domingo, 14 de março de 2010

Linha 261 Praça XV x Marechal Hermes, do articulado ao micro

                                      Tipos de onibus que rodavam na 261 na época da CTC.
       Eu estava analisando o histórico desta linha e me chamou a atenção a sua atual situação em que ela se encontra. Esta linha hoje é operada exclusivamente por micrões e as vezes por micros, mas nem sempre foi assim. No passado esta linha ja teve articulados e os primeiros onibus a gas que eram do tamanho de micrões, porém com estrutura de ônibus convencional. Esta linha existe há apoximadamente quarenta anos e pertencia a saudosa e finada CTC. Ela ja teve vários tipos de onibus convencionais e até articulados. Eu mesmo ja andei nestes articulados, eram bem legais. Estes aritculdado que ela teve foram de dois tipos, todos da Ciferal, sendo que os primeiros eram do modelo Alvorada com chassis Scania e os ultimos GLS com chassis Volvo. De convencionais, teve de tudo até o Brisa, o primeira carroceira da Ciferal pos estatização e cujo nome foi dado para homenagear Brizola pelo feito de então. Este modelo de onibus da Ciferal só teve na CTC e era com chassis Volvo e assim como os de gas foram os ultimos a circular na 261 quando ela ainda era da CTC.

     Onibus a gas comprado na época do segundo governo do Brizola em 1994 quando ela era da CTC.
        Quando ela era operada pela CTC, ela tinha uma operação razoavel, pois como era estatal tinha todas as mazelas que uma estatal tem, como falta de material, greve, roubos, politicagens e outras coisas conhecidas que aconteciam na CTC, mas isso não chegava a comprometer sua operação de forma lesiva como ocorreu com a Oriental, Feital e Ocidental, tanto que as linhas como a 261, por exemplo tinham uma boa frequencia e operação. Quando a CTC foi desprovida de suas linhas (ela ainda existe, mas em processo de liquidação), várias linhas dela foram repassadas para outras empresas e outras extintas, como a 675, anos depois. No caso da 261, ela foi operada por um pool de empresas. Estas empresas eram a Vila Real, Madureira Candelaria e Auto Diesel. Entre 1997 e 1998, a Breda assumiu sua operação em definitivo, extinguindo o pool. No começo ela até colocou convencionais, mas com a concorrencia do transporte pirata ela teve de colocar micros, comprometendo assim seu serviço.
Ha uns 5 anos atras, a Breda transferiu esta linha para sua subsidiaria, a Via Rio, e transferiu seu ponto para a Avenida Chile assim como várias linhas da Auto Diesel e as dela também. Só que com a chegada do Rio Card e a  redução do transporte pirata por conta de repressões, ela assim como as outras empresas, não recolocou convencionais de volta e sim colocou mais micrões. Esta linha, assim como a 254,383, 266, pertencentes a Acari, Bangu, Redentor respectivamente, são linhas de alta demanda de passageiros por trecho e portanto requerem veiculos maiores e com cobrador. Se até transporte alternativo com veiculos menores usam cobradores, por que empresas de onibus tem de se desfazer deles?
           Fico perplexo com a situação da 261, pois esta linha ja teve veiculos de primeira e grandes e hoje é tratada como se fosse uma linha de baixa demanda, coisa que ela não é. Teve uma época, ja na época da Breda, em que seus onibus demorava quase duas horas. Quem conheceu esta linha na época da CTC e vê ela hoje, com certesa fica muito triste.
                                                  261 hoje nas mãos do grupo Breda.
           Este problema da 261 não é exclusivo dela, mas de todo grupo Breda. A Breda vem relaxando na qualidade de seus seviços ja há algum tempo. Uma prova disso foi que ela ficou entre as piores empresas do Rio numa pesquisa realizada pela prefeitura. Tal situação pode ser percebida na linha 484 e 485 que tirando aqueles Scanias comprados para operar no Metrô e os poucos onibus novos  que comprou, só tem veiculo velho e mau conservado. O mesmo acontece em outras empresas do grupo como a Andorinha que não renovava a frota ha anos. E no caso da Mangaratiba e da Oeste, a situação é ainda pior. A única que está com onibus novos e com operação razoavel é a Auto Diesel, mesmo assim cheia de micrões e com micro em linhas de alta demanda como as da Iha do Fundão e com demora consideravel no tempo de viagem. No caso da Mangaratiba e da Oeste, estas empresas aboliram os convencionais e colocaram micros e micrões em todas as suas linhas.
          A Oeste encurtou trajeto de maioria de suas linhas que iam para o Centro, só restando a S15 e a 1131, onde ela colocou mistos de convencionais com frescões com uma porta só. Todas linhas que ela encurtou, ela colocou com ponto final na estação do metrô de Coelho Neto. Estas linhas tinham convenio com o Metrô na época em que a Pegaso administrava a Oeste. Quando a Breda comprou a Oeste ela além de rescindir com o Metrô, acabando assim com a integração, e colocou todas estas linhas que tinham ponto final no Centro, ali mesmo na estação de Coelho Neto e encheu estas linhas de micrões. No caso da Mangaratiba é ainda mais grave, pois além de acabar com onibus convencional, ela colocou um monte de micrões tipo intercity para fugir das gratuidades e poder cobrar passagens mais caras. Tanto uma como a outra tem operação péssima em todos os sentidos com a diferença de que não tem um numero de onibus enguiçados de forma expressiva, mas tirando isso o serviço é péssimo. A Mangaratiba também opera linhas municipais piratas no Rio. Ela faz operação da linha 858 (que era da Santa Sofia e da Ocidental e recentemente tranferidas para Oeste) no lugar da Oeste com onibus com logotipo, pintura e nº ordem da MAngaratiba na maior cara de pau. Isso acontece principalmente a noite apartir da madrugada dos dias seguintes, configurando mais desrespeito contra a população. Se alguem tiver dúvida, vá á rodoviaria de Campo Grande apartir das 22:00 e verão o que estou dizendo.
         Se eu fosse ficar aqui contando tudo o que esse grupo empresarial faz não termino hoje, é muita irregularidade uma atrás da outra. E de pensar que quando ele começou operava tão bem. Foram os primeiros a colocar ar condicionado em onibus urbanos na cidade do Rio. Só trabalhavam com convencionais e com Scanias e Volvos e tinham um serviço de primeira. Quem pegou o 484 e 485 entre 1996 a 2005 sabem bem o que estou falando. A 261 não merecia uma situação desta assim como as outras deste grupo. E só!

