quinta-feira, 21 de junho de 2012

Linguagem e maquina virtual Java são mantidas no middleware Ginga

   Foi a melhor coisa que a comissão SBTVD fez, pois o Java é robusto, portavél e é a linguagem integrante não só do GEM, que é o middleware do DVB, utilizado pelas TV's a cabo, satélite e DTH, mas é um dos componentes do Ginga. Na verdade, é ele quem faz o Ginga NCL-Lua funcionar, uma vez que o Ginga foi feito em 60% em linguagem Java e outros 40% em C. E a linguagem que além de ser consagrada no mercado, é a que as emissoras como Globo e SBT estão optando para gerar interatividade nos seus canais digitais, justamente pelos motivos citados, mas também porque economiza em treinamentos e se consegue produzir aplicativos mais funcionais e estaveis. Elas até tentaram gerar aplicativos com o NCL, mas o resultado não foi satisfatório. Por isso migraram para o Java, uma vez que já possuem um excelente corpo de programação treinado nesta linguagem.
      O NCL é uma opção razoavel, porém não é prático, funcional, uma vez que é cheio de redundâncias, confuso e é muito complicado de se programar com ele, ao contrário do Java, cuja seu formato em programação em objeto facilita e muito o desenvolvimento de aplicativos para a Tv digital. Se fosse o Lua sozinho seria além de mais facíl de programar, facil de implementar e geraria aplicativos mais robustos e estaveis, mas infelizmente não é assim, ele depende do NCL para funcionar.
        Felizmente, a Comisssão SBTVD e a Oracle entraram num acordo e tudo foi mantido como antes, sem risco de cobranças de royalties, tão temido por desenvolvedores, uma vez que a Oracle vinha mudando todas as politicas anteriormentes defendidas pela saudosa Sun e que defendia o Java como linguagem livre. Parabéns a Oracle que voltou atrás e a SBTVD!

Padrão Ginga Abre Oportunidade Para Desenvolvedores e Criadores de Conteúdo

21 junho 2012 2 views 0 Comentários

O Brasil aprovou o uso do Java em seu Padrão de TV Digital. O movimento abre um mercado para os aproximadamente 130 mil desenvolvedores brasileiros que atuam com a plataforma. A expectativa é um boom no mercado de aplicativos a partir de 2013, a partir da evolução do programa e queda de preço dos dispositivos com mais interatividade.
“É uma tecnologia nova. A TV vai criar um novo paradigma para pessoas de qualquer renda, com acesso a conteúdo e interação de uma forma diferenciada”, aposta Dimas Oliveira, consultor de vendas da Oracle.
A fabricante acredita em uma ampla adesão dos produtores de televisores e set-top-box ao padrão, que aumentarão a oferta de soluções interativas e de inclusão digital. Atualmente, já existem alguns aparelhos com esses recursos, mas a proporção ainda é muito tímida. A ideia é que uma popularização de aparelhos mais sofisticados impulsione serviços diversos distribuídos via TV.
“Esses desenvolvedores podem criar os mais diversos aplicativos interativos, seja para transmissão de conhecimento, conscientização, educação, cultura, lazer, comércio, etc. Para isso, os fabricantes de equipamentos de televisão e de set-top-box têm apenas de incluir em seus produtos o middleware interativo DTVi (Ginga), que roda em máquina virtual Java, Oracle JVM, cujo padrão de qualidade se diferencia pela flexibilidade, robustez, certificação e padronização, garantindo a continuidade da oferta e que o mercado não sofra fragmentação”, detalha um comunicado da fabricante sobre o tema. Os programadores forneceriam soluções a emissoras e retransmissoras, produtoras de conteúdo e anunciantes.
Na visão do consultor, a interatividade propiciará que a população acesse, através dos televisores, serviços bancários e públicos, por exemplo. A plataforma também permitirá novas modalidades de comércio (T-commerce, como foi batizada as negociações via TV digital), a partir de ofertas segmentadas e do relacionamento com telespectadores.
“Hoje, cada TV tem seu próprio ambiente de desenvolvimento. A idéia do Ginga é que, independente do fabricante ou desenvolvedor de software, o aplicativo funcionará em qualquer marca de aparelhos”, explica Oliveira.
Oliveira vislumbra um mundo onde as aplicações para TV digital seguiriam uma lógica similar ao mercado de telefonia móvel, no qual um próximo passo seria a abertura de canais alternativos de conteúdo de outra fonte que não seja o broadcaster, o que ajudaria a dar escala ao conceito. Sem dimensionar de maneira precisa o quanto esse mercado movimentaria, ele mostra-se otimista.
“É um mercado mais interessante do que o de dispositivos móveis”, compara.
Para quem não sabe, o Ginga é um middleware concebido originalmente pela PUC do Rio de Janeiro e a pela Universidade Federal da Paraíba e que tem como objetivo a possibilidade de implementar aplicações e recursos de interatividade para o nosso sistema de TV Digital baseado em tecnologia de código aberto. O Ginga possui dois subsistemas principais, um baseado nas linguagens NCL e Lua e o outro na linguagem Java, o que facilita para o desenvolvedor já que ele pode escolher qual dos subsistemas utilizar. A linguagem NCL é caracterizada pela simplicidade e facilidade de aprendizagem e em 2009 foi reconhecida como padrão mundial pela União Internacional de Telecomunicações (H.761 standard) para desenvolvimento de aplicativos na plataforma de IPTV (TV pela Internet). Como pode ser visto abaixo, as emissoras já distribuem conteúdo interativo em suas grades utilizando o Ginga.

Na Imagem: Aplicativo interativo desenvolvido em Ginga da novela Malhação da Rede Globo. A Globo já transmite para cada novela um aplicativo interativo.

Na Imagem: Aplicativo interativo desenvolvido em Ginga da Série Rei Davi da Rede Record

Blog da iTVBR

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