quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Radio Bradesco Esportes FM será inaugurada hoje as 18:00

        Finalmente uma novela termina com final feliz. A Anatel aprovou a mudança da torre para o morro do Morim, a Petrobras aceitou a entrada da Bradesco no Morim, onde ela controla e de quebra ainda conseguiu o que ninguém conseguiu: instalar uma potente repetidora do sinal dos 91,1 no Sumaré. Que a isonomia prevaleça e a Kiss e Senado possam também instalar seus equipamentos no Sumaré. Se a Band pode, eles podem também, pois a partir deste momento foi aberto um precedente que o ICMBIO não poderá voltar atrás com relação ao Sumaré. Leiam o texto original do site do grupo Bandeirantes.

Rádio Bradesco Esportes estreia hoje no Rio

Primeira transmissão de jogo já será nesta quarta-feira, às 21h, com o duelo entre Flamengo e Atlético-MG
José Carlos Araújo, o Garotinho, comanda as transmissões / Reprodução/FacebookJosé Carlos Araújo, o Garotinho, comanda as transmissõesReprodução/Facebook


Grupo Bandeirantes de Comunicaçãoestreia nesta quarta-feira a primeira rádio exclusivamente de esportes do Rio de Janeiro. Já presente em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte, a Bradesco Esportes FM ocupará a frequência 91,1Mhz com programas, transmissões, especialistas renomados, atletas, autoridades, música e notícias de todas as modalidades 24h por dia, sete dias por semana. A primeira transmissão de jogo já acontece nesta quarta, às 22h, com o duelo entre Flamengo e Atlético-MG. 

“O entusiasmo diante desse novo desafio na carreira é enorme e a possibilidade de ajudar a formar uma nova geração de jornalistas esportivos, com ética, com honestidade, com respeito ao próximo, realmente me emocionam. Esse desafio de poder provar que podemos fazer a coisa certa, mexe comigo. Acredito nisso! Vamos colocar esse Jumbo no ar e quando ele atingir a altitude e a velocidade de cruzeiro, a gente pensa no resto. A minha vontade e a vontade do nosso time me fazem crer em sucesso a curto prazo! Com os pés no chão e com muita humildade, mas com a certeza absoluta que uma iniciativa dessas só pode redundar em sucesso”, disse Jorge Eduardo, chefe de reportagem da Bradesco Esportes FM Rio

José Carlos Araújo, mais conhecido como Garotinho, passa a fazer parte da equipe Bradesco Esportes FM em solo carioca. O narrador também é o responsável por montar a equipe das transmissões esportivas. O comentarista Gerson, o apresentador Gilson Ricardo, o técnico de basquete medalha de prata na Olimpíada de Atlanta, Miguel Ângelo da Luz, e as gêmeas do nado sincronizado Bia e Branca Feres também estarão no ar.

Entre os colunistas e apresentadores que já estão presentes na Bradesco Esportes FM em São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre estão José Carlos Brunoro (Universo do Esporte), Álvaro José (Esporte Olímpico), Elia Junior (Pá e Bola), Zetti (Futebol), Danielle Zangrando (Judô), Marcos Paulo Reis (Qualidade de Vida), Ivan Zimmerman (Esportes Americanos), Gustavo Magliocca (Medicina Esportiva), Irineu Loturco (Ciência do Esporte), Fernando Portugal (Rugby), Román Laurito (MMA), Dudu Braga e Mizael Conrado (Paradesporto) e Celso Miranda (Automobilismo).



sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Música no Fatos Gerais: Lulu Santos - Ultimo Romântico



          Para animar e distrair a mente, deixamos com vocês Lulu Santos, com a música Último romântico.  Até a próxima!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Inventor da bina finalmente obtém o reconhecimento da paternidade de seu invento

     Nós brasileiros temos que valorizar o que temos e o nosso talento. Não é justo que nós brasileiros tenhamos que ir para fora do país para sermos valorizados. Aqui, um inventor ou excelente profissional só consegue ser valorizado porque vai lá para fora. Foi assim com Santos Dumont, por exemplo, e mesmo assim só obteve o seu reconhecimento não apenas por ter ido a França, mas porque era de família rica e influente, pois seu pai, Henrique Dumont, era um homem rico, fazendeiro e politico de grande influência em Minas Gerais. Tal sorte não teve Landell Moura (o verdadeiro inventor do radio junto com o americano Nikolas Tesla) e Bartolomeu de Gusmão ( o inventor do balão), que ficaram no esquecimento por anos.
     Mais tudo isso tem uma explicação, a falta de educação, instrução da população mais a manipulação da mídia e principalmente o complexo de inferioridade coletivo do povo, o famoso " complexo de vira-lata". Dessa forma este país nunca vai para frente. Aqui só se valoriza futilidades e coisas que sirvam para dominar a população como futebol, novelas, religiões, midias sociais, gandaias e etc. Leiam esta importante reportagem do Estadão.


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Justiça reconhece a patente brasileira do Bina

Criador do sistema que identifica quem faz ligações telefônicas relata os 20 anos de disputas judiciais que enfrentou

