marcas e as dos seus respectivos partidos.
Há vários casos emblemáticos que fizeram com que o dinheiro público e das empresas de ônibus, que vem do público também, fosse tratado de foram ridícula também.
No início dos anos 2000, quando Marta Suplicy assumiu a Prefeitura de São Paulo, a pintura que era para ser padrão na cidade tinha cinco “bonequinhos”, de bracinhos dados, que davam a impressão de serem estrelas vermelhas. O símbolo, que a administração pública dizia representar união e integração, na verdade mais lembrava a estrela do PT, símbolo do partido de Marta Suplicy.
A prefeita foi obrigada a mudar a padronização para uma mais racional adotada nos dias de hoje, apesar de tal padronização não dar direito de o cidadão saber de maneira facilitada a empresa que presta serviços.
Em Santo André, o desrespeito com o dinheiro dos passageiros foi maior ainda.
No final de 2008, o prefeito petista João Avamileno determinou que o azulão que já padronizava os ônibus da cidade desde 1997, quando o Prefeito Celso Daniel privatizou os serviços operacionais da EPT (Empresa Pública de Transportes) e reorganizou os transportes, fosse substituído por uma pintura nas cores branca e vermelha, ciom um pequeno detalhe azul.
No mesmo ano, o candidato a Prefeitura Vanderlei Siraque, do PT, cotado como favorito perde as eleições para o médico Aidan Ravin, do PTB, partido rival histórico do PT na cidade.
Em 2009, quando Ravin assumiu, uma das primeiras medidas foi determinar a troca da cor dos ônibus. Com o mesmo desenho, o vermelho teve de dar lugar ao azul. Ocorre que as empresas nem tiveram tempo de trocar o azulão de Celso Daniel, tiveram de adotar uma terceira pintura em menos de 09 meses depois da determinação do ex prefeito João Avamileno.
Em nome da política, a padronização, que em tese significa organização dos transportes virou bagunça total. Na mesma linha, havia empresas na cor azul Celso Daniel, vermelho João Avamileno e Azul mais claro no tom Aidan Ravin.
O petebista afirmava que os ônibus e os pontos tinham de ter as cores da bandeira da cidade e que não havia motivação política. Mas o objetivo seria mesmo apagar as marcas do PT na cidade.
Com isso, dinheiro das passagens das empresas de ônibus que poderia ser investido em renovação de frota, em manutenção ou mesmo no caixa para a saúde financeira da empresa, foi gasto em tinta. O nome EPT, que já era gerenciadora dos transportes, foi trocado para SATRANS. Ocorre que a autarquia não mudou praticamente em nada sua função. O munícipe teve dinheiro gasto, com a burocracia de mudança de nome, só para que o nome da antiga administração não fosse lembrado mais pela população.
Teve de aderia à pintura de Aidan até mesmo a Expresso Guarará, que não faz parte do Consórcio União Santo André, pois opera depois de vencer a licitação do Sistema de Vila Luzita, que possui um corredor, terminal e linhas alimentadoras (AL) e troncais (TR), tinha uma pintura diferenciada para mostrar que prestava serviços em um sistema diferente. Era uma pintura predominantemente branca, com detalhes azuis e vermelhos.
Em Santo André a situação é tão explícita que, com exceção da Expresso Guarará, todos os ônibus do Consórcio União Santo André sequer levam os nomes de suas empresas, Na parte traseira dos veículos, está escrito União Santo André, o nome do Consórcio. Se o passageiro quiser saber qual empresa o serve ou qual o ônibus por exemplo que arrancou o retrovisor de um carro e fugiu, tem de decorar o prefixo que fica na frente do número do ônibus, o que ninguém é obrigado a saber. (01 –Viações Guaianazes e Curuçá, 02 Viação Vaz, 03 Transporte Coletivo Parque das Nações, 04 ETURSA – Empresa de Transportes Urbanos Rodoviários de Santo André e 05 – EUSA – Empresa Urbana Santo André).
O Rio de Janeiro, considerada a capital exemplo de preservação das pinturas de ônibus que preservavam a identidade que as pessoas tinham com as empresas, aboliu neste ano esta ligação entre população e transportes públicos, e na formação dos consórcios adotou pinturas padronizadas.
Agora com Mauá, deve se repetir a novela.
