sábado, 30 de janeiro de 2010

Sobre a possivel volta da Feital










Segundo fontes de sites de busologia e da prefeitura, a Feital poderá voltar a circular apartir do mes que vem(fevereiro). Ela irá operar supostamente as linhas 856 e 875 que no momento se encontram desativadas e com o nome fantasia de Viação PAdre Miguel. Quando digo supostamente, é porque duvido que isso aconteça, pois a Feital é uma massa falida desde dezembro de 2008 e se encontra com crédito sujo em qualquer lugar. Era para ter sido cassada primeiro no lugar da Oriental, pois sua situação é 5 vezes mais grave do que a empresa que teve suas linhas cassadas. A Feital tem problemas de justiça e dividas ha mais de dez anos, enquanto que Ocidental e Oriental entraram em crise desde 2005. Para se ter uma idéia disso, o governo do estado do Rio, juntamente com a Transportes Barra e a Via Rio tentaram sem sucesso cassar as concessões da Feital, pois a mesma não estava na época pagando o INSS dos funcionários. Tal situação em qualquer contrato de concessão faz com o concessionário perca na hora a concessão de qualquer serviço publico concedido, seja ele de onibus, radio, trem ou tv.
Sua situação de penúria e má adminstrção é antiga, mas de 2000 para cá só piorou.
Seus carros não sofriam manutenção alguma, 70% por cento dos motoristas não tinham carteira de habilitação, não assinavam carteira dos funcionários, não pagavam fornecedores diversos, sua frota era a campeã em má conservação e de enguiçados na garagem e na rua e muitas outras irregularidas muito piores do que as das empresas Ocidental, Santa Sofia e Oriental juntas. PAra se ter uma idéia, os funcionarios eram obrigados a confiscarem a féria do dia, pois se assim não fizessem não recebiam seus salarios ja que a empresa não pagava seus funcionarios ha anos e foi feita várias greves que nada adiantaram. Sua frota era a campeã em acidentes o que fez ela receber o apelido de "fatal", pois em geral eram acidentes gravissimos. Esta empresa além de ter um alto índice de onibus quebrados na garagem é a unica possuir um cemtério de onibus, coisa que nenhuma empresa tem. Este cemiterio fica ao lado de um cemitério de gente, o Cemitério do Murundú em Padre Miguel. A situação de sua frota é tão ruim que nem para reformar sua frota serve. Ela teria que ser baixada no Detran e convertida em sucata, pois é assim que se encontra sua frota atualmente.
Porém, a situação da Feital nem sempre foi assim. Ela começou em 1986 como empresa de fretamento de funcionários do porto do Rio e de empresas próximas. No ano seguinte começou a operar linhas com destino a vários bairros da Zona Oeste do Rio como Realengo, Marechal Hermes, Bangu, Campo Grande e Santa Cruz com destino a Itaguai. Quando ela começou, ainda como fretamento, ela possuia onibus rodoviarios Ciferal Tapajos com pintura branca e aquela asa em variações de cor verde e o nome em preto. Eram bem conservados. Ja quando ela começou a operar linhas intermunicipais urbanas, ela adotou a cor azul e a asa passou a ser branca e o nome Feital em alguns era branca e em outros preto. Neste periodo ela comprou vários onibus usados de empresas como a Braso Lisboa, Pavunense, Verdun, Salineiras, Brasinha, Flores e também de um leilão da Casa da Moeda onde ela arrematou um lote de onibus Mercedes 371 novos em folha. Neste periodo até 1997, ela tinha uma operação razoavel, apesar de haver varios onibus enguiçados, sua manutenção nesta época não se comparava ao que se via até pouco tempo atrás, era bem melhor. Mesmo tendo onibus usados e com algum índice de defeitos, ela conseguia ter um charme até nessas situações.
Era uma empresa guerreira, pois peitou monopólios de empresas de onibus da Zona Oeste e da Baixada e seus donos foram acusados de terem assassinado o então presidente da Rio Onibus, que na época se chamava Setransparj, acusação esta nunca provada. Suas linhas supriram a falta que o trem para Itaguai ja estava fazendo, pois sua circulação apartir de 1990 ja se tornava rarefeita e que logo ia passar a fazer falta de vez, pois em 1993 ele foi desativado. Nesta época suas linhas para Itaguai funcionavam a todo vapor suprindo a falta deste trem e ao mesmo tempo a rarefeita e cara linha Caxias X Itaguai da Mangaratiba, que antes do grupo Breda ja eram assim, sendo que com este grupo empresarial só piorou. A Feital cobrava o mesmo preço das linhas municipais nos destinos para Itaguai, que se ainda estivesse sendo operadas hoje seriam R$2,20, enfurecendo empresários daquela região operada por ela. Ela por volta de 1991 a 1993, operou duas linhas para baixada. Uma para Edison Passo e outra para Nilópolis fazendo trajeto do 432 da Nossa Senhora da Penha, linha esta que só veio a existir mais de dez anos da iniciativa da Feital. Tais empreitadas da Feital lhe renderam processos de empresarios de onibus da Baixada Fluminense na justiça. Nestes, um desencadeou em assassinado, o que fez com que ela fosse expulsa da Fetranspor, porém como havia dito, nunca foi provado sua autoria no crime. Tempos depois ela conseguiu voltar a operar uma linha para Edison Passos em conjunto com a Ponte Coberta, cuja sua particpação na linha durou até 2005, ano em que ela perdeu a concessão da linha.
Em 1996 a Feital ganha a licitção para operar as linhas 756,875,856,367. No ano seguinte compra carros novos e começa a operar estas linhas. Apartir dai começa a sua derrocada. Ela vira as costas para suas linhas iniciais e o serviço cai. Apartir de 2001 começa a também relaxar nas linhas municipais ficando em situação pior a época anterior em que só tinha linhas intermunicipais. começa também a dever a funcionários, fornecedores, bancos e etc. Para se ter uma idéia, em 2001 ela quase perdeu suas linhas, pois as empresas Barra, Via Rio e o governo do estado do Rio acionaram ela na justiça, pois a mesma devia o INSS dos funcionarios, como eu havia dito no começo. Dai até os dias de hoje só piorou. O caso mais grave de não pagamento ocorreu em 2006 quando a Light cortou a energia da garagem por falta de pagamento, o que só foi resolvido através de uma decisão conjunta de desembargadores do TJRJ de tão grave que era a situação da empresa. Em 2007, a prefeitura deu ultimato a Feital para que a mesma comprasse novos carros ou reformassem. Tal situação foi resolvida quando a Feital comprou um lote de onibus Marcopolo Mercedes de motor trasereiro da 1001 utilizando como pagamento milhares de vales transportes de papel. Em maio de 2008 foi feita através de um dos fornecedores, o pedido de falência da Feital. Pedido este divulgado no jornal Valor Economico, através de uma nota minuscula. Em dezembro do mesmo ano seu pedido de falência foi aceito pela justiça. Em 2009, ela vende a 367 para a Campo Grande e a 756 é assumida pela prefeitura que transfere a operação da linha para a Andorinha e a Barra. Ja as linhas 856 e 875 continuam inativas.
Segundo fontes, Alfredo, um dos diretores da Feital inicialmente deu baixa nas documentações da empresa junto a forncedores. Depois fez o pedido de mudança de razão social e nome fantasia para Viação Padre Miguel junto a prefeitura. O que me intriga diante de todos estes fatos é por que a prefeitura tem sido tão complacente com a Feital? O que ela tem que as outras não tem? Ela está sendo a ultima a ser investigada neste processo de cassção de linhas, sendo que sua situação, como falei aqui é muito pior. Ela é massa falida e portanto ja era para ela ter sido cassada ha mais tempo. Segundo fontes, ela está comprando onibus usados da Santo Antonio de Caxias.
Fico triste com o fim desta empresa mesmo ficando estarrecido com o fato de ela voltar a operar sem ter a menor condição para isso. E fico mais estarrecido, pois ela tinha a faca e o queijo na mão para se expandir e ficar com um tamanho semenhante ao da Bangu e por puro descaso e má adminstração, ela chegou ao ponto que chegou. Tal situação é inadmissivel, pois suas linhas eram e são extremamente rentaveis, tanto as municipais quanto as intermunicipais. Varias empresas de ônibus quiseram suas linhas e a ela mesma e o seu dono pouco se importou com isso. Era uma empresa muito guerreira que tinha tudo para dar certo e que lamentavelmente chegou a aonde chegou: ao fundo do poço, se é que este poço tem fundo. De qualquer forma vamos ver no que vai dar isso. Penso que dar oprutnudade a esta empresa é uma tremenda injustiça, pois se fosse para ela melhrar ela teria melhorado ou nunca teria chegado aonde chegou. De qualquer forma agirei como Tomé, só acredito vendo. Boa sórte, se é que há sorte nisso. E só!
Creditos das fotos: saudoso Paulão, o também saudoso Pedro Oliveira, ao site Cia do Onibus do Sidney Junior e ao Alexandre Brito do site Onibus do Rio.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Sobre o futuro das ondas curtas