09 de setembro de 2012 | 3h 07


JOÃO BOSCO RABELLO / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Depois de 20 anos de disputa judicial com as operadoras de telefonia, o inventor mineiro Nélio Nicolai, 72 anos, começa a obter reconhecimento oficial por seu principal invento: o Bina, aplicativo que permite identificar previamente as chamadas telefônicas, nos aparelhos fixos e celulares.
As operadoras Claro/Americel e Vivo são as primeiras a se manifestarem: a primeira, em razão de composição judicial, que extinguiu o processo movido pela Lune (empresa de Nélio), e a segunda por condenação judicial, determinando a indenização, o que deverá provocar medidas judiciais similares envolvendo operadoras que utilizam o Bina, o segundo invento brasileiro efetivamente universalizado. O primeiro foi o avião, por Santos Dumont.
Somente no Brasil, o Bina custa mensalmente a cada assinante R$ 10 ou US$ 6. E são 256 milhões de celulares com esse serviço no País, o que produz faturamento mensal de R$ 2,56 bilhões. Isso apenas no Brasil.
A decisão da 2.ª Vara Cível de Brasília determina que a Vivo pague em juízo "o correspondente a 25% do valor cobrado pela ré por conta do serviço de identificação de chamada para cada usuário e em cada aparelho".
Nélio é ainda autor de mais quatro inventos incorporados mundialmente à telefonia: o Salto (sinalização sonora que indica, durante uma ligação, que outra chamada está na linha), o sistema de Mensagens de Instituições Financeiras para Celular, que permite o controle de operações bancárias via celular; o Bina-Lo, que registra chamadas perdidas; e o telefone fixo celular.
Não há hoje, em todo o planeta, quem fabrique um telefone, celular ou fixo, sem inserir a maioria desses recursos. Como se trata de invento patenteado, esse uso, nos termos da Lei de Patentes, em todo o mundo, precisa ser remunerado, seja como transferência de tecnologia e/ou royalty.
Mas não foi, embora o Bina tenha conferido ao seu inventor duas comendas internacionais: um Certificado e uma Medalha de Ouro do World Intellectual Property Organization (Wipo), reconhecendo e recomendando a sua patente, além de um selo da série Invenções Brasileiras, concedido pelo Ministério das Comunicações.
A conquista ocorre, por ironia, exatamente quando acaba de cessar a vigência (20 anos) da patente de seu invento, em 7 de julho passado. A patente resistiu a todas as tentativas de anulação que lhe moveram na Justiça as operadoras e fabricantes multinacionais e os direitos gerados naquele período são agora irreversíveis.
Ao Estado, Nélio contou sua epopeia pessoal, sem apoio do Estado brasileiro. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Como chegou ao acordo?
Graças a Deus e à minha determinação solitária de não ceder. Lutei praticamente sozinho. Não foram poucas as pessoas, que, nesse período, diante da indiferença dos sucessivos governos brasileiros e das ameaças que recebi, me aconselharam a desistir. Fui até mesmo ridicularizado por advogados, autoridades e jornalistas. Mas jamais perdi de vista esse direito, que não é só meu, mas do povo brasileiro, privado dos royalties milionários que os meus inventos proporcionam às multinacionais que o usam sem pagar.
Os advogados não acreditavam na causa?
Perdi a conta de quantos tive. Muitos desistiram diante das dificuldades, deixando de acreditar na possibilidade de uma vitória. Houve inclusive traições. Tive, porém, a sorte de encontrar um advogado experiente e competente, o dr. Luís Felipe Belmonte, que, após constatar a consistência do meu direito, desmontou, com argúcia e paciência, todas as manobras regimentais dos advogados oponentes.
Como e quando surgiu o Bina?
Inventei a primeira tecnologia Bina em 1977, quando trabalhava na Telebrasília. Fui inicialmente parabenizado, mas a seguir hostilizado. O Departamento Jurídico da empresa recusou-se a auxiliar no registro da patente, que providenciei, por conta própria, em 1980. Acabei demitido em 1984, por insistir na adoção do Bina e do Salto. Depois que saí, as duas invenções passaram a ser comercializadas por uma quantia mensal que, em reais, correspondiam respectivamente a R$ 10 e R$ 2,90.
Quando começaram as violações generalizadas?
Inventei e patenteei a segunda tecnologia Bina em 1992. A Telebrás em 1993 padronizou o seu uso (Pratica 220-250-713). Procurado por várias empresas, em 1997, optei por assinar contrato de transferência de tecnologia, em parceria com a Ericsson, à Intelbras (empresa brasileira e minha maior decepção) e à Telemar, por acreditar na seriedade aparente dessas empresas. Em 1997, o novo sistema Bina foi mundialmente implantado, também em telefonia celular, sem respeito à patente. Em 1998, não tive outro recurso senão ir ao Judiciário. Acionei primeiramente a Americel, em Brasília, em março de 1998. Fui vitorioso em primeira e segunda instâncias. Em 2002, foi proferida a sentença confirmatória, pelo TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios).
E por que não lhe pagaram?
Não só não pagaram como me fizeram mergulhar num pesadelo judicial: a Intelbras e todas as multinacionais (fabricantes e empresas operadoras) se uniram para anular a patente. Cobraram, em 2003, da Ericsson, a venda de uma tecnologia que não lhe pertencia (os editais das multinacionais especificavam: BINA=220-250-713). E a Ericsson, mesmo tendo contrato comigo, tentou sumir com o cadáver, e foi ao Tribunal Federal Justiça, da 2.ª Região, no Rio de Janeiro, pedir nulidade da patente brasileira. De vítima, passei a réu. O advogado da Ericsson, que, paradoxalmente, é também presidente da ABPI (Associação Brasileira Propriedade Intelectual) e integra o Conselho Antipirataria do Ministério da Justiça, conseguiu "suspender, à revelia" todos os direitos relativos ao meu próprio invento, até a decisão final da Justiça. Me vi numa situação surreal: não recebia, nem podia dispor do que me pertence. A outra parte podia. O dr. Belmonte fez ver o absurdo da situação: ingressou com um embargo de declaração contra esse parecer, que legitimou o uso do Bina sem ônus, até que o litígio um dia se resolvesse. Com esse acordo, acredito que tudo isso irá desmoronar.
Por que não recorreu ao Conselho Antipirataria, do Ministério da Justiça?
Claro que recorri, desde 2003, mas nunca fui recebido. E gostaria que alguém me explicasse, por que nós, portadores de patentes brasileiras, somos tratados assim. Em todas as vezes que tentei, fui apenas orientado verbalmente a procurar o Poder Judiciário, enquanto as empresas estrangeiras, que têm toda uma estrutura de defesa de seus alegados direitos, não.
Por que não recorreu a instituições internacionais de inventores?
Por idealismo, quero ser reconhecido no meu País. Mas o reconhecimento começou lá fora. Em 1998, o U.S. Patent and Trademark Office, escritório federal americano que registra marcas e patentes, se surpreendeu com a informação de que o Bina e o Salto haviam sido inventados por mim. Sabe o que me disseram lá? "Alguém deve estar ganhando muito dinheiro nas suas costas. Aqui, você seria uma celebridade e bilionário." Nos Estados Unidos, já são 65 milhões de Binas fixos, com o usuário pagando US$ 4 por mês. O governo tem de defender este patrimônio do povo brasileiro. Mas acredito que a Justiça começou, enfim, a ser feita.

