sexta-feira, 22 de abril de 2011

Saudades da linha 175 e a bagunça que o Eduardo Paes está fazendo nos transportes do Rio


          Estava pesquisando sobre o Gabriel Pensador e sobre a brilhante cantora Jocely Brown sobre as músicas Festa da Rua do Tupiniquim e Somebody Else guy e eis que achei um clip da música da linha 175 da também saudosa Amigos Unidos (embora seus últimos anos de vida não sejam nada saudosos). Neste vídeo que o Gabriel homenageia esta linha, mostra como era os ônibus no ano de 1994 onde o ex-prefeito Cesar Maia mudou o layout dos números de órdem colocando-os de maneira estéticamente ruím, mas sem acabar com as pinturas das empresas, embora ele também quisesse ao colocar os ônibus com a chamada cor canarinho, pintura esta inspirada nas pinturas padronizadas dos ônibus de Santiago, capital do Chile, mas que ele não levou adiante, reservando esta pintura as linhas expressas que faziam qualquer trajeto do Rio com destino ao Centro. O mesmo teve bom senso e não impôs isso as empresas, embora o layout que ele lançou na época eu nunca tenha gostado, pois ele enfeiava as pinturas das empresas que naquela época eram lindos, porém era tolerado. Custei a me acostumar com ele, mas aceitei, pois pelo menos a identidade visual das empresas foi mantida, garantindo assim que outros prefeitos não utilizassem isso como propaganda politica e ocultassem empresas corrúptas.
       Ja seu ex-discípulo, Eduado Paes fez exatamente o contrário, acabou com as pinturas das empresas e criou uma pintura padronizada horrível e com o único objetivo de confundir a população, pois a mesma além de ser muito feia oculta o nome das empresas e em alguns casos, até o número de ordem, enquanto que o logo da prefeitura parace bem grande, dificultando denuncias de maus serviços prestados pelas empresas e com claro objetivo de autopromoção politica deste prefeitinho. Não contente com isso, está mudando o número das linhas ônibus na cidade inteira, confundindo ainda mais a população de forma totalmente desnecessária.
         No começo esta mudança só atingia linhas com identificação provisória como Sxx (S11,S07,S08,S15,S20 e etc) ou suplementares e variantes de linhas principais. Agora até linhas com números definidos ha anos e que nunca foi problema para população ele mudou. Linhas como 175 ( razão do qual digo que ela é saudosa) agora se chama 308, sua variante linha Amarela, 314 ( até o começo deste ano, ela ainda chegou a se chamar 315, confundindo ainda mais a população), 179 agora é 309, 561 e 562 agora são respectivamente 161 e 162, a 756 agora é 803, 750 também mudou ( só não lembro o novo nome da linha) e várias outras mudanças que só estão servindo para confundir a população sériamente. Para que isso? para que mudar o que sempre funcionou? Qual o objetivo de se realizar estas mudanças que ainda por cima não são anunciadas a população com antecedência e nem os motivos das mudanças são justicaveis?
     Outro efeito provocado pela padronização e por esta licitação fajuta é a falta de conservação dos veiculos por parte das empresas. Antes da padronização, empresas como Pégaso, Alpha, Bangu, Sãns Pena e outras mantinham uma manutenção impecável em seus veiculos. Agora com a padronização estas mesmas empresas estão relaxando com a manuntenção dos mesmos. No caso da Bangu, o interior dos veículos estavam com fios pendurados e a caixa dos compressores das portas soltos e caídos, nos da Pégaso, os bancos estavam quebrados e o interior dos veículos extremamente sujos, porém o caso mais grave foi o da Alpha onde um onibus com pintura padronizada da linha 415 estava sem a janela de emergência de cima e que se caso chovesse os passageiros iam se molhar assim como se caisse pedra ou frutas das árvores poderia matar uma pessoa. Por que estas empresas estão fazendo isso? como agora a pintura é uma só, fica difícil denunciar ou mesmo identificar a empresa ao qual pertence o veículo mal conservado, diante disso elas aproveitam para relaxar e economizar custos com manutenção colocando os passageiros em risco. Sem a padronização isso não ocorreria, pois a empresa ruim seria facilmente identificada, facilitando a denuncia á imprensa e aos órgãos competentes e as que sempre prezaram pela manutenção continuariam investindo nela.
          Para se ter uma ideia de como isso tem irritado a população, é o fato de haver grande reclamação nas ruas, na internet e na mídia em geral. Vira e mexe os jornais das Organizações Globo como Extra e O Globo recebem reclamações sobre isso, a CBN ja deu destaque e vóz a ouvintes no CBN Rio onde até apresentador o Maurício Martins se mostrou contra a medida, até artigo naquela parte dos comentaristas convidados do setor de opinião do O Globo ja escreveram textos detonando a padronização este estado de coisas que o prefeito criou e até a Tv Globo no RJ Tv assim que ela foi lançada mostrando a arrogância do prefeito. Só estou citando os veículos das Organizações Globo, imagine o que deve ter saido no O Dia, no jornal capamga Meia Hora, no JB e outros. O único local onde ele não sofreu críticas, mas mesmo assim foi bombardeado depois foi na Rádio Globo onde o mesmo ofendeu a comunidade portuguesa dizendo que as pinturas dos ônibus e as latas de azeite português são coisas muito feias e que por isso impôs a padronização das pinturas dos ônibus, o que trouxe um tremendo mal está entre ele e a comunidade lusitana. Nas ruas é só irritação e reclamação. Há duas semanas atrás, no Largo do Machado vi um grupo de mulheres criticando ferozmente a padronização e ao ver isso, aproveitei e fiz coro com elas e ainda divulguei o abaixo assinado e os males desta medida impopular imposta por este prefeitinho. No final do ano passado, um motorista da S11 (358) também atacava a padronização onde eu também fiz coro e divulguei o abaixo assinado e o planfleto do mesmo. Esta medida é tão ruim que até os rodoviários são contra.
      Quanto a linha 175 e a empresa que operava, neste vídeo mostra o bom momento em que a Amigos Unidos e sua irmã, Mosa viviam, onde os ônibus eram novos, razoavelmente consevados e aonde a bagunça não imperava. No caso da Amigos Unidos, ela continua existindo com o nome de Translitorânea e com outro número de ordem, o 21000 e continua com as mesmas mazelas de quando ainda era Amigos Unidos com ônibus velhos e mau conservados mesmo tendo comprado alguns novos. No caso da mudança de número de linhas, no passado ela chegou a mudar o numero de uma única linha, a 174, em virtude daquela tragédia ocorrida ha quase 11 anos atrás, que nem preciso divulgar, pois todos sabem, por conta da perda de passageiros em função do ocorrido. Mais ao fazer isso ela divulgou antes na imprensa e nos próprios veículos da linha. Hoje esta linha se chama 158 ainda, se já não mudaram outra vez sem prévio aviso, como foi feita com tantas outras desnecessáriamente.
         Estas medidas estão sendo tão desgastantes para ele que no programa do PMDB ele nem as divulgou limitando-se a saúde aonde ele também não é bom, pois se divulgasse, a população cairia em cima dele. Ano que vem é ano de eleição, se vocês estão cansados desta sacanagem e de outras que este prefeito fez em outras áreas como a saúde e educação onde ele privatizou as mesmas através de organizações sociais, está cobrando indevidamente taxa de luz publica nas contas de luz sendo que a mesma ja era cobrada no IPTU, como a destruição de um condomínio e de uma área ambiental na Taquara para construção do BRT e da reserva do Pão de Açucar para construir prédios ( neste caso até o vice prefeito está conta ele), DIGA NÃO A ELE EM OUTUBRO DE 2012. E também participe do abaixo assinado ao lado deste texto. Vamos deter o mais rápido possivel a tirania e o autoritismo no Rio. Pensem nisso! E só!