Os ônibus, que começaram a ter aprovação de parte da população, vão ter de seguir a caprichos de administração pública, coincidência ou não, em ano de eleições.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
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MAUÁ QUER PADRONIZAR PINTURAS DE ÔNIBUS EM ÉPOCA DE ELEIÇÃO

Visão e força como da águia, impondo respeito são características
predominantes nos transportes coletivos.
Mas os serviços são feitos por seres humanos e para o ser humano.
Assim, a águia é formada por rostos de pessoas.
Esta é a visão de como devem ser os serviços de acordo com o
Grupo Leblon Transporte de Passageiros
As cores remetem tranqüilidade, não agressão ao ambiente urbano
e às cores da bandeira de Mauá.
Tudo isso pode ser anulado com a padronização de pinturas que a
prefeitura quer fazer, evidenciando
sua marca nas latarias dos ônibus em ano eleitoral. Foto: Adamo Bazani
predominantes nos transportes coletivos.
Mas os serviços são feitos por seres humanos e para o ser humano.
Assim, a águia é formada por rostos de pessoas.
Esta é a visão de como devem ser os serviços de acordo com o
Grupo Leblon Transporte de Passageiros
As cores remetem tranqüilidade, não agressão ao ambiente urbano
e às cores da bandeira de Mauá.
Tudo isso pode ser anulado com a padronização de pinturas que a
prefeitura quer fazer, evidenciando
sua marca nas latarias dos ônibus em ano eleitoral. Foto: Adamo Bazani
Passageiros aprovaram que cada empresa tivesse sua cor, mesmo assim Prefeitura quer impor sua marca nas latarias
ADAMO BAZANI – CBN
Mauá, na Grande São Paulo, que tem vários problemas de transportes, mas que tem recebido elogios pelas mudanças que vem realizando, como a entrada de uma nova empresa operadora, a instalação de um sistema tronco-alimentador de uso de linhas mais racionais e a renovação de frota, pode tomar uma medida que deve desagradar os usuários do sistema.
A administração municipal estuda em criar uma autarquia de transportes e como primeira medida quer padronizar as pinturas dos ônibus que operam os dois lotes da cidade.
Atualmente, a vida do passageiro de ônibus de Mauá, principalmente dos que possuem mais dificuldades de visão, foi facilitada, pelo fato de as duas empresas terem cores e desenhos diferentes. A VCM – Viação Cidade de Mauá – adora a padronização antiga com as cores branca, vermelha e azul, formando uma espécie de sorriso no desenho, igual ao símbolo da prefeitura.
A operadora mais nova, Leblon Transporte de Passageiros Ltda, que presta serviços desde 06 de novembro de 2010, já possui uma pintura mais sofisticada: prata e azul com uma águia formada por rostos humanos.
De acordo com a empresa, a pintura foi permitida desde a época do edital de licitação e foi feita especialmente para Mauá, já que onde opera há mais tempo, nas cidades de Fazenda Rio Grande e Curitiba, no Paraná, há padronização das cores dos ônibus conforme os serviços e linhas atendidos.
A pintura concorre a prêmios nacionais de desenhos de frota.
A empresa diz que o desenho reflete o que deve ser os transportes coletivos. Um transportador deve ter a força, a agilidade e a visão de uma águia, que é determinada em seus objetivos e impõe respeito. Mas ela abriga a quem é responsável. Como os transportes são feitos por seres humanos e para seres humanos, os rostos formam a águia demonstrando a preocupação e a prioridade que os serviços devem dar ao ser humano. Ou seja, são seres humanos servindo seres humanos, na visão da empresa.
A população acha bonita a pintura, que é metálica e escolhe as cores azul e prata para fazer uma referência às cores da cidade e também ser uma combinação suave, não agressiva e que não destoa na paisagem urbana.
A população aprova, tanto pela beleza da pintura, na opinião dos usuários, como pela facilidade de diferenciar os dois serviços.
Mas Mauá, em ano de eleição, quer nivelar as duas empresas de ônibus, impossibilitando de o passageiro por ele mesmo saber as diferenças entre elas de maneira mais fácil, e impor sua marca.
É verdade que o poder público tem méritos nas mudanças que ocorrem nos transportes de Mauá.

Ônibus da Viação Cidade de Mauá seguem a pintura da antiga padronização municipal.
Mesmo assim, a diferenciação de suas cores com as da Leblon agradam
a população que identifica melhor o ônibus que deve pegar.