Estadão

sábado, 8 de setembro de 2012

sábado, 1 de setembro de 2012

Cuidado com a propaganda enganosa nestas eleições




        Um Vereador não legisla sobre assuntos de universidades públicas, sobretudo universidades públicas federais e estaduais. O vereador Jairinho está dizendo que foi ele quem conseguiu a Uezo, coisa e tal. Não é verdade! Quem lutou por ela foi um casal nefasto, que não vou citar, mas que a criou para ser efêmera e eleitoral, mas que por azar ou sorte deles, felizmente deu certo.
    Agora Jairinho está pregando que a Uezo terá seu campus ou sede inaugurada no ano que vem e que ainda oferecerá o curso de medicina. Também não é verdade! Isso porque a Uezo estava com problemas administrativos e financeiros em função do governo do estado não repassar a quantidade de verba necessária para que a mesma funcionasse adequadamente e pudesse construir seu campus. Para se ter uma ideia, a Uezo quase perdeu seu terreno na Avenida Brasil, em Campo Grande, por conta de não ter construído seu campus dentro do prazo, que era até o dia 31 de agosto, ou seja, mês passado. E também em maio, quase  chegaram a repassar esse mesmo terreno para a Uerj para que a mesma contruísse um hospital, o que também foi evitado. E ainda, para completar, no começo deste ano a Uezo quase foi extinta, pois o secretário Alexandre Cardoso e o reitor da Uerj fizeram de tudo para anexar a Uezo à Uerj, fato que só não aconteceu porque alunos e professores se uniram contra isso. E por fim, não há qualquer plano de abertura de curso de medicina na Uezo, já que a reitoria não aceitou tal projeto, por ela ser  uma universidade tecnológica. Se isso acontecesse até seria bom, pois abriria espaço para cursos como Direito, História, Turismo (estes últimos, dois cursos importantes para a Zona Oeste, pois valorizaria pontos turísticos inexplorados) e outros cursos que fugiriam do escopo da Uezo, embora isso de fato fosse bom, mas este não é o escopo.
     Por isso tomem cuidado em quem vocês vão votar. Não votem em candidatos que prometam aquilo que não podem cumprir porque não é da alçada deles. Tomem muito cuidado e pensem muito bem nisso!
     

Plebe Rude - Circo Voador - 24 de agosto de 2012

Costumam chamar agosto de o mês do desgosto, mas também pode ser chamado de um mês em que acontecem apresentações musicais de bom gosto. No dia 24 de agosto houve a apresentação da Plebe Rude no Circo Voador, local de shows memoráveis da banda, especialmente nos anos de 1984 e 1986, shows esses lembrados pelo vocalista e guitarrista Philippe neste show da semana passada. Esta apresentação foi escorada nas músicas gravadas no CD/DVD Rachando Concreto, gravado ao vivo em Brasília, e também na totalidade do disco O concreto já rachou, o maior clássico da banda.

O show da semana passada foi antológico. A banda continua afiadíssima. Philippe Seabra e Clemente nos vocais e guitarras, Fred Ribeiro no baixo e um xará meu, Marcelo, como o novo baterista. Fred está provisoriamente no lugar de André X. Philippe disse que André X passará uns quatro meses fora do Brasil fazendo cursos, mas que deixou gravados os baixos do novo CD que a banda está preparando.

Mas em se tratando de Plebe Rude, não há roteiro certinho. A banda nunca foi certinha. Pois é uma das precursoras do punk rock de Brasília e do Brasil. A banda fez uma apresentação que me pareceu até maior que a duração do show de Brasília gravado em DVD em 2009. Não me arrisco a escrever aqui o set list do show, mesmo porque eu estava entusiasmado demais pra ficar anotando ou decorando, nem mesmo para contar as músicas. E eu não estava gravando o show. Já me esforçava pra caramba pra ver a banda, cantar e tirar fotos no meio da multidão que lotava o Circo... Do que eu lembro agora, posso dizer que a banda aproveitou o tempo pra resgatar músicas de todos os sete discos da banda. Inclusive a música Mentiras por enquanto, que sempre foi a que mais gostei e que, segundo Philippe, eles só tocaram no Rio (pelo menos na turnê do DVD) a pedido dos amigos da banda no Rio. Três deles estavam na frente do palco e enfartariam ao ouvir a música, segundo Philippe. A banda também enxertou músicas próprias e de outras bandas em várias das músicas do set list. Como Nunca fomos tão brasileiros, Pátria Amada (dos Inocentes, a outra banda do guitarrista Clemente), Geração Coca-Cola (enxertada não lembro em qual música), Selvagem (música dos Paralamas do Sucesso enxertada em Proteção) e até mesmo Aumenta que isso aí é rock'n'roll (enxertada em Até quando esperar pra homenagear o saudoso Celso Blues Boy). A banda também incluiu na íntegra (não enxertada em outras) a clássica Pânico em SP, outra dos Inocentes. Além de Celso Blues Boy, outro finado músico homenageado foi Redson, do Cólera, através da música Medo, incluída na íntegra, mesmo porque já está presente no repertório da Plebe há muitos anos.