10 comentários:

MPierre disse...

Outro detalhe: as cores das fontes dos números de ordem e dos nomes das empresas não estão na cor preta como seria a lógica? Por que essas fontes não são pretas?

Ou então, adotar uma fonte colorida, mas, que fosse VISÍVEL como os ônibus brancos da saudosa CTC e a frota da Três Amigos, ambos a partir de 1992.

Victor Faria disse...

Tá mesmo ridículo isso!
Pra que mudaram a linha 756 p/ 803? Por que a mudança da 708 ( Via Autódromo) para 832? A 832 (Via Barra Sul) também mudou.

Quando as 754/794 Taquara concordo com a mudança para 801 para uniformizar e não confundir coma s linhas principais, assim como a mudança da 701 Downtown para 700 (desde que a 701 Alvorada também não mude).

Acho que não se pode mudar o número dalinha só porque uma é via Linha Amarela e a outra não, ou porque uma é parador e a outra rápido ou mesmo só por mudar. É preciso que as linhas façam ponto final em lugar diferente, como é o caso da 754 Novo Leblon que até agora continua com a mesma numeração da 754 Barra da Tijuca. Enquanto isso, também mudaram a 1094 Valqueire para 2346, porém fizeram a besteira d emudar a 1094B Sulacap p/ 2346B. Por que não deixaram uma como 1094? É cada uma viu? Fora as que eu não lembro...
Abraço!

MPierre disse...

Nessa segunda versão do 801, o ideal mesmo seria 796.

O problema é que, como postou o seu Waldemar nos fotopages e comunidades do Orkut, desconhecem o critério que era bem amarrado apesar de ser de 1963 que estou me lixando com isso. Era antigo, mas, FUNCIONAVA bem.

O meu questionameto é renumeração de linhas extintas e IMPORTANTES como o 815 onde os moradores da Avenida Joaquim Magalhães em Campo Grande ficaram chupando dedo.

Deram um argumento a favor da extinção daquele SAUDOSO 815 por causa de gratuidade, entretanto, como disse muito bem o Wesley Pimenta do 384 no COL, ônibus tem um papel social desde que não se mexa em pintura por parte do poder público.