Eu comprei um radio ondas curtas no natal e confesso que fiquei muito triste com algumas coisa que ouvi no dial de Oc. O que tem de emissora de estelionatário de Cristo não tá no gibi. Pode paracer que este texto não tem nada ver, mas tem. E o fato de o SGR ter vendido ou arrendado os canais de OC para IPDA foi um absurdo total. Isso é um absurdo para um grupo de comunicação que combate estelionatarios como Edir Macedo, do qual tenho nojo. Poderiam ter vendido ou arrendado para qualquer outro grupo de comunicação, mas para estes foi demais. Na verdade, eles poderiam ter colocado o sinal da CBN no OC, que como havia falado antes, é uma radio apropriada para esta faixa de frequencia e agora com a possivel digitalização desta faixa que pode promover a revitalização da mesma no mercado nacional, eles perderam a oportunidade de estarem inseridos dentro deste contexto. Foi uma total falta de visão geral. Vale lembrar que a programação da Excelsior, hoje CBN São Paulo, dos anos 80, programação precursora da CBN, era transmitida em OC em 31m na frequencia de 9585khz. Hoje esta frequencia está ocupada por um estelionatario de Cristo. Quando digo que a O SGR pode ter arrendado e não vendido é porque embora conste no nome principal o nome das empresas dos estelionatário DAvid Miranda, nos endereços auxiliares consta os endereços do SGR do Rio e de Sampa. Portanto e assim espero, tomara que seja apenas um arrendamento, pois emissoras como Itatiaia, Inconfidencia e Bandeirantes continuam a transmitir seu sinal de OC regularmente. Mas no OC tem muita emissora em espanho evangélica, fora as nacionais. Virou uma praga. E de pensar que no Motoradio da minha mãe ha 10 anos atras, eu ouvia Charme na faixa de 31m emitido por uma emissora americana e agora vejo esta decadência que hoje muito me entristece. Apesar de tudo, dico que ainda vale apena ouvir ondas curtas, poistem muita coisa boa por lá ainda.
O mundo do Oc é fantastico. Nele podemos ouvir programações exclusivas em português como de emissoras da China, Canadá e Russia e saber como são seus cotidianos. E um excelente meio de comunicação para quem vive em zonas rurais e nas florestas. Você não fica isolado do mundo ja que a internet, embora tente fazer dela um substituto das ondas curtas, ainda não chegou nos lugares mais longínquos do mundo e colocar uma webradio gera-se custo não só de divulgação, mas principamente de aluguel de espaço em provedor, fora a limitação do numero de ouvintes que se forem muitos pode deixar transmissão muito lenta gerando cortes nas musicas. E mesmo os computadores, nem todos tem ainda condições de comprar, mas um radio de Oc tem. Fora que uma emissora de OC não fica fora do ar por causa queda de energia, pois esta tem gerador, não fica muda por causa de multiplos acessos e seu sinal é captavel em qualquer lugar, cumprindo asim a celebre frase de Roquete Pinto de que o radio é o meio de diversão e informação do pobre. E ainda por cima você fica sabendo de informações que a grande midia nacional não divulga, um exemplo é o do caso do Haiti onde se dizia apenas que os EUA, ONU, França, Brasil e Mexico estavam ajudando e no entanto, a China também está ajudando e isso não foi divulgado pela grande midia brasileira.
Enquanto no Brasil, a maior parte dos grupos de comunicação viraram as costas para esta faixa de frequencia, no exterior ela é cada vez mais ouvida, sobretudo em locais de zona rural de paises como Russia, China, na Africa e no Oriente Médio. Mesmo em em regiões urbanas das regiões citadas, sua audiência tem cada vez aumentado. O que tem mais chamado a atenção nestes ultimos anos é lamentavelmente a quantidade de emissoras religiosas, sobretudo evangélicas e musulmanas. Aqui na América Latina, está infestada destas radios evangélicas, que só tem algumas excessões que são boas de ouvir, o resto pertence a estelionatário religiosos que sabem que ao explorar a religião não serão presos como seriam se cometessem atos de estelionato comum. Ja na Europa, Asia e Africa predomina as radios islâmicas, que praticam seu proselitismo religioso, que para nós brasileiro é até bom ouvi-las ja que pouco ou nada conhecemos desta religião, que se expande de forma assustadora no planeta e que o que sabemos dela só são coisa ruins como terrorismo, machismo extremo, ausência de liberdade individual e mistura de Estado com religião. Eu não estou defendendo o Islã, pois não gosto dele no que se refere aos casos citados, exceto o terrorismo, que não é prática dos seguidores desta religião ao qual se atribui injustamante, mas para conhecermos como ele de fato é o que ele prega . Eu, do ponto de vista religioso, sou agnóstico, mas sou aberto ao dialogo religioso, mesmo religiões do qual fiz parte e hoje tenho uma visão negativa como a evangélica. E no caso das evangélicas da América Latina, ha radios boas como por exemplo a HCJB e a CVC, que conseguem ter uma programação deste seguimento que dão de dez a 0 na Melodia e na El-Shaday 93fm juntas. Se estas duas radios estivesse no Fm daqui do Rio ou de qualquer outra cidade brasileira, colocariam a Melodia e a 93fm e outras na lanterna do dial evangélico de tão boas que são. Possuem programação equilibradissimas e muito bem feitas com um setor de jornalismo de primeira e sem serem proselitista ao extremo. Seria algo como a saudosa Mundial 1180 se tivesse ido para o FM e concorrido com a também saudosa Antena 1,JbB e Sulamérica Paradiso, por exemplo. Teria colocado estas radios la embaixo.
Tirando isso, vale apena ouvir ondas curtas. Nele se adquire muita cultura geral, mesmo em épocas de internet. Durante o dia é possivel ouvir emissoras nacionais que não abandonaram as ondas curtas como a Nacional de Brasilia, Senado, Bandeirantes, Itatiaia e Inconfidencia. Não ficamos restrito ao eixo Rio-São Paulo e dessa forma obtemos informações detalhadas dos cotidiano de nosso pais que não é divulgado na Tv e no Radio AM/FM. A noite, é possivel ouvir emissoras como a Radio Internacional da China, Radio Canadá, Radio Voz da América em espanhol, Radio Portugal e dessa forma não só saber o cotidiano desses paises, mas também a vida dos brasileiros imigrados de lá. Na radio Canadá, há uma seção que fala da vida dos brasileiros que lá vivem, em particular os estudantes que praticam intercâmbio, no que se refere a distancia das familias, nas republicas e na casa de familias que são escolhidas para abrigar estes estudantes brasileiros. No natal do ano passado, eles fizeram uma programação dedicada a estes estudantes e tratando do fato que como eles se sentiam de estarem longe de suas familias numa época como o natal. Ja na Radio China, ha uma seção que ensina como falar mandarim, o idioma oficial da China, que possui varios idiomas e dialétos.
Com relação a esta faixa de frequencia, mas precisamente o da faixa de 11m ou 27mhz, ha rumores de que empresas de telefonia estão de olho nesta faixa e em várias outras para expandir os serviços de internet e de telecomunicações digitais. Isso tem deixado os radios amadores muito preocupados, uma vez que esta faixa tem andado vazia não só por radio amadores como por pessoas comuns que trocaram esta faixa por radios Nextel ou salas de bate-papo na internet. No passado, se ouvia de tudo, até cantadas. Com o advento da internet, houve um esvasiamento parcial. E no caso daqueles que utilizavam para trabalho como caminhoneiros, estes em sua grande parte, estão optando por usar Nextel. E os Radio Amadores, a faixa de 2m. Com este esvaziamento e o congestionamento das faixas de UHF, SHF e VHF alta, fez com que operadoras de telecomunicações ficassem de olho nestas faixas, principalmente para uso de internet, pois é possivel transmitir sinais digitais de grande quantidade de bits nestas faixas e se aproveitando também do fenômeno da reflexão da ionosfera, que se bem aproveitado, pode reduzir custo com manutenção de satelites e de fibra ótica. O governo no intuito de agradar estas empresas acenou com uma PEC( projeto de emenda complementar) no ano passado tratando do assunto. Varios radio amadores estão extremamente preocupados com isso, pois além de possivelmente matarem a faixa de 11m, o governo poderá ir em cima das faixas de 10m,15m e até na de 40m alegando baixa utilização e para fins utilidade pública.
Uma outra possibilidade, essa boa e que vai ser tratada este ano, é a da digitalização das faixas de radiodifusão de ondas curtas. O governos está escolhendo não só para esta, mas para o AM e o FM o padrão digital a ser utilizado pelas emissoras de radio. No caso das ondas curtas, o governo acena escolher o DRM, por ser adequado a ela e estava querendo criar as chamadas radio por assinatura nos mesmos moldes da TV a cabo juntamente com este projeto de digitalização da faixa. Caso se escolha logo o padrão digital das faixas de FM/AM/OC, vai ser a salvação delas no que se refere ao mercado brasileiro, pois no caso das ondas curtas há um forte esvasiamento de ouvintes nesta faixa, como tem ocorrido no Am também. E no caso do FM, vai barrar as radios piratas que tanto tem incomodado as emissoras comerciais e a aviação, assim como vai criar varios outros canais de radio. Em todas estas faixas, numa unica frequencia será possivel abrigar até 4 emisoras de radio e não apenas uma como é hoje. Isso sem falar na qualidade de audio delas que irá melhorar drasticamente. Vai ser uma tremenda revolução, mas que vai demorar muito para se concretizar como tem ocorrido com a TV digital que nem as emissoras e a industria estão dando a devida atenção a ela. Torçamos para que o padrão digital seja escolhido em breve. Quanto as ondas curtas, ouçam!Vale a pena ouvir! E só!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sobre o fim melâncólico da Oriental

