sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Música no Fatos Gerais: Tim Maia - Réu confesso

 
         Retomando a série Música no Fatos Gerais, oferecemos a vocês Tim Maia com a música Réu confesso. Aproveitem o final de semana ouvindo esta maravilhosa música.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Street Fighter completa 25 anos

   Esse jogo fez parte da minha vida. Joguei muito ele nos fliperamas, sobretudo no fliper de um antigo bar da Praça do Pizão (praça Charruas) em Realengo entre 1990 a 1994. Este bar hoje é uma farmácia. Eu ainda cheguei a jogar o Street Fighter I , jogo este lançado inicialmente no Nintendinho, ou seja, rodava no Top Game da CCE e no Phanton System da Gradiente. Os que mais joguei foram o Street Fighter 2(no qual não se podia escolher o Bizon, Vega etc)  e o Street Fighter 2.5 ( neste já se podia escolhero Bizon para jogar, por exemplo). Seu maior concorrente direto era Mortal Kombat. Quanta saudade!

Série de jogos de luta 'Street Fighter' completa 25 anos

Game foi lançado para os fliperamas em 30 de agosto de 1987.
'Street Fighter II' fez a série se tornar popular em todo o mundo.

Do G1, em São Paulo
61 comentários
Após mais de 60 títulos para diversos consoles de videogame e mais de 25 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, a série de jogos de luta "Street Fighter" completa 25 anos nesta quinta-feira (30).
Info 25 anos Street Fighter versão V (Foto: Arte G1)
O primeiro jogo da série da produtora japonesa Capcom foi lançado em 30 de agosto de 1987 para os fliperamas. No título, lutadores conhecidos até hoje pelos fãs, Ryu e Ken, fizeram a sua estreia como personagens jogáveis. Entre os inimigos, Sagat, o grande rival de Ryu, era o chefe final do game.
Brasil em 'Street Fighter'
Blanka (Foto: Reprodução)Blanka (Foto: Reprodução)
Blanka
Sobrevivente de uma queda de avião, ele viveu na Amazônia, onde se transformou em um monstro verde.
Sean (Foto: Reprodução)Sean (Foto: Reprodução)
SeanImpressionado pelas lutas de Ken, o menino brasileiro se torna seu discípulo que quer vencer as batalhas sem aparentar medo.
Oro (Foto: Reprodução)Oro (Foto: Reprodução)
OroO eremita de 140 anos é japonês, mas vive em uma caverna na Amazônia, onde aprendeu habilidades extraordinárias.
Nos arcades, os jogadores podiam usar um joystick para controlar o lutador e dois botões para socos e chutes. A força dos golpes - fraco, médio e forte - era medida pela força com que os jogadores pressionavam estes botões.

Como o sistema não funcionou, uma vez que os gamers sempre pressionavam os botões com muita força, a Capcom optou por usar uma configuração de seis botões para os golpes, que é usada até hoje.
Golpes famosos que Ryu e Ken aplicam contra seus inimigos também apareceram pela primeira vez há 25 anos.

O Hadouken, uma bola de energia azul que causa danos à barra de vida do adversário; o Shoryuken, um poderoso gancho aplicado com um salto; e o Tatsumaki Senpukyaku, um chute giratório em que o personagem voa pelo cenário, podiam ser utilizados nas batalhas.
Popularização
Foi com "Street Fighter II", lançado em 1991 para os fliperamas e 1992 para os videogames da época, contudo, que a franquia se popularizou.