A apresentação da música Minha Renda foi antológica. Além de samplearem o Chacrinha apresentando a própria Plebe em seu Cassino do Chacrinha, eles interromperam a música no meio para parodiar com corrosivo sarcasmo vários clichês da música pop descartável e da Música de Cabresto Brasileira, dos iô iô iôs, coros e gestos de mãos de vários gêneros até a pobreza da letra de um tecnobrega que a banda ameaçou tocar, mas ficou só no começo. Tudo isso só para ilustrar o discurso de Philippe contra os esquemões da música descartável de fácil rentabilidade e a favor de um caminho musical mais difícil, mas que é o caminho correto. Philippe também disse que a Plebe nunca mais tocará em rádio. Se o rádio continuar assim, é bom mesmo a Plebe ficar fora do dial.

Philippe também disse que a vantagem de morar em Brasília (onde os integrantes da banda moram, exceto Clemente, de São Paulo) é que Brasília não tem prefeito nem vereador, e por isso não está sendo bombardeada por essa palhaçada da campanha eleitoral que, como bem observou Philippe, está massacrando a nós, cariocas. Disse isso para introduzir a música Vote em branco, que ele lembrou que foi responsável pela prisão da banda toda em 1984, quando eles a tocaram em Patos de Minas, em seu primeiro show fora de Brasília e em plena campanha eleitoral naquele ano. Philippe reforçou toda a mensagem explícita da música, o que de sobremaneira desagradou a militância da candidatura do prefeitável Marcelo Freixo, militância que tinha alguns representantes na plateia. Mesmo assim, Philippe deu votos de boa sorte ao amigo Marcelo Yuka, ex-Rappa e atual candidato a vice-prefeito de Freixo.

É muito Marcelo pra um dia só. Marcelo na bateria, Marcelo Yuka sendo citado (e sendo ele vice de outro Marcelo) e eu na platéia curtindo tudo.

A banda anunciou estar feliz em participar de vários projetos. Além do novo CD/DVD, citou a participação na trilha sonora do filme Federal e a participação no documentário Rock Brasília. Também anunciou novos projetos feitos pela banda ou em que a banda é citada: o filme Somos tão jovens (em que a banda é representada por atores) e o futuro disco de inéditas, que a banda ainda não disse se será lançado apenas no iTunes ou se terá também versão em CD.

Destaco aqui que nunca vi um show com tantas dezenas de pessoas subindo ao palco para cumprimentar os músicos e pular lá de cima em cima da plateia, que fez várias rodas de pogo. Muitas dessas pessoas eram mulheres, e algumas beijavam os integrantes. Clemente até brincou, dizendo que antes a banda apanhava da polícia e hoje é beijada pelas mulheres, e que essa é uma das vantagens de ter ficado velho.

Philippe também anunciou que seu filho nasceu há alguns dias. O garoto ganhou de Clemente o codinome "Seabrinha".

Por fim, a banda disse estar muito feliz em encontrar ainda tantos plebeus (a plateia) no Rio de Janeiro. Plateia que, segundo Philippe, prefere o rock'n'roll à "essa MPB chata dessas novas casas noturnas da Lapa" (palavras dele).

A Plebe Rude pode voltar quantas vezes quiser ao Rio de Janeiro, que sempre encontrará uma platéia grande e entusiasmada. A plebe carioca agradece. Como bem disse Philippe, o rock'n'roll vive, no Rio.

Possíveis implicações da futura repetidora da TV Aparecida nas rádios Senado e Kiss FM

No último sábado, houve a peregrinação oficial da Arquidiocese do Rio de Janeiro na basílica de Aparecida do Norte. Antes do início da missa transmitida pela TV Aparecida, um padre redentorista do santuário anunciou que a emissora terá uma repetidora no Rio de Janeiro em breve, "se Deus quiser".

O padre não anunciou se a TV Aparecida terá uma repetidora própria no Rio de Janeiro ou se arrendará uma emissora já existente na cidade. Se a TV Aparecida inaugurar uma repetidora própria no Morro do Sumaré, estará confirmada a perseguição que alguns órgãos públicos federais estão fazendo às rádios Senado e Kiss FM. As duas rádios e a emissora de TV precisam de licenciamento dos órgãos públicos responsáveis pela radiodifusão e pelo meio ambiente, já que o parque de transmissão do Morro do Sumaré fica no Parque Nacional da Tijuca. Nenhuma das duas rádios teve atendidos seus pedidos de licenciamento ambiental para inauguração de seus equipamentos no Sumaré, apesar de ambas já terem outorgas e autorização para emitirem seus sinais a partir daquele morro.

E ainda falam que o Estado brasileiro é laico.

Obras da Copa não decolam, segundo dados da Controladoria-Geral da União


Resposta para Coturno Noturno:

Fico imaginando a reação popular na ressaca pós-Copa. A eleição de 2014 é logo depois. A corja no poder não perde nada por esperar. Terá a perder depois da espera.

A falta de professores de ciências exatas

O Bom Dia Brasil de 13 de agosto mostrou uma boa reportagem sobre a falta de professores de ciências exatas nas escolas de ensino médio (física, química, biologia, etc). Isso me fez lembrar que eu mesmo enfrentei esse problema, no Colégio Estadual Visconde de Cairu, no Méier, cidade do Rio de Janeiro. E olha que já faz bastante tempo: foi no ano de 1989, quando cursei o primeiro ano do então 2º grau. O colégio não tinha professor de química para a minha turma, por mais que a diretora pedisse na Secretaria Estadual de Educação o envio de um professor. A então diretora da escola resolveu se desdobrar e, sendo ela licenciada em química, resolveu ela mesma ser a nossa professora naquele ano. Minha turma não enfrentou problema semelhante nos anos seguintes.

É bem provável que várias turmas que chegaram depois no colégio tenham enfrentado a falta de professores em algumas matérias.