Assim como a Tv Tupi, a pioneira Transportes Oriental teve sua circulação proibida desde de 0:00 do dia 10/01/2010. Quem assumiu suas últimas linhas foi a Pégaso, enquanto que a Andorinha assumiu a outra variante da 790 ainda operada por ela. Assim como na Tv Tupi, que teve policiais federais e funcionários do Dentel para lacrar os transmissores, na Oriental não foi diferente. Na porta da garagem tinha PMs, fiscais da SMTR e guardas municipais para impedir a circulação dos ônibus da empresa. Tais operações foram extendidas também para as ruas, avenidas e na rodoviaria de Campo Grande.
Tal situação, como eu já vinha falando a tempos, é muito triste para uma empresa que foi a maior da Zona Oeste do Rio e que começou em Bangu, próximo ao Campo do homônimo, em 1958. As próximas a terem suas concessões cassadas serão a Ocidental e a Feital, sendo que esta última tinha que ter sido cassada primeiro, pois estava em situação muito pior que a da Oriental e já era desde dezembro de 2008 uma massa falida. Ja a Ocidental esta além de continuar rodando, recuperou varias linhas, inclusive as linhas 812,813 e 819 que estavam com a Bangu. Destas é a unica que pode ter alguma sobrevida.
Como ja foi dito aqui, quem assumir estas linhas destas três empresas terá de colocar nas linhas com destino ao Centro ônibus articulado. Isso para linhas como 397, 398 e s14 é moleza. E para linhas como a 367? No caso da 367 vai ser um desastre só, pois esta linha circula por várias ruas estreitas. Como é que vai ser estacionar um ônibus articulado numa praça como o Campo do Periquito em Realengo ou mesmo no terminal da Praça XV? Ambos são ultra estreitos, e no caso do Campo do Periquito ainda teriam problemas com os moradores, pois estes estacionam seus carros em qualquer lugar, fora a quantidade de curvas fechadas e estreitas que os articulados terão de passar principalmente em Realengo e Magalhães Bastos. Gostaria de saber como o prefeito irá resolver isso, pois colocar articulados em uma linha como a 367 é algo dificil de se conceber.
Sobre a padronização, o prefeito desistiu por enquanto, de padronizar as pinturas das empresas de ônibus da capital. Graças a pressão branca(sem alarde) feita por busólogos, sites especializados em ônibus, população de forma pacífica através de pesquisa e de boa parte dos empresarios da Rio ônibus, felizmente este projeto não saiu do papel. Agora também desde o dia 11/01/2010 começou o projeto bilhete único, no qual o usuario tem que se cadastrar para utiliza-lo e pagar apenas R$4,40 por duas horas em viagens intermunicipais da região metropolitana entre trens, metrô, vans intermunicipais e ônibus. E o começo, mas fica muito deficiente pelo seu valor alto e de não poder fazer integração entre linhas municipais.
Voltando ao caso Oriental, a Pégaso ao assumir as linhas da primeira, colocou micrões nestas linhas gerando insatisfação dos passageiros e onibus com ar a R$4,40. Vale lembrar que a Pégaso volta operar linhas urbanas convencionais depois de quase quinze anos desde a criação da Oeste, sendo que esta remanjou metade das linhas com destino ao Centro para Coelho Neto como a 380 e a 399, por exemplo. Esta empresa tem sido alvo de denuncias,pois acabou com os onibus convencionais, colocando no seu lugar micros, micrões, semi-frescões(onibus urbanos convertidos em frescões rodoviarios), desativou linhas, demitiu cobradores e até colocou em situação de risco e constrangimento uma mulher grávida de oito meses ao obriga-la a passar pela roleta, ja que estes ônibus semi-frescões só tem uma porta. Tais problemas também atinge as empresas Expresso Mangaratiba e Algarve que são do mesmo grupo do qual fazem a Andorinha, Breda, Auto Diesel e Via Rio, sendo que estas duas estão sob a mesma gestão da Oeste ao contrário das outras. O que mais chama a atenção é que os moradores de Campo Grande e SAnta Cruz tem reclamado a imprensa e aos orgãos do governos e os mesmos nada fazem. Vel lembrar que a propria Feital só foi investigada a situação dela depois da dupla Oriental/Ocidental, sendo que a primeira estava em situação muito pior que as outras duas. Enquanto isso a Bangu segue, com a excessão da 790,398 e s14, anexando linhas da Oriental. A ultima que ela reativou foi a S10 também da Oriental.
Com o fim da Oriental, a maior parte dos ex-funcionarios estão migrando para a Pegaso ja que esta assumiu assumiu suas ultimas linhas. Chegou a se formar uma fila na porta da garagem da mesma em Inhoaíba de futuros funcionários da mesma, ex - Orientais. A outra parte deve ir para a Bangu que está com um forte deficit de profissionais e sofreu uma forte expansão no ano passado e que deve continuar este ano com inauguração da prometida garagem em Campo Grande.
A Oriental é mais uma empresa que ficará na história do transporte urbano do Rio de Janeiro como uma empresa que altos e baixos, que foi a maior da Zona Oeste e que agora encerrou suas atividades de forma triste e melâcolica. Ficará na lembrança de milhões de pessoas que utilizaram sse não foi todo dia, pelo meno uma vez na vida. Foi uma empresa que marcou não só nos transportes como na vida das pessoas daquela localidade, principalmente em Bangu, onde ela nasceu. Ficará nas lembrança de muita gente, não só busólogos como ficou a CTC, Mosa, Paraense, Feital, Luxor, Anatur e tantas outras, mas com unma diferença, chegou a completar 50 anos como Michael Jackson e foi tão grande como ele em seu respectivo setor. Morreram com 50 anos cada. E só!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Um balanço de 2009 e inicio da primeira semana de 2010

O ano que passou foi um ano de muitos acontecimentos importantes, tanto aqui, como no exterior. Destes acontecimentos, o que mais marcou foi, é claro é a morte de Michael Jackson. Aqui no Brasil foi a vitoriosa campanha do Rio para as Olimpiadas de 2016, o enfraquecimento da crise de 2008, vitória do Flamengo e o retorno do Vasco para a primeira divisão do Brasileirão. Ja as negativas foram a gripe suina, a morte de Clodovil Hernadez, fim da Radio Antena 1 Rio, o agravamento da situação das empresas de ônibus Oriental e Ocidental, o fim da Feital, o fim melâncólico da Radio Mundial 1180 e o mais grave de todos, os deslisamentos causados por temporais que atingiram Angra dos Reis no dia 31/12 com 60 mortos. Este evento fechou de forma trágica 2009 e um dos lugares destruido foi o distrito de Vila Velha, onde meu avô nasceu em 1912.
Quanto a 2010, este ano promete. Ele começou com a perempção das concessões da empresa Oriental que assim como a Tupi também era pioneira, era uma empresas de ônibus mais antigas da Zona Oeste e teve todas as suas linhas cassadas e postas para licitação nesta primeira semana de 2010. Segundos informações não confirmadas, a Ocidental e obiviamentea finada Feital também tiveram suas linhas cassadas e postas para licitção também, fato este que irei confirmar também. Apartir de segunda- feira a Pegaso assumirá a 398 e a S14 e empresas como a Andorinha e Bangu que assumiram suas linhas em carater parcial agora assumirão estas linhas na sua totalidade até que o vencedor seja escolhido. Vale lembar que para as linhas do Centro, a empresa que ganhar terá que adquiri ônibus articulado. Um fim triste para uma empresa que foi a maior e mais importante da Zona Oeste e que começou em Bangu, mas precisamente na praça Guilherme da Silveira onde hoje é uma igreja Quadrangular.
Ja a boa noticia é que a Jovem Pan voltará em março nos 104,5 do Armando Campos segundo o site Tudo Radio. O Tutinha ganhou a queda de braço com a IURD e vai assumir a 104,5 em março. Luta essa que começou no final de 2007. Vale lembrar que os estudios da antiga Tropical estavam em reforma desde o inicio de novembro ese especulava a possivel volta da Tropical, da Original ou mesmo para uso da Iurd, que no caso deste ultimo foi descartado ja que este possui varios estudios na própria Iurd e na Record. Outro prenuncio da volta da Pan foi o lançamento oficial do site Jovem Pan Rio mantido por Waldyr Lage com autorização da mesma que ja anunciava sua volta ao Rio. Agora resta saber a situação da 107,9 que está nas mãos do Ministério Publico Federal, porém continua a transmitir a programação da Renascer. A situação desta radio será julgada também em março com possivel parecer favoravel ao Armando Campos. De qualquer forma dou meus parabens aos Tutinha pela vitória e pela empreitada de recolocar a Pan de volta no Rio. Torço também pela vitória do Armando Campos e com isso o retorno da Origina Fm ao ar. E só!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Saudações de natal e ano novo do Fatos Gerais




Leonardo Ivo, editor do Fatos Gerais deseja a todos um Feliz Natal e um prospero Ano novo repleto de realizações e de boas noticias para todos vocês. Que a gente possa comentar muitas coisas boas neste ano que se inicia! E só!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

E a Tv digital no Brasil e no Rio vai entrando nos lares lentamente


Segundo o site Rio Tv, do qual sou co-editor, a Band está fazendo teste no sistema de multiprogramação e com vias de criar um canal local voltado exclusivamente para o Rio, que nos do Fatos Gerais e do Rio Tv a parabenizamos pelo pioneirismo. Veja a noticia dada no Rio Tv do meu amigo Alexander Sabino:

"Band testa multiprogramação no Rio
Segundo relatos do forum HTForum, a Band estaria efetuando testes no canal secundário 7.2, exibindo imagens da Orla TV, não se sabe ainda o que seria esse Orla TV, mas poderia ser um canal regional, voltado para o Rio de Janeiro.
Segundo relatos também do HTForum, os testes terminaram e o canal 7.2 voltou a exibir imagens da Band em SDWide (480i)"

Enquanto isso a CNT nem sinal de vida. Segundo fontes minhas, eles ja compraram o transmissor digital que se encontra encaixotado la no Sumaré esperando ser instalado, porém por problemas relacionado as antenas e a adminstração la no Paraná ela até agora não foi instalado. Voltando ao assunto da Band, parabenizo não só ela, mas Rede TV! e a Tv BRasil por colocarem o sinal sinal de alta definição disponivel na maioria dos programas e no caso da Band pelo pioneirismo da multiprogramação e da possiblidade de criar um canal dedicado a nossa cidade. Tal pioneirismo lamentávelmente não pode ser dado a Globo e a Record, uma com sede aqui e a outra com uma fortissima base em nossa cidade. No caso da Globo o sinal é até muito bom, mas a maior parte da programação é em SD, ou seja, em baixa definição. Só novelas, fimes e alguns jogos são transmitidos em HDTV. A Record nem isso! E pior demorou um tempão para colocar seu sinal digital no ar. Ja o SBT merece os meus elogios,pois foi a primeira emissora a colocar sinal digital no Mendanha e ainda digitalizou seu sistema de links de transmissão no estado do Rio substituindo o Sumaré como hub de sinal (distribuidor) por sistemas de links dedicados via satélite.
Mesmo com todos estes avanços ainda sim tal expansão tanto aqui no Rio como no Brasil ainda é lenta. Em Brasilia só a Globo, Justiça, Tv Brasil e Record possui canais digitais. Estavam construindo uma torre projetada pelo arqueteto Oscar Niemeier onde se concetraria todas as antenas digitais. Esta torre ficaria em Candangoladia, ao contrario da analógica que fica no Plano Piloto. Diante dos ultimos escandalos ocorrido no governo do GDF não dá para se saber se esta obra irá continuar, mas as emissoras estão fazendo a parte delas instalando os sistemas irradiantes digitias em usas proprias torres.
O que me chama a atenção é o fato de mesmo investindo em equipamentos, as emissoras não estão fazendo uma campanha a favor da Tv digital. Falo isso, dando ênfase a Globo que sempre quando embarca numa nova tecnologia faz questão de promove-la da melhor forma possivel, porém no caso da TV digital não foi visto este interesse por parte da mesma. Nas lojas, eles até mostram como vantágem quando um televisor possui um conversor digital embutido, porém não sabem mostrar as vantagens desta tecnologia para os consumidores, se é que ha vantagem agora. De uma maneira geral, no Brasil todo a Tv digital segue se expandindo lentamente, mas não ha qualquer forma de incentivo nem por parte das emissoras, do governo, dos fabricantes de eletroeletrônicos e mesmo das lojas de eletrodoméstico no intuito de incentivar a população a migrar para TV digital. No caso das lojas de eletrodomésticos os mesmos estã preferindo dar ênfase ao Blue-Ray que foi lançado a pouco mais de dois anos. No caso da Globo, a mesma está investindo e divulgando seus canais a cabo digitais em HD da sua subsidiaria Globosat em detrimento ao seu canal aberto digital. E no caso da industria eletroeletrônica a mesma ainda não abaixou o preço do conversor de forma a torna-lo disponivel a população. A unica esperação de expansão macissa da Tv digital poderá ser ano que vem na Copa do Mundo de 2010 embora ainda sim os entes que citei nem utilizam tais pretextos para promover a Tv digital. Deste jeito vai chegar em 2016 e poderá haver uma grande possibilidade de pelo menso 80% da população ainda esta assistindo programação analógica em suas casa caso o estes entes nada ou pouco façam para mudar este quadro. Caso isso aconteça, ou eles irão prorrogar este prazo, ou irão tirar o sinal na marra como foi feito nos EUA onde milhões de pssoas ficaram sem sinal analógico 15 anos depois de lançada a Tv dgital por lá. De qualquer forma me estranha a lenta expansão desta nova tecnologia que se bem aproveitada poderá gerar empregos para muita gente assim como qualidade de imagem em nossos televisores. Enquanto isso o Radio digital até agora não foic definido a sua tecnologia estando na estaca zero suas negociações e pesquisas.Por hora iremos aguadar os acontecimentos de ambos. E só