O jogo trazia de volta Ryu, Ken, Sagat e Balrog (o boxeador era chamado de Mike no primeiro título), e mais os lutadores E.Honda, Chun-li, Dhalsim, Guile, Zangief e o brasileiro Blanka para serem escolhidos nos confrontos. M.Bison era o chefe com Vega, Balrog e Sagat como subchefes.
'Street Fighter II' brasileiro
Capa do game para o Master System (Foto: Reprodução)
Apenas para o Brasil, a Tectoy, que detém os direitos de venda do Master System, da Sega, até hoje, criou uma versão de "Street Fighter II" para o antigo videogame de 8-bits. Lançado em 1997, o jogo trazia um esquema de jogo mais simples, voltado para o controle com apenas dois botões de ação do videogame, e vinha com 8 lutadores. (Assista ao vídeo do game)
O sucesso do game fez com que, apenas para o Super Nintendo, console 16-bits da criadora de "Super Mario", 6,3 milhões de cópias fossem vendidas em todo o mundo. Para se ter uma ideia do tamanho do sucesso, "Street Fighter IV", a versão mais recente da série, vendeu 2,04 milhões de cópias no PlayStation 3 e 1,64 milhão para o Xbox 360.
No game, o jogador viajava para diversos lugares do mundo, inclusive na Floresta Amazônica, no Brasil, para enfrentar lutadores de diferentes habilidades. Todos eles possuíam golpes especiais que podiam ser usados ao realizar uma combinação de comandos no joystick e nos botões de ação.
A Capcom ainda lançou versões diferentes do jogo: "Super Street Figher II" trazia novos personagens (Cammy, Dee Jay, T. Hawk, Fei Long e Akuma) e cenários; "Street Fighter II Turbo" trouxe novos golpes e cores de roupas dos personagens, além de partidas com maior velocidade; e "Super Street Fighter II Turbo", com partidas mais velozes, menos bugs e o personagem secreto Akuma. Ele só podia ser enfrentado caso o jogador conseguisse vencer todas as lutas sem perder nenhum round.
Após o sucesso de "Street Fighter II", a Capcom lançou "Street Fighter III: New Generation" nos fliperamas em 1997. O game não trouxe os lutadores conhecidos do game anterior, o que, aliado a um esquema de jogo totalmente diferente, fez com que o título não fizesse tanto sucesso.
Apenas nas duas versões seguintes, "Street Fighter III: Double Impact" e "Street Fighter III: Third Strike", a Capcom colocou Chun-Li e Akuma de volta.
Imagem divulgada pela Capcom para comemorar os 25 anos da série 'Street Fighter' (Foto: Divulgação/Capcom)Imagem divulgada pela Capcom para comemorar os 25 anos da série 'Street Fighter' (Foto: Divulgação/Capcom)
A versão mais recente da franquia, "Street Fighter IV" foi lançada em 2008 para fliperamas, PlayStation 3, PC e Xbox 360 e traz gráficos 3D com esquema de jogo em 2D, padrão que foi adotado por outros jogos de luta. A versão com mais personagens, "Super Street Fighter IV" foi lançada em 2010. Outro diferencial do game é a possibilidade de confrontar outros jogadores em partidas on-line.
A Capcom ainda não anunciou se há planos para o lançamento de "Street Fighter V" ou outro título da série.
Uma edição especial comemorativa dos 25 anos da série será lançada nos Estados Unidos no dia 18 de setembro. O pacote, chamado de "Street Fighter 25th Anniversary Collector's Set" custará US$ 150.
Edição de colecionador comemora os 25 anos da franquia 'Street Fighter' (Foto: Divulgação)Edição de colecionador comemora os 25 anos da franquia 'Street Fighter' (Foto: Divulgação)
A caixa traz 15 discos com os games "Super Street Fighter 2 Turbo HD Remix", "Street Fighter III Third Strike Online Edition", "Super Street Fighter IV Arcade Edition" e "Street Fighter X Tekken". Além dos jogos, há um documentário, dois filmes de animação, a série animada completa da franquia e 11 discos com a trilha sonora da série. Haverá uma estatueta do lutador Ryu, a faixa do personagem e um livro com artes.
O filme de 'Street Fighter' foi um fracasso para a crítica, mas faturou quase US$ 100 milhões em todo o mundo (Foto: Divulgação)O filme de 'Street Fighter' foi um fracasso para a
crítica, mas faturou quase US$ 100 milhões em todo
o mundo (Foto: Divulgação)
Filmes e animaçõesO sucesso da franquia levou "Street Fighter" para os cinemas e 1994. O filme que levou o mesmo nome do game trazia Jean-Claude Van Damme como o lutador Guile e Raúl Juliá como M.Bison.
Embora trouxesse quase todos os personagens da série, o filme não foi bem recebido pela crítica, que alegou baixa qualidade da produção e poucas cenas de ação. Mesmo assim, o filme arrecadou US$ 3,1 milhões em sua estreia e um total de US$ 99 milhões em todo o mundo.
Em 2009, uma nova tentativa de levar a franquia de luta para os cinemas não deu muito certo. "Street Fighter: The Legend of Chun-Li" focava na lutadora chinesa, interpretada por Kristin Kreuk (a Lana Lang de "Smallville"), mostrando a vida da personagem. No site "Rotten Tomatos", a produção ficou em 44º lugar entre os 100 piores filmes da década de 2000.
"Street Fighter" também teve desenhos animados. Em 1994, "Street Fighter II: The Animated Movie" foi lançado no Japão, recebendo uma versão para os Estados Unidos em 1996.
Uma série animada "Street Fighter II V" foi lançada em 1995 no Japão e filme para a TV, Street Fighter Alpha: The Movie" chegou em 1999. Em 2009, "Street Fighter IV: The Ties That Bind" foi lançado e distribuído na edição de colecionador do game para o PS3 e X360.
Na feira San Diego Comic Con 2012, os produtores Joey Ansah e Christian Howard anunciaram que a franquia voltará em uma nova série para a TV em 2013 com o nome de "Street Fighter: Assassin's Fist".

G1

domingo, 19 de agosto de 2012

Encerramento das Olimpíadas: Os alguéns, os quens, a Queen, o Queen,e o The Who

 Por Marcelo Pereira

A festa de despedida dos jogos olímpicos de Londres de 2012 teve mais destaque do que a abertura (onde o único destaque foi a Rainha Elizabeth II dar uma de "Bond Girl" ao lado do -excelente - ator Daniel Craig). Caso raro pois normalmente a abertura costuma ser mais animada que o encerramento, geralmente chocho. 

Teve a consagração das boy groups, a volta de gente sumida como George Michael e Spice Girls, não-cantores cantando, como o comediante Russell Brant (mais conhecido como o cara que "comeu" a deliciosa americana Katy Perry, atual namorada do cantor John Mayer), entre outras coisas. Além do Queen estar testando mais um substituto para o insubstituível Freddie Mercury.

Também teve um cantor desses de reality para calouros, Ed Sheeran, fazendo tributo ao Pink Floyd cantando a belíssima Wish You Are Here, que os jovens alienados pensaram se tratar de uma nova música dele. A falta de informação musical não é exclusividade dos brasileiros, embora o povo-tupi seja ainda mais surreal nisso que os estrangeiros, já que pelo menos eles não se recusam a pesquisar sobre cultura.

Mas o destaque mesmo veio depois da metade, com a "transferência de cargo" na organização das olimpíadas (que vai ser aonde? Hein? Hein?). Primeiro com a surpreendente aparição de Renato Sorriso, gari que se transformou em dançarino, numa espécie de peça teatral ao lado de um ator que interpretou um segurança inglês. Bela imagem, ainda mais sabendo da missão de Sorriso (que admiro bastante), que com seu trabalho de dança, aparentemente apenas lúdico, na verdade mostra o valor e a dignidade desses profissionais que se esforçam para deixar limpas as nossas cidades, mesmo com o baixo salário e o prestígio - injustamente - mais baixo ainda.

Tivemos Marisa Monte brilhante cantando Villa-Lobos, Seu Jorge - bem conhecido por lá - fazendo uma justa homenagem a Wilson Simonal (que pelo jeito adoraria ver uma música sua cantada na terra da Rainha Elizabeth II) e o prefeito Eduardo Paes (dá para perceber porque as autoridades queriam tanto organizar esta olimpíada...) recebendo a bandeira dos jogos olímpicos, mais um desses símbolos a serem cultuados em rituais.E como brasileiro adora ritual...