Nenhum país pode ser decentemente desenvolvido se não estimula a carreira docente, inclusive nessas matérias de ciências exatas. A falta de professores nessas matérias está na raiz do atraso tecnológico do Brasil.

Eduardo Paes só trata bem flamenguista em época de campanha pra arrumar voto



"Se alguém que tá se manifestando é flamenguista, saiba que eu só trato bem flamenguista na época de campanha pra arrumar voto. Cabou eleição eu quero... se danem. E ainda tem um tricolor ali no meio, coitado. Tá todo feliz... Nunca tinha ganho um título na vida".
Eduardo Paes - prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição pelo PMDB.

Rede Globo é anarcocapitalista

Resposta para Tribuna da Imprensa:

A Rede Globo é plutocrática. Mas, se dependesse dela, não haveria nem plutocracia. O regime vigente no Brasil seria o anarcocapitalismo. Ou seja: as corporações superariam o Estado e qualquer tipo de controle, impostos ou regulamentos e fariam tudo sem regulamentação alguma da sociedade, inclusive os serviços de segurança, justiça, educação e saúde.

Pra chegarmos nesse estágio, falta só oficializar o que já existe.

Faltava uma banda "universitária". Não falta mais


Com tanta gente da Música de Cabresto Brasileira dando um verniz intelectual em sua música com o rótulo de universitário (sertanejo universitário, fânqui universitário, pagode universitário, axé universitário, arrocha universitário, tecnobrega universitário, quem sabe já exista o gospel universitário?), faltava uma banda utilizar a palavra universitário (ou alguma contração) no próprio nome.

Não falta mais. Já existe desde 2009 a Banda Universitária. Segundo o portal oficial, a banda é radicada em Chapecó, Santa Catarina. E pelo som que apresentam no tocador do portal oficial, o forró diluído é a base do som da banda. Parece que os caras não adotaram a tchê music, a diluição da música gauchesca, prática comum de grupos de música de cabresto do estado vizinho: o Rio Grande do Sul. Mas não devem demorar a faze-lo. Se já não o fizeram. A temática brega é a tônica das letras da Banda Universitária.

Dou esporro em quem me convidar pra curtir essas bandas universiotárias.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Música no Fatos Gerais: Tim Maia - Réu confesso

 
         Retomando a série Música no Fatos Gerais, oferecemos a vocês Tim Maia com a música Réu confesso. Aproveitem o final de semana ouvindo esta maravilhosa música.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Street Fighter completa 25 anos

   Esse jogo fez parte da minha vida. Joguei muito ele nos fliperamas, sobretudo no fliper de um antigo bar da Praça do Pizão (praça Charruas) em Realengo entre 1990 a 1994. Este bar hoje é uma farmácia. Eu ainda cheguei a jogar o Street Fighter I , jogo este lançado inicialmente no Nintendinho, ou seja, rodava no Top Game da CCE e no Phanton System da Gradiente. Os que mais joguei foram o Street Fighter 2(no qual não se podia escolher o Bizon, Vega etc)  e o Street Fighter 2.5 ( neste já se podia escolhero Bizon para jogar, por exemplo). Seu maior concorrente direto era Mortal Kombat. Quanta saudade!

Série de jogos de luta 'Street Fighter' completa 25 anos

Game foi lançado para os fliperamas em 30 de agosto de 1987.
'Street Fighter II' fez a série se tornar popular em todo o mundo.

Do G1, em São Paulo
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Após mais de 60 títulos para diversos consoles de videogame e mais de 25 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, a série de jogos de luta "Street Fighter" completa 25 anos nesta quinta-feira (30).
Info 25 anos Street Fighter versão V (Foto: Arte G1)
O primeiro jogo da série da produtora japonesa Capcom foi lançado em 30 de agosto de 1987 para os fliperamas. No título, lutadores conhecidos até hoje pelos fãs, Ryu e Ken, fizeram a sua estreia como personagens jogáveis. Entre os inimigos, Sagat, o grande rival de Ryu, era o chefe final do game.
Brasil em 'Street Fighter'
Blanka (Foto: Reprodução)Blanka (Foto: Reprodução)
Blanka
Sobrevivente de uma queda de avião, ele viveu na Amazônia, onde se transformou em um monstro verde.
Sean (Foto: Reprodução)Sean (Foto: Reprodução)
SeanImpressionado pelas lutas de Ken, o menino brasileiro se torna seu discípulo que quer vencer as batalhas sem aparentar medo.
Oro (Foto: Reprodução)Oro (Foto: Reprodução)
OroO eremita de 140 anos é japonês, mas vive em uma caverna na Amazônia, onde aprendeu habilidades extraordinárias.
Nos arcades, os jogadores podiam usar um joystick para controlar o lutador e dois botões para socos e chutes. A força dos golpes - fraco, médio e forte - era medida pela força com que os jogadores pressionavam estes botões.

Como o sistema não funcionou, uma vez que os gamers sempre pressionavam os botões com muita força, a Capcom optou por usar uma configuração de seis botões para os golpes, que é usada até hoje.
Golpes famosos que Ryu e Ken aplicam contra seus inimigos também apareceram pela primeira vez há 25 anos.

O Hadouken, uma bola de energia azul que causa danos à barra de vida do adversário; o Shoryuken, um poderoso gancho aplicado com um salto; e o Tatsumaki Senpukyaku, um chute giratório em que o personagem voa pelo cenário, podiam ser utilizados nas batalhas.
Popularização
Foi com "Street Fighter II", lançado em 1991 para os fliperamas e 1992 para os videogames da época, contudo, que a franquia se popularizou.