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Favela Bass, esse é o nome do funk Carioca

Como eu ja havia escrito aqui em postagem anterior e agora neste momento, o funk carioca nunca foi funk em hipotése alguma. Ele como ja foi dito aqui é derivado do Miami Bass que é um tipo de musica eletrônica derivado de forma muito longiqua do Soul, mas parente próximo do Dance Music e dos ritmos musicais derivados do Krafwark. Do Miami Bass, surgiram o TEchno e Favela Bass, chamado erroneamente de funk. Funk como eu ja havia dito, é um ritmo com musica e batida e que cujos seus interpretes em geral tem de ter excelentes vozes. Até o Rock é funk, pois é un primo deste surgido blues que tem parentesco com Soul. O Disco Music, o R&B(conhecido aqui no Brasil como Charme), Funk Melody e outros similares são funk. Jao rap que aqui também era chamado de funk na década de 90 e era cantado por MC Marcinh, Cidinho e Doca e outros também não era funk e sim um precursor de Hip-hop brasileiro, corrente esta no Rio de Janeiro que morreu junto com o verdadeiro funk. Chamar de funk o Favela Bass é ofender Tim Maia, George Benson, Sandra de Sá, Big Boy, Cidinho Cambalhota, Luther Vandross e muitos expontes da musica mundial.Ja que o Favela Bass só serve para denegrir os intérpretes do verdadeiro funk, as mulheres, o favelado, o negro brasileiro,o carioca, ou seja, ele rebaixa a sociedade por completo. Ele promove o crime, sexualidade exarcerbada, a pedofilia e a corrupção. O seu pai, Miami Bass, fez tudo isso nos EUA, e quando os americanos perceberam a bomba que era aquele ritmo trataram de reprimi-lo a ponto de extingui-lo, pois fez os mesmos estragos que está fazendo aqui e com a mesma associação com crime organizado de lá. E depois jogaram e impuseram este lixo como tantos lixos de diversas naturesas aqui nos paises subdesenvolvidos para dominar melhor a população pobre, assim como fez o Reino Unido ao vender um conteiner de lixo para nós este ano. Pensem nisso! E só

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sobre a entrevista evasiva e nada esclarecedora do ministro Gas Voador Costa

Estive vendo o programa Roda Viva da Tv Cultura, retransmitido aqui no Rio pela Tv Brasil(um dos excelentes programas não foram retirados da grade, graças a Deus!) e assim como muitos que viram, ficaram desesperançosos e decepcionados com o ministro das Telecomunicações Helio Costa. Disse que nada ia fazer com relação a qualquer irreguralidade em relação as radiodifusões ( em off, não irá combater radios piratas na prática). Veja os comentarios dos Blog Jornalismo B. Farei e no Tributo Ao Radio do Rio de Janeiro do nosso amigo Marcelo Delfino:
"Governo não mudará mais nada no rádio nem na TV
Se alguém ainda esperava alguma mudança positiva no Governo Lula com relação à fiscalização do serviço de rádio e TV aberta no nosso país, é bom o nobre leitor perder as esperanças.

Ontem, o ministro das Comunicações Hélio Costa foi o entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura. O programa é ancorado por ninguém menos que Heródoto Barbeiro, um dos "pais" da ideia da CBN FM. O tema principal era a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), mas é claro que outros assuntos foram abordados.

A entrevista foi comentada em postagem do Jornalismo B. Farei comentários em cima de trechos da postagem.

Infelizmente, logo no início, o ministro já frustrou os que ainda esperavam resultados concretos da Confecom, afirmando que ela fornecerá subsídios para o Congresso agir, mudar para melhor o marco regulatório, mas que será muito difícil isso acontecer ainda esse ano ou no próximo.

Isso joga uma pá de cal na esperança de gente da extrema-esquerda, que esperava que Lula fizesse no Brasil algo parecido com o que os presidentes Cristina Kirchner (Argentina) e Hugo Chávez (Venezuela) fazem em seus países, tipo devassa nas emissoras não alinhadas, fechamento de emissoras tidas como oposicionistas ou golpistas, etc. Também freou um pouco as suspeitas da ultra-direita, que tinha suspeitas no mesmo sentido.

Ele vê como uma “evolução natural” a concentração dos meios de comunicação, e que os veículos são “direito adquirido”, no qual não se pode mexer. Rasga a Constituição (art. 54) ao dizer que os políticos não podem estar em posição de mando de um grupo de comunicação, mas que podem, sim, ser acionistas, cotistas. “A essas alturas dos acontecimentos, vai ser muito difícil consertar o passado”. Não demonstra interesse em democratizar. Ou seja, deixou claro que, no que depender dele, nada vai mudar.

Eu não sei se isso é preguiça ou má vontade da parte do ministro.
Apesar disso, elogiou as mudanças na Argentina, mas se enrolou todo ao falar do controle social da mídia. Para ele, essa é “das expressões mais temerosas” que surgiram nas discussões pré-Confecom. Foi enfático ao afirmar que o governo não vai levantar a questão. E chegou a admitir: “existe um acordo de cavalheiros entre as partes para não discutir o controle social da mídia”.

Se a realização da Confecom é um grande mérito do governo Lula, isso não anula o fato de que ela vem capenga, com diversas deficiências já mencionadas aqui e aqui. A demora em convocá-la, segundo o ministro, se deu porque “é muito difícil convocar conferências” e mais ainda “colocar na mesa para negociar todos os setores envolvidos com comunicação”.

Ou seja: na gestão do Governo Lula, há a mesma natureza que os governos Sarney, Collor e FHC tinham com o tema: deixar os radiodifusores prestarem um péssimo serviço. E esse "acordo de cavalheiros" deve envolver, naturalmente, toda a base de apoio de Lula, que vai desde o grupo Record-IURD até os políticos aliados e "donos" de rádios e TVs. Entre eles, o próprio Hélio Costa e seu suplente no Senado, Wellington Salgado.

Por fim, a respeito das sublocações dos canais de TV, principalmente por igrejas, “não é tão simples de resolver”. Tudo é complicado para Hélio Costa. Demonstra uma falta de vontade política de resolver os problemas quando eles tocam nos interesses de gente graúda.

Pois bem, o ministro claramente defende, como todos já sabemos, os interesses dos grandes meios de comunicação. Saiu-se bem em alguns pontos, falou razoavelmente bem da Confecom, criticou os setores empresariais que se ausentaram, mas faltou uma defesa mais enfática da efetiva democratização que se espera de um ministro comprometido com o interesse público, com a função social da comunicação.
Ou seja: continuará a picaretagem gospel, a jabazaria, a politicagem e a patifaria generalizada no rádio e na TV.

E ainda há otários que defendem o Governo Lula. Tal como há ainda quem defenda Sarney, Collor, FHC...

Texto publicado originalmente no Tributo ao Rádio do Rio de Janeiro."
A prova disso foi há pouco mais de dois meses atrás quando denunciei uma radio pirata la em Realengo que interferia no sinal da Tribuna 88,5. Eles dão um prazo de 45 dias uteis para resolver tomar alguma posição em relação a denuncia. Passou este prazo e por incrivel que pareça tanto o call center da Anatel como a sua filial no Rio nada fizeram. Diante deste fato e dos arrendamentos nada posso esperar do Minicom e da Anatel, ou se preferirem Antel, de anta. Quem quiser montar radios piratas ou gatonet fiquem livres para faze-lo, sobretudo radios piratas que o Minicom, Anatel e PF nada irão fazer contra tais atos e ainda vão abençoar quem faz isso. Isso é uma vergonha. E só!

A entrvista completa está neste endereço:http://jornalismob.wordpress.com/2009/12/07/entrevista-de-helio-costa-ao-roda-viva-confirma-sua-defesa-das-grandes-empresas/