Mas o melhor foi reservado para o final. E não tem nada a ver com os brasileiros. Apesar da excelente festa de "transferência de cargo", onde a sede da próxima olimpíada foi celebrada com uma bela festa (organizada por brasileiros, vale lembrar), nada foi mais comovente para quem conhece a história da música do que ver uma banda veterana a The Who ainda em plena atividade, mesmo após as mortes dos grandes John Entwistle e Keith Moon (junto com John Bonham do Led Zeppelin - banda apadrinhada por Moon - os melhores bateristas de todos os tempos no rock).

O Who fez um pequeno mas emocionante show, com a bela música Baba O'Riley, que abre o que considero o melhor álbum da banda Who's Next, lançado no ano em que eu nasci, 1971. Dele também é a empolgante Won't Get Fooled Again, que usei como tema do meu aniversário de 30 anos pela letra que diz que não seremos mais feitos de otários. The Who tem histórias para contar através de suas músicas de qualidade inquestionável e de sua importância para o desenvolvimento da cultura britânica.

E com eles a cerimônia se encerrou. Que venha o Rio 2016 e em seguida a sua fortíssima ressaca.

(Publicado originalmente no Planeta Laranja, em 18/08/2012)

sábado, 18 de agosto de 2012

Caso Dave Grohl: quando a burrice chegou ao óbvio


A burrice dos jovens brasileiros mais convencionais chegou ao ponto da desinformação atingir o óbvio.

No fórum de uma rede social, pessoas estavam comentando a "semelhança física" entre o vocalista e guitarrista dos Foo Fighters e o ex-baterista do Nirvana.

Acontece que os "dois caras" são, na verdade, A MESMÍSSIMA PESSOA: ninguém menos que o multiiinstrumentista Dave Grohl.

E o pior é que esses internautas são os mesmos que se julgam "inteligentes", são "nota déis (sic)" e se irritam quando são chamados de desinformados.

E olha que não é uma informação difícil de se constatar, porque boa parte desse público conhece o Nirvana e o falecido cantor Kurt Cobain. Mas como é que o pessoal não pôde reconhecer que, assim que o Nirvana foi declarado extinto devido à famosa tragédia de Kurt, Dave Grohl decidiu formar outra banda, justamente os Foo Fighters?

Se o pessoal é capaz de cometer uma gafe dessas diante de uma informação tão óbvia e fácil de se obter, imagine então em informações mais complexas. E é esse pessoal que acha que será o futuro do país e os líderes do país do futuro.

Ascensão e queda da MTV Brasil


Escrevo este texto diante da notícia das possíveis venda e extinção da MTV Brasil, anunciada na coluna Outro Canal, da Folha de São Paulo.

A MTV Brasil é, na verdade, a TV Abril, rede de TV do grupo homônimo, que tem uma geradora em São Paulo no canal 32 UHF, além de repetidoras em diversas cidades brasileiras, e usa a franquia MTV, licenciada junto à proprietária da marca: a americana Viacom. A MTV Brasil foi fundada em 20 de outubro de 1990, entrando no ar no canal 32 paulistano (a geradora própria da TV Abril) e no canal 9 do Rio de Janeiro, arrendando junto à TV Corcovado. A MTV era uma emissora bacana. Era escorada essencialmente em programas de clipes musicais, cada um com um estilo, mas todos eles voltados à audiência juvenil. Era uma emissora evidentemente pop. Mas tinha informação musical, que eram passadas pelos apresentadores nos programas de clipes e também pelos programas jornalísticos e nos especiais. Quando a emissora transmitia pelo canal 9, o pessoal assistia direto. O impacto era tão avassalador que influenciou (conceitualmente e negativamente) até a mídia roqueira, como a Fluminense FM, rádio que ficou no ar até setembro de 1994. Até o Frejat era telespectador assíduo, segundo o que ele disse quando a emissora deixou o canal 9. Sim, porque em 1992 a TV Corcovado foi comprada pela Rede OM (atual CNT), substituindo a bem azeitada programação musical por programas grossos como o ultrarreaça Cadeia, que despejava no ar noticiário policial de Curitiba. O jornalista Sérgio Cabral (ele mesmo, o pai do atual desgovernador) é que devia gostar dessas coisas, pois deixou claro estar aliviado com a substituição da programação da MTV pela da Rede OM. A partir da saída do canal 9, os telespectadores sofreram para acompanhar a programação, através da repetidora no canal 24 UHF, atualmente ocupando o canal 48. Aliás, continuam sofrendo, até hoje. Quem não assina a NET assiste a emissora com chuviscos e chiados em vários pontos da cidade.

Um clipe marcante desta fase áurea da MTV (mesmo no canal 24 UHF) foi o da música Pérola, do CD Paulo Ricardo & RPM, lançado pelo RPM em 1993.



A MTV era legal quando a letra M de seu nome era M de Music, ou música. Ou seja: na década de 1990, quando seu carro chefe eram os clipes e programas musicais. Na segunda metade da década de 1990, a coisa degringolou. Passaram a exibir clipes de música popularesca, deformando o formato originalmente pop. O formato foi extinto de vez em meados da década seguinte (a do ano 2000), quando a emissora deixou de ser propriamente musical e encheu a grade quase toda com programas de auditório e humorísticos acéfalos, deixando os melhores clipes apenas para a madrugada e o início da manhã. O M da MTV passou a significar outra coisa. Não música. Imaginem que M é essa.

Na segunda metade dos anos 90 e na década de 2000, só prestavam poucas coisas, como os especiais Acústico MTV e MTV Ao Vivo. Eu mesmo comprei alguns CDs e DVDs desses especiais. A série Acústico MTV começou na verdade lá em 1992, com o CD Acústico MTV de João Bosco. Mas a série se tornou célebre na segunda metade dos anos 90, ao literalmente ressuscitar a carreira de muita gente boa do pop e do rock brasileiro. Titãs (1997) e Capital Inicial (2000) devem muito do sucesso posterior deles aos programas, discos e DVDs acústicos lançados com a MTV, nesses respectivos anos. Hoje, nem esses projetos arrojados temos na MTV.