O fato de as duas empresas terem duas tonalidades e desenhos
diferentes ajuda principalmente a quem possui algum tipo de dificuldade
visual e também colabora para os usuários julgarem melhor a qualidade
de serviços entre as duas companhias, diferentemente de Santo André,
por exemplo, onde a população não tem sequer o direito de saber qual
empresa está prestando serviços em sua linha. Foto: Adamo Bazani.
Mesmo assim, a diferenciação de suas cores com as da Leblon agradam
a população que identifica melhor o ônibus que deve pegar.
O fato de as duas empresas terem duas tonalidades e desenhos
diferentes ajuda principalmente a quem possui algum tipo de dificuldade
visual e também colabora para os usuários julgarem melhor a qualidade
de serviços entre as duas companhias, diferentemente de Santo André,
por exemplo, onde a população não tem sequer o direito de saber qual
empresa está prestando serviços em sua linha. Foto: Adamo Bazani.
Já existe até um profissional na área de design elaborando a pintura da Prefeitura.
Só de saber que duas empresas diferentes podem ser niveladas e que a identificação dos ônibus nas ruas será mais difícil, a população não aprova a idéia.
Mauá se destacava justamente por quebrar os paradigmas das padronizações.
A questão da padronização das pinturas de ônibus é polêmica e mostra o quanto as diversas esferas do poder público querem aproveitar cada espaço na cidade para imporem suas marcas e as dos seus respectivos partidos.
Há vários casos emblemáticos que fizeram com que o dinheiro público e das empresas de ônibus, que vem do público também, fosse tratado de foram ridícula também.
No início dos anos 2000, quando Marta Suplicy assumiu a Prefeitura de São Paulo, a pintura que era para ser padrão na cidade tinha cinco “bonequinhos”, de bracinhos dados, que davam a impressão de serem estrelas vermelhas. O símbolo, que a administração pública dizia representar união e integração, na verdade mais lembrava a estrela do PT, símbolo do partido de Marta Suplicy.
A prefeita foi obrigada a mudar a padronização para uma mais racional adotada nos dias de hoje, apesar de tal padronização não dar direito de o cidadão saber de maneira facilitada a empresa que presta serviços.
Em Santo André, o desrespeito com o dinheiro dos passageiros foi maior ainda.
No final de 2008, o prefeito petista João Avamileno determinou que o azulão que já padronizava os ônibus da cidade desde 1997, quando o Prefeito Celso Daniel privatizou os serviços operacionais da EPT (Empresa Pública de Transportes) e reorganizou os transportes, fosse substituído por uma pintura nas cores branca e vermelha, ciom um pequeno detalhe azul.
No mesmo ano, o candidato a Prefeitura Vanderlei Siraque, do PT, cotado como favorito perde as eleições para o médico Aidan Ravin, do PTB, partido rival histórico do PT na cidade.
Em 2009, quando Ravin assumiu, uma das primeiras medidas foi determinar a troca da cor dos ônibus. Com o mesmo desenho, o vermelho teve de dar lugar ao azul. Ocorre que as empresas nem tiveram tempo de trocar o azulão de Celso Daniel, tiveram de adotar uma terceira pintura em menos de 09 meses depois da determinação do ex prefeito João Avamileno.
Em nome da política, a padronização, que em tese significa organização dos transportes virou bagunça total. Na mesma linha, havia empresas na cor azul Celso Daniel, vermelho João Avamileno e Azul mais claro no tom Aidan Ravin.
O petebista afirmava que os ônibus e os pontos tinham de ter as cores da bandeira da cidade e que não havia motivação política. Mas o objetivo seria mesmo apagar as marcas do PT na cidade.
Com isso, dinheiro das passagens das empresas de ônibus que poderia ser investido em renovação de frota, em manutenção ou mesmo no caixa para a saúde financeira da empresa, foi gasto em tinta. O nome EPT, que já era gerenciadora dos transportes, foi trocado para SATRANS. Ocorre que a autarquia não mudou praticamente em nada sua função. O munícipe teve dinheiro gasto, com a burocracia de mudança de nome, só para que o nome da antiga administração não fosse lembrado mais pela população.
Teve de aderia à pintura de Aidan até mesmo a Expresso Guarará, que não faz parte do Consórcio União Santo André, pois opera depois de vencer a licitação do Sistema de Vila Luzita, que possui um corredor, terminal e linhas alimentadoras (AL) e troncais (TR), tinha uma pintura diferenciada para mostrar que prestava serviços em um sistema diferente. Era uma pintura predominantemente branca, com detalhes azuis e vermelhos.