O jogo trazia de volta Ryu, Ken, Sagat e Balrog (o boxeador era chamado de Mike no primeiro título), e mais os lutadores E.Honda, Chun-li, Dhalsim, Guile, Zangief e o brasileiro Blanka para serem escolhidos nos confrontos. M.Bison era o chefe com Vega, Balrog e Sagat como subchefes.
'Street Fighter II' brasileiro
Capa do game para o Master System (Foto: Reprodução)
Apenas para o Brasil, a Tectoy, que detém os direitos de venda do Master System, da Sega, até hoje, criou uma versão de "Street Fighter II" para o antigo videogame de 8-bits. Lançado em 1997, o jogo trazia um esquema de jogo mais simples, voltado para o controle com apenas dois botões de ação do videogame, e vinha com 8 lutadores. (Assista ao vídeo do game)
O sucesso do game fez com que, apenas para o Super Nintendo, console 16-bits da criadora de "Super Mario", 6,3 milhões de cópias fossem vendidas em todo o mundo. Para se ter uma ideia do tamanho do sucesso, "Street Fighter IV", a versão mais recente da série, vendeu 2,04 milhões de cópias no PlayStation 3 e 1,64 milhão para o Xbox 360.
No game, o jogador viajava para diversos lugares do mundo, inclusive na Floresta Amazônica, no Brasil, para enfrentar lutadores de diferentes habilidades. Todos eles possuíam golpes especiais que podiam ser usados ao realizar uma combinação de comandos no joystick e nos botões de ação.
A Capcom ainda lançou versões diferentes do jogo: "Super Street Figher II" trazia novos personagens (Cammy, Dee Jay, T. Hawk, Fei Long e Akuma) e cenários; "Street Fighter II Turbo" trouxe novos golpes e cores de roupas dos personagens, além de partidas com maior velocidade; e "Super Street Fighter II Turbo", com partidas mais velozes, menos bugs e o personagem secreto Akuma. Ele só podia ser enfrentado caso o jogador conseguisse vencer todas as lutas sem perder nenhum round.
Após o sucesso de "Street Fighter II", a Capcom lançou "Street Fighter III: New Generation" nos fliperamas em 1997. O game não trouxe os lutadores conhecidos do game anterior, o que, aliado a um esquema de jogo totalmente diferente, fez com que o título não fizesse tanto sucesso.
Apenas nas duas versões seguintes, "Street Fighter III: Double Impact" e "Street Fighter III: Third Strike", a Capcom colocou Chun-Li e Akuma de volta.
Imagem divulgada pela Capcom para comemorar os 25 anos da série 'Street Fighter' (Foto: Divulgação/Capcom)Imagem divulgada pela Capcom para comemorar os 25 anos da série 'Street Fighter' (Foto: Divulgação/Capcom)
A versão mais recente da franquia, "Street Fighter IV" foi lançada em 2008 para fliperamas, PlayStation 3, PC e Xbox 360 e traz gráficos 3D com esquema de jogo em 2D, padrão que foi adotado por outros jogos de luta. A versão com mais personagens, "Super Street Fighter IV" foi lançada em 2010. Outro diferencial do game é a possibilidade de confrontar outros jogadores em partidas on-line.
A Capcom ainda não anunciou se há planos para o lançamento de "Street Fighter V" ou outro título da série.
Uma edição especial comemorativa dos 25 anos da série será lançada nos Estados Unidos no dia 18 de setembro. O pacote, chamado de "Street Fighter 25th Anniversary Collector's Set" custará US$ 150.
Edição de colecionador comemora os 25 anos da franquia 'Street Fighter' (Foto: Divulgação)Edição de colecionador comemora os 25 anos da franquia 'Street Fighter' (Foto: Divulgação)
A caixa traz 15 discos com os games "Super Street Fighter 2 Turbo HD Remix", "Street Fighter III Third Strike Online Edition", "Super Street Fighter IV Arcade Edition" e "Street Fighter X Tekken". Além dos jogos, há um documentário, dois filmes de animação, a série animada completa da franquia e 11 discos com a trilha sonora da série. Haverá uma estatueta do lutador Ryu, a faixa do personagem e um livro com artes.
O filme de 'Street Fighter' foi um fracasso para a crítica, mas faturou quase US$ 100 milhões em todo o mundo (Foto: Divulgação)O filme de 'Street Fighter' foi um fracasso para a
crítica, mas faturou quase US$ 100 milhões em todo
o mundo (Foto: Divulgação)
Filmes e animaçõesO sucesso da franquia levou "Street Fighter" para os cinemas e 1994. O filme que levou o mesmo nome do game trazia Jean-Claude Van Damme como o lutador Guile e Raúl Juliá como M.Bison.
Embora trouxesse quase todos os personagens da série, o filme não foi bem recebido pela crítica, que alegou baixa qualidade da produção e poucas cenas de ação. Mesmo assim, o filme arrecadou US$ 3,1 milhões em sua estreia e um total de US$ 99 milhões em todo o mundo.
Em 2009, uma nova tentativa de levar a franquia de luta para os cinemas não deu muito certo. "Street Fighter: The Legend of Chun-Li" focava na lutadora chinesa, interpretada por Kristin Kreuk (a Lana Lang de "Smallville"), mostrando a vida da personagem. No site "Rotten Tomatos", a produção ficou em 44º lugar entre os 100 piores filmes da década de 2000.
"Street Fighter" também teve desenhos animados. Em 1994, "Street Fighter II: The Animated Movie" foi lançado no Japão, recebendo uma versão para os Estados Unidos em 1996.
Uma série animada "Street Fighter II V" foi lançada em 1995 no Japão e filme para a TV, Street Fighter Alpha: The Movie" chegou em 1999. Em 2009, "Street Fighter IV: The Ties That Bind" foi lançado e distribuído na edição de colecionador do game para o PS3 e X360.
Na feira San Diego Comic Con 2012, os produtores Joey Ansah e Christian Howard anunciaram que a franquia voltará em uma nova série para a TV em 2013 com o nome de "Street Fighter: Assassin's Fist".