Segundo a coluna Outro Canal, a TV Abril poderá ser vendida, e o grupo Abril poderá renegociar a franquia MTV (licenciada até 2018) de volta para a Viacom, que poderá criar a sua própria MTV Brasil agora como canal pago, sem aproveitar nenhum dos atuais programas ridículos da MTV Brasil. Melhor assim.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A política brasileira é algo admirável e canhota: todos dizendo serem mais esquerda que os outros

Resposta para Raphael Tsavkko:

Continuo curtindo seu blogue, Tsavkko. Embora eu tenha a estranha sensação de que é muito fácil ser de esquerda no Brasil. Seja dentro do governo ou fora do governo. Mesmo sendo esquerda autêntica, como é o seu caso. Afinal, todo mundo diz que é de esquerda, todo mundo diz que é progressista (até o Bolsonaro, do PP!), todo mundo diz que é politicamente correto. Se alguém da esquerda acerta, é porque é de esquerda. Que maravilha! Se alguém erra, é porque é de direita ou era alguém da esquerda que virou direita. Facinho, facinho de se desvencilhar. A esquerda é pura, santa, imaculada, Não erra nunca. Nem o Papa falando de fé e doutrina católica com a assistência do Espírito Santo é tão infalível quanto a esquerda. Se meterem um exame de DNA no Governo Lula-Dilma, encontraremos o querido DNA da esquerda, ali. Por mais que a direita esteja ali presente no Governo, como o amigo Tsavkko bem apontou. Se foi a esquerda que pariu politicamente o Lula e a Dilma durante o regime militar (ele como líder sindical, ela como guerrilheira), que assumam a paternidade ou a maternidade. Mas eu sinceramente não espero que a esquerda assuma coisa alguma. Eu sou um descrente absoluto, como o amigo Tsavkko. Se Lula é Deus (como os fanáticos fazem crer que seja), eu prefiro ser ateu. Um dia veremos a esquerda e a direita caírem juntas, e se juntarem ao demo-tucanato no raio que o parta. Aí ascenderá algo superior.

Ordem de Choque

Bobagens olímpicas na Rádio Catedral


Alguns debatedores do programa Vox Populi da Rádio Catedral são uns pândegos. No último dia 7, disseram que a Olimpíada 2012 não estava tendo grande audiência porque estava sendo transmitida pela Rede Record, que segundo eles só tem importância em São Paulo, não tendo repercussão no Rio de Janeiro.

Não é o que eu vi aqui no Rio de Janeiro e nos índices do Ibope. A Record costumava atingir a liderança de audiência, quando os atletas brasileiros estavam competindo ao vivo. E naquela semana eu estava almoçando num restaurante, assistindo uma partida de hóquei feminino ao vivo. A TV do restaurante não estava no Globo Esporte. E a partida nem era com a seleção brasileira. Era com as seleções da Holanda e da Nova Zelândia. Perguntem se a dona Globo estaria transmitindo partida de hóquei.

Se a linha editorial da Record é francamente anticatólica, isso não dá direito aos senhores debatedores do Vox Populi de distorcerem informações. Houve, sim, um tempo em que a Record não tinha grande audiência no Rio de Janeiro. Mas foi no tempo dos donos da Jovem Pan. Não agora, sob o domínio dos bispos. Que não são os católicos, que fique claro.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O PT ainda vai tomar um tombo muito maior e merecido

      Uma coisa que vem me chamando a atenção atualmente é a quantidade enorme de greves que vem acontecendo no funcionalismo publico, em todas as esferas e até mesmo na iniciativa privada. Nunca, como diz o ex-presidente traidor Lula Enrolado, na história deste país vi tantas greves como vejo hoje. Nem na época dos governos neoliberais Collor e FHC. E olha que estes governos eram privatistas, estavam desmontando a máquina publica ao privatizar, terceirirzar serviços publicos  e reduzir direitos da população, mas ainda sim não havia quantidade de protestos e greves que está ocorrendo hoje.
    E claro que na època destes dois presidentes, o Brasil havia passado por uma crise econômica absurda e também todas estas medidas feitas pelos dois governos, tinham como objetivo salvar a econômia e supostamente garantir o Plano Real, que havia sido criado por FHC no governo Itamar e consolidado por ele próprio em seu próprio governo. Naquela época, o caixa do governo não estava em melhores condições, também no plano politico internacional o Neoliberalismo, na figura do Consenso de Washigton estava com a corda toda e somava o fato de que o bloco comunista havia caido recentemente. Tudo isso fazia com que as forças sindicais perdessem parte de sua força. Soma-se ai isso também de que apesar de os governos Collor e FHC estarem tomando medidas anti-populares, eles ainda sim sentavam para negociar com os sindicalistas.
     Outra caracteristica que fazia eles tomarem a decisão de negociar com os grevistas era o fato de que eles eram encarados como forças de direita, o que de fato eram. Por isso, eles aceitavem negociar e mostravam a situação da economia, conseguindo dessa forma convencer os grevistas.
     Enquanto isso, o PT fazia campanhas pró-greves, de desobediencia civil, atacavam adversários da Direita   e outras coisas que vocês leitores já conhecem. Até que um dia eles assumiram o poder, na figura do Lula Enrolado.
       Este com seu jeito malandro conseguiu contornar greves, porém ao assumir, ele e seu grupo trairam a esquerda e a população ao não realizar as mudanças sociais do anterior e ainda se tornar alguem mais populista do que o melhor presidente que o Brasil de fato teve, Getúlio Vargas.
    Eis que o Lula Enrolado consegue fazer uma sucessora, Dilma, que assim como ele além de trair a esquerda, traiu as mulheres ao não ampliar as reformas que as tornassem de igual para igual perante os homens.  E ampliou esta traição não apenas as mulheres, aos negros, homossexuais e etc. Uma vez que se aliou com as forças mais corrúptas e sujas do país. Sua traição é tão grande que ela quer acabar com direitos trabalhistas de médicos do serviço publico, da policia e de vários setores do mesmo.
    Outra caracteristica marcante é com relação a questão das greves. O PT sempre insuflou e incentivou as greves. Agora que está no poder, além de não admiti-las, não aceita negociar com os grevistas. O que eles tem feito? Tem agredido verbal e fisicamente os grevistas ao lançarem a Força Nacional de Segurança e a as Forças Armadas contra policiais e outros servidores em greve além de dirigir ofensas a estes trabalhadores.
    Eles tem tido postura de ditadores, pois se recusam a negociar. E tem mais um agravante: ao contrário das epócas de FHC e Collor onde o caixa do governo estava de fato escasso, no caso do PT não. Este tem dito que não dará aumento por conta disso, mas se contradiz quando repassam altas somas de dinheiro para financiar obras da iniciativa privada, Olímpiadas, Copa do Mundo e etc. Soma-se ao fato também de que é um governo supostamente popular. Isso sem contar a questão do Mensalão, que está sendo julgado no STF no momento.
     Por isso este monte de greves uma atrás da outra. E do jeito que está indo, é capaz de várias greves ocorrerem ao mesmo tempo, o que poderia desencadear uam greve nacional, algo tentado durante o governo FHC em 1999, mas com pouca adesão popular. Hoje, se promoverem isso, possívelmente a adesão será muito maior. Como diz a apresentadora e jornalista do SBT Rachel Sheherazade, é o PT provando do seu próprio veneno. Leiam o que ela escreveu em seu blog.

