Quanto aos amigos que mantém blogs de funk da antiga ou mesmo do verdadeiro funk e apoiam a Apafunk e suas diretrizes, um alerta: vocês estão trilhando um caminho perigoso. Apoiar o Favela Bass é colocar todo um trabalho de moralização e esclarecimento a favor do Funk em risco. Favela Bass não é funk! A Apafunk não dá apoio apenas ao funk da antiga ( o verdadeiro) ou ao rap (que eu por convenção pessoal, chamo de pré-hiphop em função das suas caracteristicas), ela apoia massivamento o Favela Bass. Basta ver que o DJ Malboro faz parte dela, e isso influencia na direção da entidade, uma vez que ela dá mais destaque ao Favela Bass do que aos outras vertentes do movimento Funk. Apoiar quem promove o Favela Bass, colocará em risco toda sua campanha a favor da descriminalização do verdadeiro funk e ainda perpetuará por muitos anos o preconceito que se tem contra ele, e mais ainda, fará com que o verdadeiro funk seja esquecido, como tem ocorrido. Não promovam um ritmo ou quem executa este ritmo, que faz apologia ao crime, a pedofilia, ao uso de drogas e alienação popular, sobretudo da população de baixa renda, negra, e que ainda por cima denigre esta e as mulheres. Se vocês gostam de musica de qualidade, considerem isso, antes que seja tarde demais. Se já não é. Leiam o texto do meu amigo Marcelo Pereira do blog Planeta Laranja.
Soul Britânico: Funk bom é o da Inglaterra
Muita gente não sabe, mas o funk (não esse troço horrível que o governo do RJ e a mídia querem nos empurrar goela abaixo e que na verdade deveria ter outro rótulo e sim o ritmo consagrado por James Brown, versão mais suingada da soul-music) legítimo tem os seus representantes na terra da Rainha Elizabeth II.E não são poucos. Nos anos 80 surgiram Central Line, Second Image, Freeeze, ABC, UK Players, os mais conhecidos Junior Giscombe, Imagination, Delegation, The Funk Master e até um representante de Liverpool, a famosa cidade dos Beatles e do Echo & The Bunnymen, chamado The Real Thing. Até Malcolm MCLaren, o criador dos Sex Pistols, teve uma banda funk para chamar de sua, A Famous Supreme Team. Na década seguinte apareceu uma banda, a Londonbeat, que deixava evidente no nome a sua proposta musical. E são esses que me lembro. A lista pode ser maior.
E como inglês sabe fazer música, o funk britânico tem muita qualidade, mesmo sendo limitada ao universo do entretenimento puro. São muito melódicos, muitas vezes com boas harmonias vocais e, acreditem, bastante suingadas. É uma surpresa saber que ingleses sabem fazer algo suingado.
Uma curiosidade: no projeto britânico Band Aid, surgido no final de 1984 para ajudar pessoas carentes na África, que, no ano seguinte inspirou o USA for África, convidou a banda americana de funk legítimo Kool & The Gang para se unir aos ingleses no projeto. Se tinha até português no USA for África e francês na versão canadense, nada fica estranho.
Com vocês, uma seleção de músicas do mais autêntico funk (mesmo!) britânico. E que os MCS de canto agressivo e suas meretrizes de rabo empinado parem de enganar os britânicos. Funk, para os ingleses é o que está abaixo. O resto é putaria.
E complementando o texto do MArcelo, isto é o verdadeiro Funk! E só!
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