Ver também em www.radiorj.com.br

domingo, 29 de novembro de 2009

Sobre o filme Iracema, Uma Transa Amazônica e a atriz Edna de Cassia


Estive passeando pelos canais de Net, em particular pelo canal Brasil, que é um dos meus preferido e vi um filme simplesmente atual mesmo tendo sido filmado ha 34 anos atrás. Trata-se de Iracema, Uma transa Amazônica. O filme simplesmente é excelente em história, enredo, cenas e atuação dos atores em geral, em particular dos atores Paulo Cesar Pereiro e ata efêmera atriz Edna de Cassia.
O filme retrata a vida cotidiana na região norte, em particular na Rodovia Transamazônica e em Belém. Ele retrata especificamente os impactos negativos da abertura da Transamazônica e a vida miserável das pessoas que vivem a margem dela e na cidade de Belém do Pará. Os impactos negativos que cito na frase anterior são exatamente o que vimos hoje retratado de forma extensiva pela grande midia nos dias atuais como grilagem de terras, prostituição, desmatamentos, queimadas, e muita miséria provocada por tais situações. A unica coisa não retratada neste filme foi os assassinatos por causa de terra, mas o resto que vê pensa que o filme foi feito este ano de tão atual que é. História se passa diante de dois personagens: Iracema(Edna de Cassia), Tião(Paulo Cesar Pereiro). Iracema era uma menina de apenas 15 anos que vivendo miséria no suburbio de Belém decide se prostituir.Ao ir a uma boate conhece Tião, um caminhoneiro que a leva para varios lugares da Região Norte. Em varias situações eles se desencontram e nestes desencontros ela tenta se prostituir, porém sempre acaba se ferrando e sofrendo as mais diversas formas de violências possiveis. e nos varios lugares por onde circulam são mostrados a miséria provocada pelo suposto Milagre Economico Brasileiro, através da construção da Transamasônica, desmatamentos grilagem, queimadas e todo tipo de agressão ao ser humano e ao meio ambiente. Numa das cenas a Iracema estava tão desacreditada em si mesma que uma senhora quis ensinar a profissão de constureira e ela recusou veementemente. Em uito triste, mas vale apena assistir.
Tal filme, óbviamente foi proibido no Brasil não só pela história em si que desmascarava o regime militar como também foi considerado pelo mesmo como filme estrangeiro. Ele foi uma produção teuto-franco-brasileira, tendo seu trabalho iniciado por uma emissora de tv alemã. O autor do filme, Jorge Bodansk, era jornalista da Realidade, precursora da Veja da também editora Abril. Ele teve a ideia de fazer este filme em meados dos anos 60 ao fazer uma reportagem sobre a rodovia Belém-Brasilia e ver toda a realidade a sua volta. Este filme só foi lançado no circuito nacional seis anos após sua estréia em 1975, sendo que só foi lançado oficialmente em 1981. Antes, ele ja havia sido visto em vários paises e no Brasil ele foi visto de forma clandestina. No exterior ele ja havia ganho diversos prêmios de uma forma geral e no Brasil só ganhou prêmio no ano de seu lançamento em 1981. Hoje este filme é considerado cult pelo carater de documentário que ele se apresenta. E tma mais ainda nele de interessante para quem estuda midia e faz emfoque disso como o site O Kylocyclo: ele mostra o inicio do auge das musicas brega-popularesca, pricipalmente nas cenas de boates, ou seja é uma file que é uma verdadeira profecia.
Com relação aos atores me chama a atenção a biografia dos protagonistas, em particular da atriz Edna de Cassia. Ela foi descoberta num programa de auditório em Belém pelo produtor do filme. Ela chamou a atenção, pois tinha as caracteristicas que o autor do filme, Jorge Bodansk precisava: ela tinha um corpo bonito e uma forte aparência indigena, além disso mostrou um excelente talento de atriz. Por ser menor de idade ja quela tinha apenas 15 anos, o diretor do filme teve de pedir permissão a mãe da atriz que inicialmente era radicalmente contra, pois as filmagens estavam atrapalhando seus estudos. O que mais me chama a atenção é duas situações vivdas pela ex-atriz: a primeira é a que ela não quis seguir a carreira de atriz ,pois achava que não tinha a menor vocação. A segunda, é que seis anos apos a filmagens do filme, ela vivia na miséria no suburbio de Belém com um filhe de 3 anos nos braços aos 21 anos de idade trabalhando como lavadeira. E uma pena isso ter acontecido na vida dela, com a unica excessão de não ter se tornado prostituta, pois teve o mesmo destino de sua personagem: a miséria. Se ela tivesse seguido a carreira de atriz com talento que tinha e a sua beleza hoje ela seria uma atriz consagrada em situação muito melhor que Sônia Braga e no mesmo patamar de Regina Duarte, Betti Faria, Natalia do Vale e Susana Vieira e estaria em papel de destaque na Globo ou na Record, por exemplo. Hoje ela está com 50 anos e seu filho deve está com 31 anos. Este foi o unico relato que encontrei da vida dela, depois disso nada mais se soube. Como ela deve está hoje? Será que sua situação melhorou desde 1981? E do seu filho o que ele faz hoje? Ja deu um neto para ela? E outra, pouco provável, será que ela retomou sua carreira de atriz anos depois? Quem souber me responda!
Ja sobre o Paulo Cesar Peréio este é uma ator consagrado que ja tinha feito varios filmes e novelas antes deste e sempre como papel de mulherengo. Neste filme por conta dos papeis de mulherengo ele nunca fazia cenas com ela soziho para preservar a imagem dela e dele proprio ja que ela era menor de idade no fime e na vida real. Depois deste filme, ele fez várias novelas e filmes sendo que sua parcipação mais marcante foi em varias campanhas publicitárias onde ele era locutor e as trÊ mais famosas dele são: as das calcinhas Valisere, a do Plano Real e a da Campanha de eleição do Presidente Lula em 2002. Hoje ele faz um programa no canal Brasil. E um talento despediçado principalmente no que se refere ao mercado publicitário, pois tirando locutor e ex-apresentador Ferreira Matins, a maior parte dos locures de comerciais tem vozes irritantes com um forte sotaque paulistano coisa que ele, o saudoso Luis Armando Queiroz, Ferreira Martins e outros do Rio e de outros estado não tem. Além disso é um excelente ator.
O filme ainda é vendido no mercado livre a R$50.00,00 e é este preço por ser raro de encontrar. Vale a pena assisti-lo, pois além de ser uma excelente história, conta de forma profética como seria o Brasil da Região Norte 30 anos depois. Quem puder assista. E só!

sábado, 21 de novembro de 2009

Câmara de Deputados pretende abrir CPI dos arrendamentos de radio e TV

Conforme fôra noticiado no site Tudo Radio, a Câmara de Deputados pretende abrir uma CPI para apurar as denuncias des subconcessão de de canais de radio e Tv, o que é proibido por lei. A relatora é a deputada Luiza Erundina, que poderá se redimir com varios eleitores se conseguir caminhar com essa CPI para frente e conseguir apartir dela acabar com essa farra de arrendamentos de radio pelo pais a fora. Quando falo em se redmir, é porque foi ela quem acabou com a diversidade de pinturas das empresas de onibus da capital paulista quando ela era prefeita desta cidade, através da famigerada padronização que o senhor Eduardo Paes que colocar aqui no Rio. Se ela conseguir obter execelentes resultados nesta CPI, ela ja ganha meu perdão parcial e pontos comigo e com muitos busólogos que também são radiologos. Vejamos a materia do Tudo Radio:

"Arrendamento de rádios será debatido na Câmara

Um requerimento da deputada federal paulista Luiza Erundina (PSB-SP), solicitando audiência pública para debate sobre a prática de subconcessão por empresas de radiodifusão, foi aprovado nesta quarta-feira pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), da Câmara dos Deputados. A prática, que consiste no “arrendamento” da concessão concedida pela União a terceiros, não é permitida por lei.

Segundo o parecer do jurista Fábio Konder Comparato, que preside a Comissão Nacional de Defesa da República e da Democracia da OAB, a prática é ilegal, já que o concessionário não pode, de forma alguma, arrendar ou alienar a terceiro sua posição de delegatário do Poder Público. Comparato encabeça a lista de especialistas que devem ser convidados para debater o assunto.

Além de Comparato, devem fazer parte do debate o procurador da República Domingos Sávio Dresch da Silveira; Bráulio Araújo, representante do Coletivo Intervozes; Guilherme Stoliar, diretor de rede do SBT; Alexandre Raposo, presidente da Rede Record; Evandro Guimarães, vice-presidente das Organizações Globo e conselheiro da Abert; e Flávio Lara Resende, diretor administrativo da Abra. O Ministério das Comunicações também será convidado a enviar um representante para o debate. Mariana Mazza."

Na comunidade Dial Rio de Janeiro do Orkut, os participantes tem olhado essa possivl CPI não só com reserva, como também acham que não vai dar em nada, ou seja, acabar em pizza. Eu ja não penso da mesma forma, pois eu e assim como os outros participantes daquela comunidade achavamos que seria quase impossível uma CPI sobre o problema. Por isso, eu digo que ainda devemos ter esperanças e devemos fazer a nossa parte ao divulgar a um maior numero de pessoas possiveis e lotar caixa de emails destes deputados pressionando pelo fim dos arrendamentos.
Vale lembrar que não estamos sózinhos nesta luta, grupos de comunicação como Globo e SBT também estão sendo prejudicados. A Globo nos ja sabemos: Tupi e Bandeirantes, respectivamente Tupi 96,5 e 1280 am e Bandnews FM 94,9. Ja o SBT tem tido perdas de afialidas em varias partes do pais, sendo que esta perda não é para Record ou Band e sim para nada mais nada menos que Valdomiro Santigo que tem arrendado a maioria das emissoras que eram afiliadas do SBT. Por conta disso, SBT estará lutando contra isso junto ao Ministério das Comunicações, Anatel e agora na Câmara de Deputados.
O mais dificil vai ser enfrentar o lobby tanto dos arrendatários, quanto dos arrendantes, sendo que os dos arrendatários são bem mais forte. A maior parte dos arrendatários são de instituições pseudo-religiosa ou religioso-comercial como a IURD,IRC,IMPD,IPDA,IMPD,IGD e etc. Esta CPI também será cenário para uma queda de braços entre a Globo e a Iurd, pois a primeira vai procurar desestabilizar a ultima ao alegar e possivelmente provar de que a Iurd prejudica a concorrêcia ao arrendar radios e tv pelo pais a fora. Vale lembrar que a Iurd e uma das maiores arrendatárias de radio e Tv no pais, talves a maior. A revista Carta Capital fez a pouco mais de um mes atras uma matéria falando sobre os arrendamentos de radio e TV feitos por instituições comerciais-religiosas e os malefícios que tal situação pode provocar na sociedade brasileira. Nesta mesma matéria relata a luta do SBT contra os arrendamentos que lhe tem causado prejuizo conforme relatei neste texto.
Como eu disse, temos de fazer nossar parte enchendo caixa dos deputados da CPI com emails pressionando pelo fim do arrendamento e devemos divulgar tal matéria do Tudo Radio para o maior numero de pessoas possiveis. Temos de lutar por um radio e TV de qualidade e que seja feito por quem é profissional, competente e que ama o que faz. Por empresários e investidores que realmente saibam ganhar de forma justa, criativa e original o seu lucro cativando seus ouvintes e telespectadores com uma programação de qualidade e diversificada, e não ganhando dinheiro sem fazer nada.
Hoje boa parte do empresariado mundial quer ganhar dinheiro sem investir ou trabalhar por ele como vagabundos, ou seja, querem viver de renda com aquele pensamento de que o dinheiro tem que trabalhar para eles. Vale frisar que tal pensamento é que gerou esta crise economica grotesca de 2008 que ainda estamos atravessando. Poucos são os que realmente querem trabalhar ou investir em algo de qualidade, e são esses que viram paradigma e fazem a diferença.
Lutemos por uma programação de qualidade antes que seja tarde demais!O site Tributo Ao Radio do Rio de Janeiro também está nesta luta juntamente com este blog. È só!