O PT e as greves: sentindo o próprio veneno!

assista ao video:
Esquecido na Constituição Federal, o direito à greve segue sem regulamentação desde 1988. Os partidos não se interessam em legallizá-la, porque usam o movimento politicamente para atacar ou chantagear os adversários. Mas, de todas as legendas, o PT é a que menos pode reclamar. Nasceu incentivando greves no ABC Paulista. Agora, sente, na boca, o amargo do próprio veneno.

   Rachel Seherazade

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Porto do Rio e suas vias ferroviárias ainda vivem e querem continuar vivos

 

    O Porto do Rio, para quem não sabe ainda não morreu. Embora o atual prefeito queira acabar com ele e só destina-lo a funções turisticas como porto de transatlanticos, ele ainda vive  está com força.
      Vale lembrar que muitas de suas principais vias ferroviárias, incluindo uma mini-fábrica de locomotivas no pátio de Praia Formosa foram erradicados para dar lugar  especulação imobiliária e tornar mais caótico o trânsito daquela região, se aproveitando dos eventos esportivos. Tal crime, ele quer fazer também no ainda vivo Autódromo Nelson Piquet, onde este quer transferi-lo para Deodoro. No caso deste, caso não se consiga a transferência para Deodoro ( local cheio de explosivos e com espécies em exitinção), ele pretende utilizar as pistas do Aterro do Flamengo como pistas de corrida ( Av. Infante Dom Henrique, Avenida Beira Mar, Avenida OSvaldo Cruz e Avenida Rui Barbosa), a exemplo de Mônaco e de quando os desfiles das escolas de samba eram na Avenida Presidente Vargas, quando se montava e desmontava as arquibancadas.
     Por isso, a administração do Porto do Rio decidiu reagir. Está procurando meios de mante-lo plenamente operacional mesmo com todos os avanços da prefeitura em cima dele.
    Eles pretendem expandir o tráfego de cargas pela Linha Auxiliar e pelo Parque Arará. Só ai será um baita desafio, pois aquela área é perigosíssima em termos de violência urbana, pois fica dentro do Jacarezinho, Complexo de Maguinho e perto do Complexo da Maré.
    Outro desafio será a reativação do leito São Bento-Ambaí, pois tal ramal foi completamente invadido por residencias. Como vão remover e reassentar estas famílias que estão lá há mais de vinte anos?
   Estes são um dos vários desafios que eles deverão enfrentar junto com a Vale e a MRS. Para quem quiser participar destas reuniões e apresentar sugestões o endereço está abaixo do texto originado da Revista Ferroviária. Nós do Fatos Gerais desejamos boa sorte as empresas e entidades envolvidas e que elas consigam vencer tais barreiras.
Programa discute acessos ao Porto do Rio de Janeiro
13/08/2012
No dia 20 de agosto, o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Rio de Janeiro (Sindoperj) lança o programa “Porto do Rio Século XXI”, com a apresentação de projetos estratégicos para diminuir o gargalo logístico do porto carioca. O evento, que acontece na Associação Comercial do Rio de Janeiro, às 10 horas, contará com as presenças dos ministros dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e dos Portos, Leônidas Cristino.
Entre os assuntos discutidos, o acesso ferroviário ao porto ganha destaque, com propostas para a melhoria dos acessos de bitola larga e estreita e novos pátios, multiplicando a capacidade do porto.
Veja abaixo os detalhes dos projetos ferroviários que serão discutidos no evento:
Alça Ferroviária e Terceiro Trilho
Síntese do Projeto: Uma solução singular para o equacionamento definitivo dos acessos em bitola larga e estreita aos trechos mais movimentados do porto foi a seguinte: Implantação de uma alça ferroviária conectando as duas bitolas, em Manguinhos, com disponibilização de trecho em bitola mista até a chegada ao porto, pelo Pátio do Arará.
Justificativa, objetivos e impacto: O fechamento dos acessos ao Porto do Rio em bitola métrica (1,00 m), pelos Pátios de Praia Formosa e Marítima, resultou do desenvolvimento urbano à volta da Rodoviária Novo Rio e da intensificação do trafego na Avenida Rodrigues Alves. Apenas a bitola larga (1,60 m) continuou fazendo a conexão ferroviária com o porto pelo Pátio do Arará. Daí a necessidade de se racionalizar o acesso em bitola mista pelo Arará como solução definitiva para compor a logística que atende aos trechos mais movimentados do porto, Cais do Caju e de São Cristovão. A recomposição do acesso ferroviário ao porto permitirá atrair mercadorias hoje ausentes de seu fluxo de cargas, inclusive antes movimentadas em longos trajetos rodoviários. Concentrando o acesso ferroviário por esta via, liberam-se para a cidade extensas faixas de vias férreas desativadas, em áreas urbanas de densa ocupação.
Características Técnicas: Investimentos (Fontes e Aplicações): Recursos da FCA + Fonte orçamentária. Movimentação de Novas Cargas: Possibilidade de atração de novas cargas: mármores e granitos, açúcar, cimento (RJ e ES) e petroquimicos industrializados (Visconde de Itaboraí/RJ). Efeitos Macro-Econômicos (Alcance): Reorganização e valorização de áreas do centro da cidade do Rio de Janeiro.
Agenda de Providências: Entendimentos entre MRS, FCA, CDRJ e Prefeitura do Rio de Janeiro; Apoio Ministério das Cidades e Governo do Estado do RJ
Terceiro Trilho São Bento - Manguinhos – Porto
Síntese do Projeto: A criação de alternativa utilizando o corredor com pouco uso das linhas de bitola de 1,00 metro, leva este percurso para um trecho protegido e sem nenhuma passagem em nível ou interferência com a malha urbana.