Uma das soluções para o SAUDOSO 815 seria extender para Sulacap, mas, dependeria da sucessora da Santa Sofia, mas,...

MPierre disse...

Agora, é o tradicional 206, que conheço desde do tempo da antiga CTC-RJ, foi vítima por esse pessoal da Prefeitura com essas absurdas renumerações das linhas.

MPierre disse...

Uma prova que isso não tem critério é que eles renumeraram o tradicionalíssimo 384 nas versões normal e variante para 399 segundo postagem do Ivan Carlos na comunidade do Orkut "Ônibus Em Debate".

Como postou bem o Jaime Negão na mesma comunidade, os sistema foi feito de quem não anda de ônibus e nem entende da coisa.

MPierre disse...

Agora, um outro detalhe: uns 2 dias atrás no "Busólogos do RJ", eu comentei que estão cometendo um erro grave em que, aqui no Rio, se conhece pelo NÚMERO e não pelo trajeto como é em SP. E esse erro grave se caracteriza de não andar de ônibus como é o exemplo dessa gente (Prefeitura).

Postagem hoje do seu Waldemar Araújo na versão fotopage do "Ônibus Em Debate" diz, no seu último paráragrafo, que, na equipe da SMTR, estariam uma equipe que veio de SP.

Houve uma outra pessoa de nome Marcos Nascimento falou a mesma coisa e considero ainda no campo da rádio-leão. Se for verdade essa rádio-leão, então, infelizmente, se referenda o tal erro grave que comentei no "Busólogos do RJ" há uns 2 dias achando que o carioca conhece a linha pelo trajeto o que é um equívoco total. O carioca pelo NÚMERO e não pelo trajeto.

O André Neves jogou uma bomba no "Busólogos do RJ" em que pode importar o critério de numeração que é adotado em São Paulo, ou seja, a dezena milhar relacionado à região de atuação o que é uma irresponsabilidade já que a Pégaso não está se aguentando com o superinchaço com frota mal cuidada e colando qualquer um como motorista. Se isso ocorrer, praticamente, abandonarei a busologia. Só ficaria restrito nos tópicos de curiosidades do passado e relatos de filmes/novelas entre os anos até 2009/10 e, a partir de 2011, não me interessaria mais.

Outro detalhe: ano passado, na comunidade da Santa Sofia, Bruno Soares esclareceu uma coisa chamada burocracia sobre o número de ordem dos ônibus. Batendo na madeira para que isso não aconteça.

MPierre disse...

Bem, deixando bem claro, que não tendo para esse ou aquele lado tampouco contra o BU com os trens, mas, pela reportagem do jornal "Extra" e a declaração do sr.Prefeito, eu percebi aquela tese polêmica do Alexandre Figueiredo da VIAÇÃO CIDADE DO RIO DE JANEIRO, ou seja, uma espécie de grande concentração de poder da Prefeitura e, por isso, a Rio Ônibus está receosa. Praticamente, semi-estatizaram os ônibus do Rio.

Veja, não estou defedendo que haja o Deus dará pois, se defendesse isso, eu apoiaria a atitude da Mangaroeste antes dessa licitação que chamo de farsa. Apoiaria extinção de algumas linhas e essas coisas todas (algumas importantes como os saudosos 340, 346 e 815).

Defendo sim, regulando preço da passagem, a autorização ou vetos de alguns detalhes em ônibus (ex: veto do chamado MICRÃOZINHO como o 59037 na Andorinha), mas, nunca interferir em pintura, tampouco, esse poder concentrado como percebi nessa reportagem.

MPierre disse...

Ia esquecendo: os tradicionais 206 e 214, ambas ex-CTC, foram vítimas dessas famigeradas renumerações desnecessárias.

Victor Faria disse...

Agora, 754 Barra vi virar 888. Não entendi essa mudança. Peloque sei Sulacap táno Internorte (já que a linha 300 - Sulacap - Carioca é Internorte) e Barra é Transcarioca. O 754 Novo Leblon vai mudar p/ 889 (parece que vai ser Alvorada - via Novo Leblon).
O 691 Expresso mudou p/ 693 e o 691 que não é expresso (não sei qual a diferença) ainda tá como 691. Que confusão! Se os dois 691 faem ponto final nos mesmos lugares, acho que não precisava mudar. O memso vale para a 241 (o via Linha Amarela agora é 339 e o que não é, virou 341 - esse vai pela Grajaú-Jacarepaguá, eu acho). Só falta também mudarem a numeração de ônibus rápido e parador da Av. Brasil.

MPierre disse...

Postagem do internauta Roberto Almeida no fotopage "Ônibus Em Debate" citou o 917- Realengo.

Finalmente, essa gente acertou no caso do 917, mas, a falta de critério que destruiu um critério bem amarrado de 1963 continua imperando principalmente pela rádio-leão jogada por seu Waldemar Araújo.