sábado, 14 de novembro de 2009

Sobre o apagão do dia 10/11

Nesta ultima terça-feira(10/11), eu estava em Realengo no aniversário de 1 ano da minha sobrinha e quando foi por volta de 21:45 eu, minha tinha, minha mãe fomos para o ponto de onibus. Minha tia e seu neto embarcaram no primeiro ônibus que veio. Nesta momento eu fui levar minha mãe para casa quando o apagão aconteceu e como foi perto de casa levei minha mãe para la, de lá fui para casa da minha namorada. A principio eu pensava ser uma daquelas quedas de luzes localizadas onde falta numa rua ou bairro e permance com luz no restante da região, não foi o que aconteceu. Ao embarcar no onibus da linha 742(Cascadura x Padre Miguel), por todo lugar que passei era um breu só. Em muitas casa havia luz,pois muitos usavam lampadas de emergência e no caso dos grandes empreendimentos comerciais como shopings, gerador. Eu estava de posse de uma pequena lanterna de led que ganhei de um evento na Marina da Gloria e foi com ela que me guiei o tempo todo.
Peguei este onibus no intuito de pegar o metrô em Coelho Neto e dali seguir para Copacabana, mas não tinha idéia da extensão que o apagão causou. Ao passar por este bairro, o mesmo era uma escuridão só e o motorista me aconselhou veementemte a não desembarcar lá sob o risco de ser assaltado. O mesmo dirigia com medo, pois tinha medo que bandidos o parassem e incendiasse seu onibus, fato esse que ele relatava aos passageiros e aos parentes pelo celular. Desembarquei em Madureira onde tanto o trem quanto o metrô estavam parados por conta do apagão e no caso de Madureira, um trem ficou com seu farol acesso para facilitar a locomoção das pessoas. Dali peguei o 261(Mal.Hermes x Carioca) e por todos os lugares que passei era só escuridão. Assim que embarquei neste ônibus, eu liguei meu mp3 e fiz uma varredura na faixa de FM. varias emissoras estavam fora do ar, outras ainda se mantiveram por um tempo e logo sairam do ar também.Vejamos segudo esta lista:
Emissoras que ficaram permanentemente no ar:
FM O Dia
JBFM
OI FM
CBN
Tupi
NAtiva
Melodia
Bandnews Fluminense
MPBFM
BEAT98
Aleluia 105
Mec FM

Emissoras que ficaram fora do ar:
Fm104,5
Roquete Pinto FM
93FM
Transamérica
Catedral
Gospel
Nossa Radio
Tribuna.
Emissoras que ficaram parcialmente no ar:
Sulamérica PAradiso
Mix Fm.

Emissoras que fizeram cobertura parcial ou total do apagão:
Bandnews
CBN
Tupi
FM O Dia
Globo AM
MPBFM
Emissoras que permaneceram no ar, mas não fizeram a cobertura do apagão:
Nativa
JBFM
OI FM
Beat 98
Bandeirantes AM
Melodia
MEc FM
REde Aleluia 105

Dessas a que melhor fez a cobertura do acontecimento foi a Bandnews, pois esta colocou todo departamenteo de jornalismo e reportagem a disposição do evento, ou seja, 100% dos profissionais estavam presentes, inclusive o Boechat. E ainda fizeram mais, colocaram todos os canais de comunicões disponiveis ao ouvinte como telefone, twitter, email, celular e etc, a serviço da população. Enquanto isso a CBN e a Tupi só começaram a fazer cobertura do acontecimento quando o jogo acabou e no caso da Tupi fez uma cobertura chapa branca em defesa do governo federal. Outra que surpreendeu foi a FM O dia que deixou sua progração podre de lado para também fazero mesmo da Bandnews, ou seja, prestar serviço a população. E nesta hora que o radio mostra sua força e não só apenas o rádio, mas as radios de noticias que são alvo de críticas. Mais são justamente elas que nos colocam a par do que está acontecendo no momento, pois radio não é só musica e diversão, mas principalmente prestação de serviço acima de tudo ja que numa situação como essa onde não se tem como assistir T e nem todos os lugares tem cobertura de celular 3g e nem publico suficiente para isso, é nessas horas que o radio mostra a sua utilidade. E vou mais além, ainda que sendo no Fm, não deixa de perder tais funções citadas, pois o AM está sendo impiedosamente esquecido pelos fabricantes de eletro-eletrônicos portateis, diante disso tais radios acabam cumprindo sua função legal e contratual que e a de manter o cidadão imformado em momentos como esse.
Voltando a minha rotina, desembarquei do 261 entre a Presidente Vargas e a Rio Branco e dali peguei o 474 (Jacaré X Jardim de Alá). Ao descer em Copacabana, lá estava um breu só. E quando eu cheguei no prédio onde mora minha namorada óbvimante o elevador estava parado, então eu subi as escadas em direção ao 8º andar com a ajuda da minha lanterninha, pois sem ela não teria conseguido subir. Ao chegar na casa da minha namorada, eu liguei meu MP3 numas caixinhas de som e fiquei ouvindo a CBN, quando as 1:30 de 11/11 a luz voltou. Nas regiões mais abastadas como a Zona Sul, a luz voltou logo. Ja em regiões como a Zona Oeste Baixada Fluminense, a luz só voltou apartir das 5:00 da manhã. Sendo que no caso de Realengo e Jacarépagua a luz era para ter voltado a mais tempo, pois tais regiões ficam próximo do centro regional de ditribuição de energia elétrica de Furnas que fica no sub-bairro do Pau da Fome em Jacarépagua que por sua vez é distante 10Km de Realengo. Logo tais bairros deveriam ter tido a luz antes de Copacabana, por exemplo. A outra coisa que me chamou a atenção é com relação as usinas de Angra. Ai eu me pergunto: para que elas servem então? Ja que o Rio fica na ponta do sistema de distribuição de Itaipu, logo elas deveriam entrar no lugar imediatemente, senão fornecendo energia no lugar de Itaipu em definitivo. Dizem que elas foram desligadas para evitar danos. Tal desculpa é uma absurdo ja que se o problema não era nas redes que cobrem o estado do Rio, logo ela deveria ter entrado em operação bastando desligar momenteamente as conexões do Rio com Itaipu e conectando com Angra. Isso mostra o quanto se gastou dinheiro em algo que poderia ser bom e se tornou quase imprestavel e ainda preigosos ,pois em caso de explosão, não uma rota segura para se escapar de la, pois em angra não há aeroporto, a ferrovia que tem lá é extremamente precaria e as unicas estradas que tem lá são de mão unica, ou seja, temos uma bomba e não nos damos conta disso. Isso é uma Vergonha! E só

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sobre a possibilidade de padronização da frota de onibus do Rio





Segundo o site O Kilocyclo, o prefeito Eduardo Paes quer colocar aquele projeto horrendo de padronizar com uma cor só toda a frota de onibus da cidade do Rio de Janeiro repetindo o exemplo de São Paulo, Belo Horizonte, Brasilia, Aracaju e Curitiba. Tal projeto será uma afronta aos cariocas como foi para os moradores das cidades citadas.Isso porque a pintura individual da frota de cada empresa facilita não só a identificação da linha como também da propria empresa e a qualidade do serviço que presta de forma agil e direta, além de embelezar as cidades onde operam. Com a unificação das pinturas não só isso vai ficar prejudicado como também criará meios de disciminação das pessoas que moram no suburbio ou na verdadeira Zona Oeste com as pessoas que moram na Zona Sul ou na Zona Leste(Barra e Jacarepaguá). Quando falo em discriminação, falo isso,pois as pinturas irão identificar de que local a linha e a empresa é coisa que não acontece hoje ja que eles querem colocar as pinturas e acordo com a região, tamanho do onibus e tipo e serviço prestado, que falititará o preconceito, pois quem for de regiões mais abastadas irá olhar para onibus com pintura padronizada com o maior preconceito do mundo, pois facilitará a identificação onibus daquela região da qual hostilizam, no caso as mais pobres. Por exemplo se a linha for da Zona Sul ela será verde, se for da Zona Oeste ela será vermelha, se for micrão será cinza e por ai vai. Vai ser péssimo e tudo isso por causa das olimpiadas. Dava perfeitamente para organizar o transporte por onibus sem fazer isso. Tudo isso para imitar péssimos exemplos de outras cidades onde o serviço por conta unificação de pinturas só prejudica o turista e o morador da cidade e vai ser piór ainda no Rio onde ha possibilidade maior de se pegar um onibus errado e parar num lugar violento. E olha que exaltei a variação de pinturas das empresas do Rio num texto anterior a pouco mais de dois meses citando como exemplo para o pais e dizendo que tal situação ainda persistia, dando a entender de que um dia pudesse acabar. Torço sinceramente que a Rio Onibus se oponha a isso, ja que para ela isso vai gerar um custo muito alto em pintura das frotas de suas associadas, embora ela possa se beneficiar disso de forma excusa ja que para punir motoristas e suas associadas vai ficar bem mais dificil. Espero também que tal aberração não passe na Câmara de Vereadores. Nos busólogos e moradores agradeceremos muito a estes dois entes se lutarem contra este projeto. Até porque foi por causa das pinturas que eu e dezenas de crianças, hoje adultos, se encantaram e se encantam ainda hoje com hobby da Busologia. E só!

domingo, 25 de outubro de 2009

Nucleo Piraquara, a Cachoeira do Barata














No dia 17/10/09, Sergio Cabral e Carlos Minc estiveram num lugar que faz parte da minha vida desde minha infância e que freqüentei muito. Trata-se do Núcleo Piraquara, mais conhecido como Cachoeira do Barata. Eles estiveram lá para inaugurar uma obra de revitalização do local que esteve parada durante quase dois anos e que foi iniciada no governo Rosinha Matheus. Como vocês verão nestas fotos, foram instalados deques, posto de salva vidas, vários tipos de brinquedos, etc. Fico muito feliz em ver um lugar onde vou desde minha infância recuperado. Agora, mesmo recuperado, ainda assim não tem mais a beleza que tinha antes. É claro que está bem melhor agora, pois tem posto dos bombeiros, policiamento e o lugar se encontra limpo, já que ali sempre foi um lugar onde adeptos de religiões de matriz africana faziam suas oferendas e, assim, ao mesmo tempo em que pareciam agradar suas divindades, acabavam desagradando aos freqüentadores do local e principalmente ao meio ambiente, pois o local ficava terrivelmente sujo. Com relação à segurança, sempre foi um lugar onde ocorriam casos de execuções, estupros e uso de drogas. Nos últimos anos, várias milícias tinham tomado aquela área de policiais mineiros e traficantes, mas felizmente elas também saíram de lá. Eu fui muitas vezes à cachoeira com meu falecido pai e com meu irmão, principalmente entre 1990 e 1994, e realmente era um lugar belíssimo. Onde hoje existe um loteamento irregular, havia um lindo bosque, no qual ficava a sede da fazenda dos Baratas, que deu nome ao sub-bairro. Atualmente, este prédio, do séc. XVIII está em ruínas. Perto dele havia restos de uma senzala que também foi destruída recentemente. Havia muito verde naquele local e o curso d'agua da cachoeira era bem mais forte do que é hoje. No ponto mais alto da cachoeira havia ainda uma piscina que foi misteriosamente destruída. Ainda existem lá as ruínas dos postos da Guarda Florestal, com prédios datando do ano de 1912. Com relação ao loteamento irregular, tenho amigos que moram lá. O terreno onde está o loteamento pertencia a uma empresa imobiliária chamada Bizon, mas depois se descobriu que o mesmo pertence à Marinha. Há alguns anos atrás, a Marinha quis remover os moradores daquele loteamento, mas não sei qual foi o resultado disso. É preocupante, porque os moradores não são invasores oportunistas, e sim pessoas que juntaram suas rendas de uma vida inteira para comprar um terreno e construir suas casas e que foram covardemente enganados por grileiros oportunistas. Tais moradores não poderiam ser removidos de qualquer jeito, mas sim devidamente indenizados ou realocados em terrenos próximos, pois os mesmos já tiveram o prejuízo de ser enganados e não poderiam passar por esta situação novamente. Então, nada mais justo do que indenizá-los em cima do que gastaram e realocá-los em locais com boa infra-estrutura e com a documentação em dia. De qualquer forma, fico muito feliz com as melhorias de um local que, embora não terá mais a beleza de outrora, poderá recuperar parte de sua beleza depois de décadas de abandono. Agradeço ao Jeremias Freitas pelas belas fotos tiradas do local no momento do evento. È só!