G1

domingo, 19 de agosto de 2012

Encerramento das Olimpíadas: Os alguéns, os quens, a Queen, o Queen,e o The Who

 Por Marcelo Pereira

A festa de despedida dos jogos olímpicos de Londres de 2012 teve mais destaque do que a abertura (onde o único destaque foi a Rainha Elizabeth II dar uma de "Bond Girl" ao lado do -excelente - ator Daniel Craig). Caso raro pois normalmente a abertura costuma ser mais animada que o encerramento, geralmente chocho. 

Teve a consagração das boy groups, a volta de gente sumida como George Michael e Spice Girls, não-cantores cantando, como o comediante Russell Brant (mais conhecido como o cara que "comeu" a deliciosa americana Katy Perry, atual namorada do cantor John Mayer), entre outras coisas. Além do Queen estar testando mais um substituto para o insubstituível Freddie Mercury.

Também teve um cantor desses de reality para calouros, Ed Sheeran, fazendo tributo ao Pink Floyd cantando a belíssima Wish You Are Here, que os jovens alienados pensaram se tratar de uma nova música dele. A falta de informação musical não é exclusividade dos brasileiros, embora o povo-tupi seja ainda mais surreal nisso que os estrangeiros, já que pelo menos eles não se recusam a pesquisar sobre cultura.

Mas o destaque mesmo veio depois da metade, com a "transferência de cargo" na organização das olimpíadas (que vai ser aonde? Hein? Hein?). Primeiro com a surpreendente aparição de Renato Sorriso, gari que se transformou em dançarino, numa espécie de peça teatral ao lado de um ator que interpretou um segurança inglês. Bela imagem, ainda mais sabendo da missão de Sorriso (que admiro bastante), que com seu trabalho de dança, aparentemente apenas lúdico, na verdade mostra o valor e a dignidade desses profissionais que se esforçam para deixar limpas as nossas cidades, mesmo com o baixo salário e o prestígio - injustamente - mais baixo ainda.

Tivemos Marisa Monte brilhante cantando Villa-Lobos, Seu Jorge - bem conhecido por lá - fazendo uma justa homenagem a Wilson Simonal (que pelo jeito adoraria ver uma música sua cantada na terra da Rainha Elizabeth II) e o prefeito Eduardo Paes (dá para perceber porque as autoridades queriam tanto organizar esta olimpíada...) recebendo a bandeira dos jogos olímpicos, mais um desses símbolos a serem cultuados em rituais.E como brasileiro adora ritual...

Mas o melhor foi reservado para o final. E não tem nada a ver com os brasileiros. Apesar da excelente festa de "transferência de cargo", onde a sede da próxima olimpíada foi celebrada com uma bela festa (organizada por brasileiros, vale lembrar), nada foi mais comovente para quem conhece a história da música do que ver uma banda veterana a The Who ainda em plena atividade, mesmo após as mortes dos grandes John Entwistle e Keith Moon (junto com John Bonham do Led Zeppelin - banda apadrinhada por Moon - os melhores bateristas de todos os tempos no rock).

O Who fez um pequeno mas emocionante show, com a bela música Baba O'Riley, que abre o que considero o melhor álbum da banda Who's Next, lançado no ano em que eu nasci, 1971. Dele também é a empolgante Won't Get Fooled Again, que usei como tema do meu aniversário de 30 anos pela letra que diz que não seremos mais feitos de otários. The Who tem histórias para contar através de suas músicas de qualidade inquestionável e de sua importância para o desenvolvimento da cultura britânica.

E com eles a cerimônia se encerrou. Que venha o Rio 2016 e em seguida a sua fortíssima ressaca.

(Publicado originalmente no Planeta Laranja, em 18/08/2012)

sábado, 18 de agosto de 2012

Caso Dave Grohl: quando a burrice chegou ao óbvio


A burrice dos jovens brasileiros mais convencionais chegou ao ponto da desinformação atingir o óbvio.

No fórum de uma rede social, pessoas estavam comentando a "semelhança física" entre o vocalista e guitarrista dos Foo Fighters e o ex-baterista do Nirvana.

Acontece que os "dois caras" são, na verdade, A MESMÍSSIMA PESSOA: ninguém menos que o multiiinstrumentista Dave Grohl.

E o pior é que esses internautas são os mesmos que se julgam "inteligentes", são "nota déis (sic)" e se irritam quando são chamados de desinformados.

E olha que não é uma informação difícil de se constatar, porque boa parte desse público conhece o Nirvana e o falecido cantor Kurt Cobain. Mas como é que o pessoal não pôde reconhecer que, assim que o Nirvana foi declarado extinto devido à famosa tragédia de Kurt, Dave Grohl decidiu formar outra banda, justamente os Foo Fighters?

Se o pessoal é capaz de cometer uma gafe dessas diante de uma informação tão óbvia e fácil de se obter, imagine então em informações mais complexas. E é esse pessoal que acha que será o futuro do país e os líderes do país do futuro.

Ascensão e queda da MTV Brasil


Escrevo este texto diante da notícia das possíveis venda e extinção da MTV Brasil, anunciada na coluna Outro Canal, da Folha de São Paulo.