3 comentários:

Unknown disse...

Olá amigo. Desculpe fugir do assunto do topico, mas vi um post seu sobre o sumaré e as torres. Queria visitar o local, mas não consigo mais informações sobre segurança acesso e outros detalhes. Vi que você já visitou o local e conhece alguem lá. Você poderia me ajudar, me dar mais detalhes de como acesso o local, se é seguro etc? Desde já obrigado! Grande Abraço, parabens pelo blog sempre ativo!

Leonardo Ivo disse...

Magliano,
Eu ja fui la várias vezes. A ultima vez que fui lá foi em 10/2008. Estive para ir lá no ano passado, mas pelo que fiquei sabendo parece aumentaram as restrições para visita, uma vez que a PM responsavel pelo contrloe de entrada lá estava sendo retirada de lá e sendo colocada um empresa de segurança e guardas florestais. Iam colocar câmeras, mas parece que ainda não o fizeram. La é deserto, mas não chega a ser perigoso, até porque houve um reforço no policiamento desde que a União reassumiu o Parque Nacional da Tijuca e o Cristo virou uma das 7 maravilhas do mundo moderno. Mais posso ver para voce. Eu tenho amigos que trabalham lá e é grças a ele que consegui ir lá.

Unknown disse...

Puxa Leornardo!
Valeu pelas dicas, se você puder me ajudar com esse contato seria legal. Mas não se incomode, já é de muita gentileza sua me responder. Através deste comentario você tem meu endereço de email?
Assim trocamos uma ideia via email.
Se não tiver meu email, mande um para magliano@mailinator.com é um email temporario, mas eu o utilizo ele para evitar spam no email.
Novamente, brigadão!
Magliano