sábado, 10 de outubro de 2009

Sobre a historia dos afro-descendentes apos o dia 13 de maio de 1888

Há um detalhe que sempre me intrigou e que, ao mesmo tempo, sempre encarei como uma tremenda injustiça: quase não há material – seja na forma de livros de história, novelas, filmes, minisséries – que conte a história do negro após a abolição da escravatura. Nem nas escolas tal assunto é abordado. Na verdade, poucos livros ou revistas especializadas em história tocam no assunto. A única revista que tocou no assunto de forma um pouco mais complexa foi a História Viva, da Editora Duetto, e mesmo não tendo sido muito aprofundado foi bastante elucidativo. Eu também cheguei a ler tal assunto num livro do Ensino Médio, mas este também falava do assunto de forma superficial, embora com informações complementares ao da revista da Editora Duetto.
Nestas publicações, contavam como foram os primeiros dias do negro liberto, que não foram nada fáceis. Nos últimos anos de escravidão muitos deles, embora felizes com a possibilidade de se tornarem livres, não viam com bons olhos tal situação. Não viam, pois sabiam que ao deixarem de serem escravos não haveria uma estrutura que os transformassem em cidadãos comuns, o que de fato ocorreu. Nesta publicação da Revista História Viva, tal informação era confirmada, pois ali havia o relato de uma futura ex-escrava que temia o dia da Abolição, pois iria ficar na miséria, e por conta disso dizia que este dia seria uns dos piores da vida dela. E, de fato, foi o que ocorreu.
A Abolição fora dada aos ex-escravos não só pela pressão interna, mas pela fortíssima pressão do Império Britânico sobre o governo brasileiro. Até porque, na maioria dos países e colônias pelo mundo, a escravidão já tinha sido abolida há mais de 40 anos em relação a 1888. No que diz respeito a essa situação, o governo imperial até tinha um plano de integração destes futuros cidadãos que viriam a surgir a partir deste dia, que seriam contados não mais como animais ou bens, mas como pessoas ou habitantes deste país, como de fato o eram. Acontece que tal plano do governo fora frustrado, pois no ano seguinte e nos meses que se sucederam à abolição, eclodiu uma crise no governo imperial (na verdade ela se agravou). E acabou se agravando ainda mais, pois o governo, ao dar a abolição, não indenizou os ex-senhores de escravos e estes começaram a “pedir a cabeça” do governo imperial e a tramar pelo seu fim. E foi esse conjunto de fatos que fariam com que no ano seguinte fosse proclamada a República, (fato que completará 120 anos em novembro). Por conta disso, tal plano do governo de integrar os ex-escravos nunca foi adiante.
Os ex-escravos, jurídica e legalmente, deixaram de ser bens e viraram nada. Isso mesmo: nada! Isso porque, inicialmente, não criaram uma estrutura que lhes dessem nome, sobrenome e reconhecimento como cidadãos. Muitos, talvez a maior parte deles, saíram das fazendas por livre e espontânea vontade, enquanto outros, que foram poucos, conseguiram se tornar funcionários das fazendas onde um dia foram escravos, e houve, ainda, situações nas quais eles foram expulsos à bala das fazendas onde haviam sido escravos. A grande maioria não conseguia emprego em lugar nenhum, pois nas fazendas seus ex-senhores não os queriam mais, preferindo contratar imigrantes europeus. E mesmo naquelas onde chegaram a trabalhar com os imigrantes, seriam vítimas das discriminações destes últimos e da futura discriminação racista que passariam a sofrer para valer.
Para piorar as coisas, o novo governo republicano tentou implantar no Brasil as formas de governo racistas implementadas na África do Sul e nos EUA. Mas, felizmente, tal iniciativa não foi adiante e não deu certo entre a população, pois a mesma, desde os tempos da escravidão, sempre conviveu muito bem com os afro descendentes a ponto de senhores e senhoras terem escravos e escravas como amantes, coisa que nos países de origem anglo-saxônica não acontecia, ou seja, houve uma integração e uma miscigenação muito forte naquela época. Mas a conseqüência dessa medida, somada à falta de oportunidades, foi o fato de que o novo governo republicano, temendo que os ex-senhores pleiteassem indenização e principalmente que os ex-escravos pleiteassem direitos de cidadania e igualdades, destruiu todos os relatórios e documentos referentes à escravidão. Para quem não sabe, Ruy Barbosa foi um dos mentores desta sacanagem, pois apagou dados importantíssimos que favoreceriam os afro descendentes.
Uma fama com que os negros ficaram por muito tempo, e que ainda vão levar muitos anos para tirar, mesmo com todas as ações afirmativas, foi a de serem tachados como bandidos. Tal fato ocorre porque, como lhes eram negadas todas as oportunidades de trabalho, boa parte deles era obrigada a roubar para sobreviver e para sustentar suas famílias. Por conta disso, ficaram com tal fama que, atrelada ao racismo, piorou sua situação.
No campo da cultura, enquanto eram escravos, para impedir e evitar rebeliões, os senhores os liberavam para praticarem suas manifestações religiosas e culturais. Foi desta situação que surgiu o sincretismo religioso, onde cada deus africano era identificado com um santo da Igreja Católica. Um exemplo disso é São Jorge, que tem Ogum como deus africano equivalente. Após a instalação do governo republicano, tanto as práticas religiosas como as culturais passaram a ser combatidas ferozmente pela polícia e por alguns setores da Igreja que as encaravam como satanismo (tal como hoje as igrejas comerciais as encaram). Por exemplo, nos primeiros anos pós-abolição a polícia prendia os sambistas, assim como aqueles que praticavam a capoeira na Bahia.
Com relação à moradia e condições de vida, a situação também era das piores. Entre os primeiros habitantes das favelas estão os ex-escravos que, após deixarem as fazendas, foram morar nos cortiços das cidades e depois, com a destruição destes, foram ocupar os morros, sendo os dois primeiros a Providência (de onde veio o termo “favela”) e a Mangueira, ambos no Rio de Janeiro. Assim, viviam sempre em péssimas condições de saúde e saneamento, como ainda hoje.
De lá para cá, houve muitos avanços com relação aos direitos dos afro descendentes, mas ainda há muito o que fazer. Isso porque só agora, de vinte anos para cá, é que a situação do negro começou a ser discutida e avaliada. Antes disso não era, pois sempre se colocou na cabeça dos brasileiros de que somos uma democracia racial e, por conta disso, nunca se discutiu a situação do negro. Além disso, sempre se defendeu a idéia de que, por conta de não termos um racismo ao modo dos EUA e da África do Sul, nós éramos igualitários, e não racistas, o que não é verdade. No Brasil se vive um racismo velado, que pode ser tão prejudicial quanto o racismo anglo-saxão, justamente por não se admitir sua existência. E foi por conta disso que os direitos dos negros e também dos índios ficou relegado a segundo plano durante décadas e, dessa forma, evitou-se explorar a história pós-abolição. Assim, muita coisa se perdeu e muitos direitos deixaram de ser conquistados. Pior: as vítimas de tudo isso ainda sofrem até hoje. Escrevi este texto não só para chamar a atenção para a omissão histórica em termos gerais, como também por estarmos num momento em que se discutem questões como as cotas e o estatuto da igualdade racial. Para poder discuti-las é preciso que se tenha boa base e a maioria das pessoas – incluindo até mesmo antropólogos e sociólogos – não conhece direito tais histórias ou nunca se interessaHá um detalhe que sempre me intrigou e que, ao mesmo tempo, sempre encarei como uma tremenda injustiça: quase não há material – seja na forma de livros de história, novelas, filmes, minisséries – que conte a história do negro após a abolição da escravatura. Nem nas escolas tal assunto é abordado. Na verdade, poucos livros ou revistas especializadas em história tocam no assunto. A única revista que tocou no assunto de forma um pouco mais complexa foi a História Viva, da Editora Duetto, e mesmo não tendo sido muito aprofundado foi bastante elucidativo. Eu também cheguei a ler tal assunto num livro do Ensino Médio, mas este também falava do assunto de forma superficial, embora com informações complementares ao da revista da Editora Duetto.
Nestas publicações, contavam como foram os primeiros dias do negro liberto, que não foram nada fáceis. Nos últimos anos de escravidão muitos deles, embora felizes com a possibilidade de se tornarem livres, não viam com bons olhos tal situação. Não viam, pois sabiam que ao deixarem de serem escravos não haveria uma estrutura que os transformassem em cidadãos comuns, o que de fato ocorreu. Nesta publicação da Revista História Viva, tal informação era confirmada, pois ali havia o relato de uma futura ex-escrava que temia o dia da Abolição, pois iria ficar na miséria, e por conta disso dizia que este dia seria uns dos piores da vida dela. E, de fato, foi o que ocorreu.
A Abolição fora dada aos ex-escravos não só pela pressão interna, mas pela fortíssima pressão do Império Britânico sobre o governo brasileiro. Até porque, na maioria dos países e colônias pelo mundo, a escravidão já tinha sido abolida há mais de 40 anos em relação a 1888. No que diz respeito a essa situação, o governo imperial até tinha um plano de integração destes futuros cidadãos que viriam a surgir a partir deste dia, que seriam contados não mais como animais ou bens, mas como pessoas ou habitantes deste país, como de fato o eram. Acontece que tal plano do governo fora frustrado, pois no ano seguinte e nos meses que se sucederam à abolição, eclodiu uma crise no governo imperial (na verdade ela se agravou). E acabou se agravando ainda mais, pois o governo, ao dar a abolição, não indenizou os ex-senhores de escravos e estes começaram a “pedir a cabeça” do governo imperial e a tramar pelo seu fim. E foi esse conjunto de fatos que fariam com que no ano seguinte fosse proclamada a República, (fato que completará 120 anos em novembro). Por conta disso, tal plano do governo de integrar os ex-escravos nunca foi adiante.
Os ex-escravos, jurídica e legalmente, deixaram de ser bens e viraram nada. Isso mesmo: nada! Isso porque, inicialmente, não criaram uma estrutura que lhes dessem nome, sobrenome e reconhecimento como cidadãos. Muitos, talvez a maior parte deles, saíram das fazendas por livre e espontânea vontade, enquanto outros, que foram poucos, conseguiram se tornar funcionários das fazendas onde um dia foram escravos, e houve, ainda, situações nas quais eles foram expulsos à bala das fazendas onde haviam sido escravos. A grande maioria não conseguia emprego em lugar nenhum, pois nas fazendas seus ex-senhores não os queriam mais, preferindo contratar imigrantes europeus. E mesmo naquelas onde chegaram a trabalhar com os imigrantes, seriam vítimas das discriminações destes últimos e da futura discriminação racista que passariam a sofrer para valer.
Para piorar as coisas, o novo governo republicano tentou implantar no Brasil as formas de governo racistas implementadas na África do Sul e nos EUA. Mas, felizmente, tal iniciativa não foi adiante e não deu certo entre a população, pois a mesma, desde os tempos da escravidão, sempre conviveu muito bem com os afro descendentes a ponto de senhores e senhoras terem escravos e escravas como amantes, coisa que nos países de origem anglo-saxônica não acontecia, ou seja, houve uma integração e uma miscigenação muito forte naquela época. Mas a conseqüência dessa medida, somada à falta de oportunidades, foi o fato de que o novo governo republicano, temendo que os ex-senhores pleiteassem indenização e principalmente que os ex-escravos pleiteassem direitos de cidadania e igualdades, destruiu todos os relatórios e documentos referentes à escravidão. Para quem não sabe, Ruy Barbosa foi um dos mentores desta sacanagem, pois apagou dados importantíssimos que favoreceriam os afro descendentes.
Uma fama com que os negros ficaram por muito tempo, e que ainda vão levar muitos anos para tirar, mesmo com todas as ações afirmativas, foi a de serem tachados como bandidos. Tal fato ocorre porque, como lhes eram negadas todas as oportunidades de trabalho, boa parte deles era obrigada a roubar para sobreviver e para sustentar suas famílias. Por conta disso, ficaram com tal fama que, atrelada ao racismo, piorou sua situação.
No campo da cultura, enquanto eram escravos, para impedir e evitar rebeliões, os senhores os liberavam para praticarem suas manifestações religiosas e culturais. Foi desta situação que surgiu o sincretismo religioso, onde cada deus africano era identificado com um santo da Igreja Católica. Um exemplo disso é São Jorge, que tem Ogum como deus africano equivalente. Após a instalação do governo republicano, tanto as práticas religiosas como as culturais passaram a ser combatidas ferozmente pela polícia e por alguns setores da Igreja que as encaravam como satanismo (tal como hoje as igrejas comerciais as encaram). Por exemplo, nos primeiros anos pós-abolição a polícia prendia os sambistas, assim como aqueles que praticavam a capoeira na Bahia.
Com relação à moradia e condições de vida, a situação também era das piores. Entre os primeiros habitantes das favelas estão os ex-escravos que, após deixarem as fazendas, foram morar nos cortiços das cidades e depois, com a destruição destes, foram ocupar os morros, sendo os dois primeiros a Providência (de onde veio o termo “favela”) e a Mangueira, ambos no Rio de Janeiro. Assim, viviam sempre em péssimas condições de saúde e saneamento, como ainda hoje.
De lá para cá, houve muitos avanços com relação aos direitos dos afro descendentes, mas ainda há muito o que fazer. Isso porque só agora, de vinte anos para cá, é que a situação do negro começou a ser discutida e avaliada. Antes disso não era, pois sempre se colocou na cabeça dos brasileiros de que somos uma democracia racial e, por conta disso, nunca se discutiu a situação do negro. Além disso, sempre se defendeu a idéia de que, por conta de não termos um racismo ao modo dos EUA e da África do Sul, nós éramos igualitários, e não racistas, o que não é verdade. No Brasil se vive um racismo velado, que pode ser tão prejudicial quanto o racismo anglo-saxão, justamente por não se admitir sua existência. E foi por conta disso que os direitos dos negros e também dos índios ficou relegado a segundo plano durante décadas e, dessa forma, evitou-se explorar a história pós-abolição. Assim, muita coisa se perdeu e muitos direitos deixaram de ser conquistados. Pior: as vítimas de tudo isso ainda sofrem até hoje. Escrevi este texto não só para chamar a atenção para a omissão histórica em termos gerais, como também por estarmos num momento em que se discutem questões como as cotas e o estatuto da igualdade racial. Para poder discuti-las é preciso que se tenha boa base e a maioria das pessoas – incluindo até mesmo antropólogos e sociólogos – não conhece direito tais histórias ou nunca se interessaram por elas, e ainda combatem tais ações muitas vezes sem saber realmente a verdadeira realidade dos fatos. Portanto, escrevo no intuito de que, com o pouco de base que lanço aqui, os leitores interessados façam mais buscas no sentido de aprofundar o debate e de resgatar o que se perdeu em 121 anos de história e, a partir daí, tenham bases para não só discutir, mas também para lutar por direitos e corrigir injustiças históricas. É só!ram por elas, e ainda combatem tais ações muitas vezes sem saber realmente a verdadeira realidade dos fatos. Portanto, escrevo no intuito de que, com o pouco de base que lanço aqui, os leitores interessados façam mais buscas no sentido de aprofundar o debate e de resgatar o que se perdeu em 121 anos de história e, a partir daí, tenham bases para não só discutir, mas também para lutar por direitos e corrigir injustiças históricas. É só!