A MTV Brasil é, na verdade, a TV Abril, rede de TV do grupo homônimo, que tem uma geradora em São Paulo no canal 32 UHF, além de repetidoras em diversas cidades brasileiras, e usa a franquia MTV, licenciada junto à proprietária da marca: a americana Viacom. A MTV Brasil foi fundada em 20 de outubro de 1990, entrando no ar no canal 32 paulistano (a geradora própria da TV Abril) e no canal 9 do Rio de Janeiro, arrendando junto à TV Corcovado. A MTV era uma emissora bacana. Era escorada essencialmente em programas de clipes musicais, cada um com um estilo, mas todos eles voltados à audiência juvenil. Era uma emissora evidentemente pop. Mas tinha informação musical, que eram passadas pelos apresentadores nos programas de clipes e também pelos programas jornalísticos e nos especiais. Quando a emissora transmitia pelo canal 9, o pessoal assistia direto. O impacto era tão avassalador que influenciou (conceitualmente e negativamente) até a mídia roqueira, como a Fluminense FM, rádio que ficou no ar até setembro de 1994. Até o Frejat era telespectador assíduo, segundo o que ele disse quando a emissora deixou o canal 9. Sim, porque em 1992 a TV Corcovado foi comprada pela Rede OM (atual CNT), substituindo a bem azeitada programação musical por programas grossos como o ultrarreaça Cadeia, que despejava no ar noticiário policial de Curitiba. O jornalista Sérgio Cabral (ele mesmo, o pai do atual desgovernador) é que devia gostar dessas coisas, pois deixou claro estar aliviado com a substituição da programação da MTV pela da Rede OM. A partir da saída do canal 9, os telespectadores sofreram para acompanhar a programação, através da repetidora no canal 24 UHF, atualmente ocupando o canal 48. Aliás, continuam sofrendo, até hoje. Quem não assina a NET assiste a emissora com chuviscos e chiados em vários pontos da cidade.

Um clipe marcante desta fase áurea da MTV (mesmo no canal 24 UHF) foi o da música Pérola, do CD Paulo Ricardo & RPM, lançado pelo RPM em 1993.



A MTV era legal quando a letra M de seu nome era M de Music, ou música. Ou seja: na década de 1990, quando seu carro chefe eram os clipes e programas musicais. Na segunda metade da década de 1990, a coisa degringolou. Passaram a exibir clipes de música popularesca, deformando o formato originalmente pop. O formato foi extinto de vez em meados da década seguinte (a do ano 2000), quando a emissora deixou de ser propriamente musical e encheu a grade quase toda com programas de auditório e humorísticos acéfalos, deixando os melhores clipes apenas para a madrugada e o início da manhã. O M da MTV passou a significar outra coisa. Não música. Imaginem que M é essa.

Na segunda metade dos anos 90 e na década de 2000, só prestavam poucas coisas, como os especiais Acústico MTV e MTV Ao Vivo. Eu mesmo comprei alguns CDs e DVDs desses especiais. A série Acústico MTV começou na verdade lá em 1992, com o CD Acústico MTV de João Bosco. Mas a série se tornou célebre na segunda metade dos anos 90, ao literalmente ressuscitar a carreira de muita gente boa do pop e do rock brasileiro. Titãs (1997) e Capital Inicial (2000) devem muito do sucesso posterior deles aos programas, discos e DVDs acústicos lançados com a MTV, nesses respectivos anos. Hoje, nem esses projetos arrojados temos na MTV.

Segundo a coluna Outro Canal, a TV Abril poderá ser vendida, e o grupo Abril poderá renegociar a franquia MTV (licenciada até 2018) de volta para a Viacom, que poderá criar a sua própria MTV Brasil agora como canal pago, sem aproveitar nenhum dos atuais programas ridículos da MTV Brasil. Melhor assim.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A política brasileira é algo admirável e canhota: todos dizendo serem mais esquerda que os outros

Resposta para Raphael Tsavkko:

Continuo curtindo seu blogue, Tsavkko. Embora eu tenha a estranha sensação de que é muito fácil ser de esquerda no Brasil. Seja dentro do governo ou fora do governo. Mesmo sendo esquerda autêntica, como é o seu caso. Afinal, todo mundo diz que é de esquerda, todo mundo diz que é progressista (até o Bolsonaro, do PP!), todo mundo diz que é politicamente correto. Se alguém da esquerda acerta, é porque é de esquerda. Que maravilha! Se alguém erra, é porque é de direita ou era alguém da esquerda que virou direita. Facinho, facinho de se desvencilhar. A esquerda é pura, santa, imaculada, Não erra nunca. Nem o Papa falando de fé e doutrina católica com a assistência do Espírito Santo é tão infalível quanto a esquerda. Se meterem um exame de DNA no Governo Lula-Dilma, encontraremos o querido DNA da esquerda, ali. Por mais que a direita esteja ali presente no Governo, como o amigo Tsavkko bem apontou. Se foi a esquerda que pariu politicamente o Lula e a Dilma durante o regime militar (ele como líder sindical, ela como guerrilheira), que assumam a paternidade ou a maternidade. Mas eu sinceramente não espero que a esquerda assuma coisa alguma. Eu sou um descrente absoluto, como o amigo Tsavkko. Se Lula é Deus (como os fanáticos fazem crer que seja), eu prefiro ser ateu. Um dia veremos a esquerda e a direita caírem juntas, e se juntarem ao demo-tucanato no raio que o parta. Aí ascenderá algo superior.

Ordem de Choque

Bobagens olímpicas na Rádio Catedral


Alguns debatedores do programa Vox Populi da Rádio Catedral são uns pândegos. No último dia 7, disseram que a Olimpíada 2012 não estava tendo grande audiência porque estava sendo transmitida pela Rede Record, que segundo eles só tem importância em São Paulo, não tendo repercussão no Rio de Janeiro.

Não é o que eu vi aqui no Rio de Janeiro e nos índices do Ibope. A Record costumava atingir a liderança de audiência, quando os atletas brasileiros estavam competindo ao vivo. E naquela semana eu estava almoçando num restaurante, assistindo uma partida de hóquei feminino ao vivo. A TV do restaurante não estava no Globo Esporte. E a partida nem era com a seleção brasileira. Era com as seleções da Holanda e da Nova Zelândia. Perguntem se a dona Globo estaria transmitindo partida de hóquei.

Se a linha editorial da Record é francamente anticatólica, isso não dá direito aos senhores debatedores do Vox Populi de distorcerem informações. Houve, sim, um tempo em que a Record não tinha grande audiência no Rio de Janeiro. Mas foi no tempo dos donos da Jovem Pan. Não agora, sob o domínio dos bispos. Que não são os católicos, que fique claro.