Justificativa, objetivos e impacto: O atual acesso dos trens de bitola de 1,60 metro ao porto do Rio ocorre por uma via férrea desprotegida, com inúmeras interferências com a malha rodoviária urbana, densamente povoada e portanto bastante insegura. Esta intervenção se articula com o projeto de implantação da alça ferroviária em Manguinhos e com a reposição das linhas no trecho Ambaí / São Bento. A transferência da rota de acesso ao porto do Rio evitará as interferências que hoje existem com a malha urbana e permitirá o incremento da carga de alto valor agregado em direção ao porto. A implantação da via proposta libera a faixa atual, que percorre trecho densamente povoado, para a implantação de novo eixo de transporte de passageiros em trens urbanos. Os trens de carga circulando em faixas protegidas e seguras não estarão causando problemas à vida da cidade.
Características Técnicas: Investimentos (Fontes e Aplicações): MRS + FCA + Fonte orçamentária. Movimentação de Novas Cargas: Possibilidade de atração de novas cargas com alto valor agregado que hoje não são transportadas por absoluta falta de segurança. Efeitos Macro-Econômicos (Alcance): Reorganização e valorização de áreas lindeiras ao eixo original hoje extremamente desvalorizadas . Sistema de Implantação (Parcerias): Com a Central e SuperVia.
Agenda de Providências: Entendimentos entre MRS, FCA, Central e Supervia; Apoio Ministério das Cidades e Governo do Estado do RJ
Bitola Mista Ambaí - São Bento
Síntese do Projeto: A proposta deste projeto é levar , em bitola mista, o acesso ao Porto do Rio, BADUC e refinarias, através da bitola de 1,60 metro trecho Ambaí - São Bento e reposição da bitola de 1,00 metro. A intervenção neste trecho complementa a nova rota de acesso ao porto do Rio, conectando-se à linha do Centro através de área rural.
Justificativa, objetivos e impacto: Esta intervenção para melhorar o acesso ao Porto do Rio, permitirá a circulação de trens de bitola larga à atual e futura refinaria da Petrobras e ao distrito industrial de Campos Eliseos. Caso venha a ser recomposta a linha da Serra de bitola de 1,00 metro, a partir de Ambaí, este trecho poderá ser implantado com bitola mista. Este projeto estimulará a implantação de centros logísticos na periferia da cidade, próximos às vias principais de acesso e ao futuro arco rodoviário, reorganizando a ligação com a área metropolitana. A implantação deste trecho próximo ao arco rodoviário permitira a reurbanização das áreas periféricas da cidade, reduzindo a concentração no Centro. Os trens de carga circulando em faixas protegidas e seguras não estarão causando interferências na vida da cidade.
Características Técnicas: Investimentos (Fontes e Aplicações): MRS + FCA + Fonte orçamentária. Movimentação de Novas Cargas: Possibilidade de atração de novas cargas destinadas ao Porto do Rio, cargas petroquímicas originadas e destinadas a São Paulo e ao restante do país e ainda derivados do petróleo destinados a regiões não servidas por oleodutos. Efeitos Macro-Econômicos (Alcance): Reorganização geoeconômica e valorização de áreas lindeiras. Sistema de Implantação (Parcerias): Com a MRS, FCA e Petrobrás.
Agenda de Providências: Entendimentos entre MRS, FCA, e Petrobrás; Apoio Ministério das Cidades e Governo do Estado do RJ
Ampliação dos Pátios Ferroviários Internos
Síntese do Projeto: O pátio do Cais de São Cristóvão terá a função adicional de receber e fazer a triagem das composições de bitola estreita, com implantação de bitola mista, nas duas linhas de larga, localizadas entre o cais e a linha de circulação, também em bitola mista para permitir o acesso dos trens de ambas bitolas ao Cais da Gamboa. Para ampliar a capacidade atual, serão implantadas três novas linhas com bitola larga, na área que será integrada ao Porto, com o deslocamento da Avenida Rio de Janeiro. Deste modo, a bitola larga, além de operar sobre as linhas de bitola mista, terá à sua disposição quatro linhas exclusivas.
Justificativa, objetivos e impacto: O conjunto das intervenções que visam a reconstrução do acesso ferroviário de bitola estreita ao Porto do Rio e o aumento de capacidade e de segurança do acesso de bitola larga (MRS) redundam na utilização de um único canal para o tráfego dos trens das duas bitolas. Foi prevista a possibilidade dos trens de bitola estreita serem recebidos no Pátio do Cais do Caju de forma totalmente independente da recepção dos trens de bitola larga. Posteriormente, os trens de bitola estreita serão levados para o Pátio o Cais de São Cristóvão, onde serão realizadas as operações de triagem, trafegando por via independente, sem interferir com os trens de bitola larga.
Características Técnicas: Investimentos (Fontes e Aplicações): MRS + FCA + Fonte orçamentária. Custos, Resultados e Benefícios: Ampliação do Pátio do Cais de São Cristovão para permitir manobra e circulação dos trens das duas operadoras. R$ 10.646.384,31 Aumento de Capacidade: O conjunto de intervenções visa reconstruír o acesso em bitola estreita e aumento de capacidade da larga.
Agenda de Providências:  Apoio Ministério das Cidades e Governo do Estado do RJ, MRS e FCA
Serviço:Evento: Porto do Rio Século XXI
Data: 20 de agosto de 2012, às 10h
Local: Centro de Convenções da ACRJ – Rua da Candelária, 9/ Subsolo – Centro – Rio de Janeiro, RJ
Informações: (21) 2514-1280/ 2514-1206
E-mail: eventos@acrj.org.br
Website: www.portodorio.org.br
Os interessados têm até o dia 16 de agosto para confirmar a presença.