sábado, 3 de outubro de 2009

Sobre as Olimpiadas de 2016 e nossa consciencia politica


Na boa, eu fiquei muitissimo feliz pelo fato de o Rio sediar as Olimpiadas de 2016. Sei de todos os risco que irão ocorrer até, como superfaturamentos, elefantes brancos, promessas não cumpridas, desde que não aconteça do Rio perder as Olimpiadas por não conseguir fazer a tempo as obras principais, nada disso me impede de apoiar minha cidade. Eu sei de todos os problemas cotidianos que ela tem, mas estaria sendo egoista de não apoiar tal feito, pois foi pensando assim que ela perdeu a capital e muitas outras coisas para outras cidades e empobreceu(em termo é claro). Até a década de 80 o Rio exercia uma forte influencia no pais, muito maior do que hoje. tinha bolsa de valores, uma industria naval forte, turismo e empresas fortes. O aeroporto Tom Jobim era a principal rota do Brasil ao invés Guarulhos, por exemplo. Até a Formula 1 perdemos, e mais hoje quase todas as feiras e exposições importantes não são mais feitas aqui. Sei que os politicos podem perfeitamente fazer as coisas que cobramos do dia-dia, pois sabemos que há dinheiro em caixa e que são obrigação deles, mas os mesmos não interesse nisso e é com tais eventos que eles se vêem obrigados a fazerem tais melhorias, pois são cobrados pelas equipes organizadoras dos eventos e é por isso que eu apoio. Seo Rio não ganhasse as Olímpiadas, tudo estaria como está, ou seja sem investimentos, mesmo com a Copa do Mundo e ainda perderia mercado no turismo, pois os politicos e empresários começariam a encarar o Rio como um prejuizo financeiro. É muito importante ressaltar que o Rio é uma cidade turistica e que tem a maior parte da renda vinda deste ramo, portanto, tais eventos fomentam o turismo na cidade, e geram empregos. O Rio, queira ou não, é uma cidade turistica e não pode só ficar dependendo de belezas naturais para se promover. Nos ja perdemos muito deste mercado para outros estados e até para outros paises e não podemos continuar perdendo e tal mercado é vital para o Rio. Quem pensa que o Rio não pode receber tais eventos pensa pequeno, pois quanto menos eventos como esse, mais a cidade perde importancia e dinheiro. È claro que não é só com estes eventos que a vida dos cariocas e fluminenses vai mudar, até porquê uma cidade, estado ou pais só crescem se forem investir em obras de infra-estrutura, saude e principalmente em educação e qualificação da população. Sei que os problemas do Brasil são até simples de serem resolvidos, isso analisando do ponto de vista prático, no que se refere a educação, emprego, violência e etc, mas enquanto a população não fizer justiça com suas próprias mãos e não deixar de ser corrupta, tais problemas dificilmente se resolverão. Todo mundo fala dos politicos mais acontece que eles são reflexo do que o povo é. O povo brasileiro é corrupto e creio que a maioria das pessoas que malham, e mesmo as que não malham os politicos se estivessem la estariam fazendo a mesma coisa ou até pior. È só ver como maioria das pessoas agem no dia-dia e ainda são truculentas na sua maneira de ser. E ainda tem uma situação pior: o individualismo. Cada um pensa no seu e não pensa de forma coletiva, paga seus impostos, reclama, mas não vai cobrar. Sei que o que vou falar pode ser contraditório, mas eu fiquei muito feliz com o que aconteceu duas vezes ano passado no Pará. Nas eleições para prefeito de uma cidadezinha de lá ,as urnas eletrônicas comoeçaram a gerar dados falsos na tela e sabe o que a população fez? Destruiu todas as urnas do municipio. Resultado, tiveram que refazer a eleição e acertar o software da urna. Ja na cidade de Inóia, deste mesmo estado, o prefeito não pagou o salario do funcionalismo. Sabe o que os servidores publicos fizeram? Quebraram casa do prefeito toda e por pouco só o não lincharam porque ele fugiu a tempo se não estaria morto. Sinceramento, gostaria muito que situações como essa se repetissem em todo Brasil, pois tenho certesa que desta forma o Brasil ia tomar jeito ja que no voto tal situação não acontece, pois além da população ser corrupta e não saber votar, essas urnas eletrônicas não são de confiança, pois suas transmissões de dados são via disquete e não on-line como são os validadores de onibus e maquinas de cartão de crédito e não há sistemas de certificação como cartões de smartcard ou similares como ha nos equipamentos que citei, ou seja, são extremamente fraudulentas. E mais, mesmo tendo uma impressora dentro dela, ela não pode gerar recibo de voto para o eleitor por causa de trambique juridico feito pelos ministros do Supremo como o Congresso Nacional. Para se ter uma idéia nem os EUA e nem o Japão usam urnas eletrônicas. A ultima eleição para primeiro ministo do Japão foi em urna manual. Se nesses dois paises que dominam a alta tecnologia da informação de ponta eles ainda usam urna manual porque que eu tenho de confiar na urna eletrônica daqui? Enquanto o povo for corrupto, não saber votar e não cobara seus direitos, o Brasil nunca será uma potencia. E só!