Em Santo André a situação é tão explícita que, com exceção da Expresso Guarará, todos os ônibus do Consórcio União Santo André sequer levam os nomes de suas empresas, Na parte traseira dos veículos, está escrito União Santo André, o nome do Consórcio. Se o passageiro quiser saber qual empresa o serve ou qual o ônibus por exemplo que arrancou o retrovisor de um carro e fugiu, tem de decorar o prefixo que fica na frente do número do ônibus, o que ninguém é obrigado a saber. (01 –Viações Guaianazes e Curuçá, 02 Viação Vaz, 03 Transporte Coletivo Parque das Nações, 04 ETURSA – Empresa de Transportes Urbanos Rodoviários de Santo André e 05 – EUSA – Empresa Urbana Santo André).
O Rio de Janeiro, considerada a capital exemplo de preservação das pinturas de ônibus que preservavam a identidade que as pessoas tinham com as empresas, aboliu neste ano esta ligação entre população e transportes públicos, e na formação dos consórcios adotou pinturas padronizadas.
Agora com Mauá, deve se repetir a novela.
Os ônibus, que começaram a ter aprovação de parte da população, vão ter de seguir a caprichos de administração pública, coincidência ou não, em ano de eleições.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
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sexta-feira, 24 de junho de 2011
A campanha anti-padronização ainda continua ativa, participem!
A campanha contra padronização das pinturas do ônibus do Rio continua ativa. Anteontem, estive com os bombeiros na Alerj assinando o abaixo assinado pela anistia dos 400 guerreiros. Ainda esta semana e na semana que vem, pretendo entrar em contato com eles sobre nossa causa e sobre essa mudança de numeração de linhas sem critério. E na mesma semana, faremos uma nova rodada de divulgação do abaixo assinado nos principais locais de circulação do Rio. Embora esta mudança nas pinturas já esteja avançada, ainda há tempo de dete-la, pois ela assim como esta mudança desnecessára de numeração de linhas, estão trazendo um tremendo transtorno para empresas e passageiros. O exemplo mais gritante desta mundaça de linha é o caso da S27 ( Marechal Hermes - Urucânia), que havia mudado para 897 e agora é 738 confundindo rodoviários e passageiros. Por conta disso, nós também iremos criar um abaixo assinado para reverter esta mudança de linhas.
Pedimos encarecidamente que participem deste abixao assinado e do outro que será criado em breve, pois entendemos que a população, icluindo os leitores deste blog, não são cobaias e muito menos palhaços. Por isso pedimos a colaboração de vocês. Leiam o texto do nosso amigo Alexandre Figueiredo.
CONTINUA PETIÇÃO CONTRA PADRONIZAÇÃO VISUAL DOS ÔNIBUS DO RJ

A petição contra a padronização visual dos ônibus do Rio de Janeiro continua valendo, apesar da repintura dos ônibus estar em estágio avançado e do grupo político de Eduardo Paes e Sérgio Cabral Filho praticamente ter "comprado" a adesão de alguns busólogos fluminenses.
Vale lembrar que não são todos os busólogos fluminenses, mesmo alguns que fotografam ônibus padronizados, que aderiram ao esquema. Até porque vários desses busólogos fotografam os ônibus de visual padronizado por uma simples questão de informação.
http://www.blogger.com/img/blank.gif
No entanto, há outros que passaram a ter uma conduta mais esnobe, arrogante, grosseira e até ofensiva, o que mostra o quanto estes estão do lado dos interesses anti-populares do grupo político de Paes e Cabral, e estão nervosos por verem que o que eles defendem não é do interesse da coletividade (ainda que tentem dizer o contrário).
Mas, em que pese essa situação, a petição continua valendo através do seguinte endereço:
http://www.petitiononline.com/alexfig2/petition.html
É preciso que os leitores participem dessa petição, mas procurem chamar seus amigos e familiares para fazer o mesmo. Essa campanha não conta com patrocinadores, é feita no mais puro interesse público.
Agora, o pessoal que ficar do lado da padronização visual, estará do lado de governantes que despejam moradores de casas populares, mandam prender bombeiros, estão de rabo preso com empreiteiros e dirigentes esportivos e pouco estão se lixando com o sofrimento das classes"
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