Revista Ferroviária

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Música no Fatos Gerais - MPB-4 - A Lua


Vamos prestar homenagem ao músico Antônio José Waghabi Filho, o Magro, multiinstrumentista e um dos músicos cantores do MPB-4, que faleceu de câncer aos 68 anos. Nada melhor do que mostrar uma das melhores canções do quarteto, "A Lua", que tocou bem nas rádios quando a MPB autêntica estava em alta rotação nas ondas hertzianas.

Mas deixemos de vergonha e vamos valorizar a MPB de verdade não como uma boa coisa distante e estrangeira (tal qual fazem os fãs de brega-popularesco que "também curtem MPB"), mas como coisa nossa, do nosso país. Mente quem diz que a MPB é velha.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ver e ouvir Celso Blues Boy ao vivo era uma experiência única

Nas últimas horas, surgiram internautas dizendo que quem nunca viu uma apresentação ao vivo do saudoso Celso Blues Boy perdeu muito. Não estavam falando de mim, poque tive a oportunidade de estar em uma apresentação ao vivo do grande mestre de blues nacional. Foi na época do lançamento do CD Indiana Blues (1996), aquele em que ele conta numa das faixas com a participação de seu ídolo e amigo B.B. King. Celso fez sua apresentação ao vivo no terraço do shopping Rio Sul. Aquela apresentação foi o suficiente para constatar que cada apresentação dele era uma experiência única. Não poderia haver um show de Celso Blues Boy igual a outro show dele. Além de ter sido um dos melhores músicos da história deste país (daqueles que não erram uma nota sequer), ele era um mestre do improviso. Consta que até mesmo algumas notas de seus discos de estúdio foram criadas na hora, no próprio estúdio.

Além do disco Indiana Blues, outro disco do Celso que tive a oportunidade de adquirir foi o disco cuja capa ilustra este texto. O disco Vivo de 1991 foi gravado ao vivo no lendário Circo Voador, palco fundamental na carreira dele. Ainda lançado durante a transição do vinil para o CD, a versão em compact disc possui faixas-bônus ausentes no LP. Este disco ao vivo pode ser a melhor pedida para quem quiser começar a conferir a discografia do grande blues man que acabou de partir, deixando uma multidão de fãs e amigos pelo país afora.

Terceiro filme da trilogia de Nolan esculhamba movimento Ocupa


Esse filme Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge é uma bobagem medonha, mesmo sendo tecnicamente bem feito. Christopher Nolan foi profético ao dizer que temia não encontrar uma boa história para suceder a do sensacional filme Batman - O Cavaleiro das Trevas, este por sua vez sucessor de Batman Begins.

Pra começar, esse filme reproduz com os piores estereótipos possíveis os fatores que geram a paranóia do americano médio. E os tais demônios são exorcizados da pior maneira: com um filme com tantos tiros e bombas quanto qualquer filme de Stallone, Schwarzenegger ou qualquer outro ícone do cinema brutamonte oitentista. Se o Cavaleiro das Trevas tinha um vilão genial e atemporal como o Coringa, este tem o Bane, outro egresso da Liga das Sombras, tal como Ra's Al Ghul no primeiro filme. Só que este Bane é o arquétipo dos preconceitos do americano médio contra os movimentos sociais, notadamente o movimento Ocupa (Ocupa Wall Street, Ocupa Nova York, etc). Qual a melhor maneira de vilanizar um movimento social em filme? Criar uma milícia criminosa que lembre um movimento social com milhares de pessoas, no caso o Ocupa. A milícia de Bane chega a fazer um assalto à Bolsa de Valores de Gotham (clara referência a Wall Street), despoja os ricos de Gotham (quer pecado maior para o americano médio eleitor do Partido Republicano?) e destrói o campo de um estádio de futebol americano lotado (outro símbolo americano). Pra não esquecermos que Bane é um vilão, ele faz um discurso demagógico de que o poder da elite de Gotham deve ser entregue para o povo comum, mas ele mesmo passa meses da história como o déspota de Gotham, agora transformada em "sua" cidade-estado, separada do resto do mundo. Ele só não controla o tribunal da milícia, presidido pelo Espantalho.

Christopher Nolan devia ter deixado a franquia do Batman descansar em paz, e respeitar a memória do ator Heath Ledger, ganhador do Oscar póstumo de melhor ator coadjuvante com o papel de Coringa do filme anterior. Não podia encerrar sua trilogia de filmes do Batman com essa bobajada. E, se for pra falar de milícia, o pessoal do Tropa de Elite 2 fez isso bem melhor. Mesmo não sendo o Tropa 2 nenhuma obra de arte cult.

domingo, 5 de agosto de 2012

Música no Fatos Gerais: Djavan - Samurai






       Como vocês leitores devem ter percebido, nos dois últimos sábados eu não deu continuidade a série Música no Fatos Gerais. Por que não dei? Neste dois últimos sábados, o anterior ( dia 28/7) estava estudando para provas na universidade onde estudo. E no caso de ontém, eu estava realizando reparos no meu computador e na minha rede elétrica.
    Mais hoje a  série Música no Fatos Gerais será retomada com força total. Como vocês já sabem, a série Música no Fatos Gerais tem como objetivo promover a boa música ou as melhores músicas produzidas por compositores, artistas e interpretadas por artistas de mérito real, seja ela nacional ou internacional, em face as músicas comerciais brega-popularescas nacionais ou internacionais e que cada vez mais roubam espaço das músicas de qualidade. Neste momento estamos promovendo a Música Popular Brasileira, mas logo em seguida as músicas internacionais também estarão aqui.
    Queremos com esta série mostrar que existe música de qualidade em meio a tanto material ruim existente hoje em dia. E no caso brasileiro, mostrar que os artistas brasileiros não só são capazes, como também ainda produzem músicas de altíssima qualidade e qua a mídia por razões diversas não as divulga e quando divulga, só divulga para as camadas mais ricas e intelectualizadas da população, privando a massa de conteúdo de qualidade.
    Por isso o Fatos Gerais iniciou esta série, para mostrar ao povo que existe algo melhor além do lixo. Por fim, deixo com vocês a música Samurai do cantor Djavan. E boas escutas!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Clube da Esquina vale mais do que o som "sertanejo"


A música de verdade dura por si mesma. Pode ninguém mais falar por ela, mas ela sempre dura, permanece, porque é feita para a eternidade.

Já a música falsa, de qualidade duvidosa, pode permanecer anos sendo exaltada, gerando renda, fama, plateias lotadas e até um lobby de intelectuais defendendo com intransigência até em monografias acadêmicas.

Mas sabe-se muito bem a diferença entre um e outro. A música de verdade tem sua própria força, a música de mentirinha precisa de factoides, de fama, de propaganda, de documentários tendenciosos, porque precisa que outros falem dela, porque ela nada diz por si próprio.

Vamos comparar o Clube da Esquina e seu parasita mais direto, o "sertanejo", pelo menos aquela geração "sofisticada" dos anos 80 e 90, que "vampirizou" algumas canções e tenta imitar a postura poética, ecológica e humanista que o movimento mineiro traduziu espontaneamente.

O Clube da Esquina já valia pelo seu principal integrante, Milton Nascimento, carioca de nascimento, mineiro por criação. Seu primeiro LP, que originalmente levava o nome do cantor mas ganhou a alcunha de Travessia, já causava um forte impacto pela sua força melódica. Milton Nascimento era apadrinhado por Agostinho dos Santos, que foi um dos maiores cantores do país, mas não precisava disso.

Afinal, Milton mostrava ali sua criatividade poética e melódica, seu canto peculiar e belo, acompanhado de arranjos musicais belos de arrepiar. Seu primeiro LP tornou-se um clássico da MPB, por mostrar, desde o começo, um dos maiores cantores da atualidade, e um dos artistas mais íntegros e criativos. E que, curiosamente, até a Fluminense FM nos seus bons tempos tocava em alta rotação.

Mas por quê? Porque Milton, além de um grande nome da MPB - sim, a rádio de rock niteroiense tocava também MPB de qualidade, sobretudo no programa Espaço Aberto - , era fã de rock, como Beatles, Who, Byrds, até rock progressivo. E foram essas influências, aliadas à Bossa Nova, a Caymmi, ao cancioneiro caipira, que se compôs a mistura que Milton e os outros "sócios" do Clube começaram a fazer, seja em Belo Horizonte, seja em Piratininga, Niterói, onde o grupo chegou a passar uns dias.

E os outros artistas também demonstraram serem de primeira: Beto Guedes, Lô Borges, Flávio Venturini (solo ou com o 14-Bis), Toninho Horta, entre outros. Todos eles promovendo uma música melodiosa e poética, que pode não ser uma música necessariamente "litorânea" como a Bossa Nova, mas se compara a ela pela musicalidade forte e bela.

Agora compara com o "sertanejo", em que mesmo ídolos tidos como "sofisticados" - um exemplo: Chitãozinho& Xororó - , possuem um talento medíocre, disfarçado por covers de MPB que nem por isso elevam a qualidade desses "artistas", mas, pelo contrário, depreciam o repertório alheio gravado em versões medíocres e pedantes.

Não bastasse esse detalhe, os ídolos "sertanejos" levam mais de 20 anos de carreira para tentar gravar algum disco "sofisticado". E mesmo assim isso é mais fruto do esforço de outros arranjadores, outros produtores, outros instrumentistas, que apenas "acobertam" a mediocridade dos cantores e duplas, que continuam desafinados, cafonas e artisticamente até menos inspirados.

Por isso, para aqueles que se apegam aos ídolos "sertanejos" porque as rádios impuseram, a Rede Globo mandou, a Folha de São Paulo redescobriu, a revista Caras recomenda, a Contigo aconselha e a Record assina embaixo, é bom um conselho.

Deixe de ser marionete da mídia e jogue todos os discos "sertanejos" nos sebos, sem dó nem piedade. Substitua todos eles pelos discos dos já citados cantores e grupos do Clube da Esquina. A princípio, pode parecer difícil, mas depois se acostuma com o melhor, esquecendo-se do pior.

Muita gente precisa reeducar seus ouvidos e respeitar melhor seus corações com música de qualidade que eleva o espírito e que permanecerá anos e mais anos exibindo beleza e sinceridade.